quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

7392 - REVOLUÇÕES LIBERAIS ENTRE 1830 E 1840 NA EUROPA

Texto
A Era das revoluções
A revolução de 1830 introduziu nos principais países europeus constituições moderadamente liberais, sem ser democráticas, mas também não eram a favor dos direitos aristocráticos. Sem dúvida, havia acordos, impostos pelo temor de uma revolução de massa, que iria além das moderadas reivindicações das camadas médias. O liberalismo estava em ascensão, principalmente entre essas camadas médias, em países como a Inglaterra e a França. No entanto, ainda não havia muito espaço para o radicalismo democrático.
O mundo das décadas de 1830 e 1840 estava em profundas transformações. Era inevitável que as aristocracias proprietárias de terras e as monarquias absolutas perderiam força em todos os países em que uma forte burguesia estava se desenvolvendo. Além do mais, era inevitável que a injeção de consciência política entre o povo, que foi o grande legado da Revolução Francesa, significaria, mais cedo ou mais tarde, um importante papel de seus integrantes na política.
As condições de vida da maioria da população da Europa Ocidental e Central cultivava o terreno para uma inevitável revolução social. Os ódios em relação ao ricos e aos nobres aumentavam, e seus anseios com um mundo novo e melhor ganharam um propósito. O grande despertar da Revolução Francesa lhes ensinara que os homens comuns não necessitavam sofrer injustiças e calar.
Havia um “espectro do comunismo”, que aterrorizava a Europa, o temor dos trabalhadores, que afetavam industriais ingleses e franceses, funcionários públicos alemães, padres romanos e professores em todo o mundo. E com justiça, pois a revolução que eclodiu nos primeiros meses de 1848 não foi uma revolução social simplesmente no sentido de que envolveu e mobilizou todos os grupos da população. Foi a insurreição dos trabalhadores pobres nas cidades da Europa Ocidental e Central. A sua força fez tremer os antigos regimes em todo o continente europeu.
Quando os momentos mais conflituosos passaram, os trabalhadores estavam lá exigindo não somente pão e emprego, mas também uma nova sociedade e um novo Estado, que levasse em conta as suas reivindicações.
(Adaptado de HOBSBAWM, Eric. A Era das revoluções: Europa 1789-1848. 3ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981, p. 326-329.)


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