segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

721 - A GUERRA DOS DUCADOS

KL220807
(AC/CN)
UNIFICAÇÃO ALEMÃ
Frente: 03 Aula: 10
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PROFº: PANTOJA
Congresso de Viena em 1815,
havia promovido a organização
da Confederação Germânica,
daqual faziam parte os Estados
Alemães e o Império Austríaco.
Dominando extensos territórios e um
grande número de povos, a Áustria era
o Estado líder da Confederação,
seguida pela Prússia.
A Confederação mantinha a
Alemanha dividida. Entretanto, durante
o século XIX os alemães foram criando
uma unidade econômica cada vez
maior que serviu de base à unificação
política realizada sob a liderança da
Prússia.
As Revoluções de 1848
começaram em Viena no dia 13 de
março quando o povo rebelado
obrigou o primeiro ministro Mettemich
a fugir e obteve do Imperador a
promessa de uma Constituição Liberal.
Mas, logo depois a luta em Viena
recomeçava por causa das tentativas conservadoras de liquidar a Revolução.
Aproveitando-se da situação extremamente confusa que se estabeleceu em Viena, os povos
dominados pelo Império Austríaco (tchecos, húngaros, italianos, croatas e romenos) iniciaram rebeliões,
exigindo independência e governos constitucionais.
A REVOLUÇÃO NA ALEMANHA
O desejo de unificação da Alemanha era antigo, podendo ser buscado na Reforma Luterana do século
XVI. A Revolução Francesa e o Império Napoleônico haviam contribuído para desenvolver os ideais
nacionalistas alemães que, no século XIX, se apresentaram frequentemente ligados ao Liberalismo.
A partir de 1819, o nacionalismo alemão recebeu um grande reforço pelo inicio da formação do
chamado Zollverein, isto é, a união das alfândegas entre os estados alemães que deveria completar-se em
1852. Durante esse período, que foi de 1819 a 1852, a Áustria procurou entrar no Zoilverein, mas foi sempre
rejeitada sob o pretexto de que sendo um Império essencialmente agrário, sem perspectivas de rápida
industrialização, ela não concordaria com as altas tarifas através das quais os estados alemães estavam
protegendo a sua nascente indústria. Ficando fora do mercado comum alemão, a Áustria estava condenada a
não participar também da união política da Alemanha.
Em 1848, enquanto os austríacos estavam ocupados em sufocar as rebeliões no seu Império,
iniciavam-se revoltas nos diversos estados alemães exigindo Constituições e unificação. Essas revoltas
apresentavam um forte caráter anti-austríaco, uma vez que a Áustria se opunha terminantemente a qualquer
ideia de unidade alemã.
Representantes dos diversos estados alemães rebelados, realizaram em maio de 1848 a célebre
Convenção de Frankfurt onde, depois dê longas discussões, se decidiu entregar o trono da Alemanha
unificada a Frederico Guilherme IV, rei da Prússia, o qual mostrando-se um príncipe totalmente destituído de
vocação política rejeitou a coroa por medo da Áustria.
Em 1850, voltando atrás, Frederico propôs uma "União Restrita" aos diversos estados alemães. Mas,
mesmo para essa união parcial era muito tarde, pois a Áustria governada por Francisco José havia
conseguido esmagar as rebeliões no seu império e possuía agora condições de acabar com o nacionalismo
alemão. No ano de 1850, o governo austríaco convocou uma reunião com o soberano da Prússia na cidade
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de Olmutz, onde foi entregue um ultimatum aos alemães: ou eles desistiam da União Restrita ou se
desencadearia a guerra. Liderados por Frederico Guilherme, os alemães recuaram, desistindo por ora da sua
união política. A este episódio chamou-se a Humilhação de Olmutz, ou o Recuo de Olmutz.
A LUTA PELA UNIDADE ALEMÃ NA DÉCADA DE 1860
Embora derrotados em 1850, os ideais nacionalistas e liberais continuaram cada vez mais ativos nas
diversas partes da Alemanha.
Na Prússia do ano de 1861, o nacionalismo alemão teve uma grande vitória com a ascensão ao trono
de Guilherme I. O novo rei escolheu para o cargo de primeiro ministro um Junker (aristocrata rural prussiano)
de nome Otto Von Bismarck, que veio a ser o grande artífice da unificação do país.
Duas grandes metas da Prússia naquele momento foram levadas a cabo por Bismarck como primeiro
ministro: o desenvolvimento industrial prussiano e a modernização do exército. Para a realização deste último
objetivo foi fundamental a ajuda do general Molkte.
A partir daí, a Prússia procurou realizar a unidade alemã através de uma hábil manipulação da política
externa.
l. As guerras da unificação
O primeiro grande passo da política externa bismarkiana foi provocar uma guerra entre a
Confederação Germânica e a Dinamarca, que foi a chamada Guerra dos Ducados, motivada por uma disputa
pela posse de três ducados.
A pequena Dinamarca foi vencida e Bismarck manobrou habilmente para criar sérios atritos entre
Áustria e Prússia, por causa da administração dos ducados tomados aos dinamarqueses. Tais atritos levaram
à Guerra de 7 semanas no ano de 1866, entre Prússia e os estados do norte da Alemanha de um lado, e a
Áustria de outro. Os estados do sul da Alemanha, que possuíam grandes afinidades culturais com a Áustria,
permaneceram neutros. A Prússia pôde ainda contar com os italianos que, desejando anexar Veneza,
atacaram o sul da Áustria. Em julho de 1866, os prussianos batiam os austríacos na célebre batalha de
Sadowa, terminando a guerra. Foi elaborada então,a Paz de Praga, pela qual:
1) ficava constituída a Confederação Germânica do Norte, com a Prússia e os estados do norte da Alemanha;
2) os estados do sul da Alemanha permaneciam politicamente independentes e neutros;
3) os italianos recebiam Veneza.
Mas, à medida que os alemães conseguiam essas vitórias, aumentava a hostilidade francesa à ideia
da unidade alemã. A burguesia francesa falava cada vez mais na necessidade de intervir na Alemanha. Os
alemães sabiam que não poderiam transformar a Confederação num Estado centralizado, sem que isso
levasse a uma guerra contra a França, tradicional inimiga da unidade alemã. Além disso, Bismarck desejava
uma guerra contra a França porque esperava que, nesse caso, os estados do sul da Alemanha se uniriam
aos do norte na luta contra a "inimiga hereditária".
A oportunidade para a guerra surgiu quando, em 1868, um príncipe da família Hohenzollem (casa real
da Prússia) se candidatou ao trono espanhol que estava vago. Os franceses protestaram, ameaçaram ir à
guerra caso o príncipe Leopoldo ocupasse o trono espanhol. Embora o príncipe recuasse nas suas
pretensões, por causa das ameaças francesas, Bismarck manobrou de modo a criar incidentes com os
franceses e tornar a guerra inevitável.
Em julho de 1868, começava a terceira e última guerra da unidade alemã. Como Bismarck esperava,
toda a Alemanha se uniu contra o inimigo comum. Logo começaram a aparecer as deficiências do exército
francês que terminou por sofrer uma séria derrota com a rendição da fortaleza de Sedan, onde o próprio
Napoleão III foi feito prisioneiro dos prussianos. Com a queda de Sedan e a França sendo invadida pelo
exército alemão, foi proclamada em Paris a 3ª República, formando-se o governo de defesa nacional liderado
por Leon Gambetta. Mas, os alemães continuaram a avançar, passaram por Paris e chegaram a Versalhes
onde, no dia 18 de janeiro de 1871, no grande salão
dos espelhos do palácio de Luís XIV, Guilherme I foi coroado imperador do II Reich (Império) alemão.
Alguns meses depois era assinada a paz pelo Tratado de Frankfurt, no qual ficava estabelecido:
1. A França derrotada entregava ao Império alemão os territórios da Alsácia e Lorena;
2. Os franceses ficavam obrigados a pagar ao Império alemão uma indenização de 500 milhões de francos
ouro.
A Alemanha unificada passava a possuir um grande território nacional, dotado de grandes riquezas,
mas especialmente de carvão e ferro, além de uma população extremamente operosa. O progresso do Reich
Alemão foi algo de espetacular a partir de 1870, atingindo o país a posição de primeira potência industrial da
Europa. Unificacao
,

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