segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

7544 - O ASSASSINATO DOS ROMANOV

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A Dinastia Romanov

Tudo começou em 1613, com um garoto de 16 anos numa pequena vila chamada Domino, fora de Kostroma. Ele era um Romanov e, embora todos os Romanovs tivessem sido exilados pelo czar Boris Godunov, eles ainda eram considerados parte dos boiardos, ou seja, da antiga aristocracia russa. A dinastia Rurik terminara com a morte do czar Fiodor e Boris Godunov, temendo perder o trono, decidiu acabar com a familia Romanov. Na verdade, alguns astrologos haviam predito a Boris que da familia Romanov sairia o czar que reinaria sobre o Imperio Russo. Isto desencadeou inumeras perseguiçoes que obrigaram os pais de Mikhail a refugiarem-se em conventos, adotando a vida monastica. O czar Fiodor, que morrera, descendia do czar Ivan IV,chamado " o terrível". Assim era chamado por seu gênio irrascível. Muitos diziam que ele havia enlouquecido por causa da morte de sua esposa Anastasia, a quem amava apaixonadamente. Ivan encomendara a construção da catedral de São Basílio em Moscou e gostou tanto do resultado do trabalho que mandou cegar o arquiteto para que ele nunca mais pudesse construir outra obra prima como aquela. A catedral de São Basílio, seguramente um dos edifícios mais belos do mundo, ainda hoje ornamenta a Praça Vermelha, encantando a todos com suas cúpulas coloridas em forma de cebola.
Enquanto Boris Godunov sonhava com a eliminaçao dos Romanov, o sonho do príncipe Dimitri Pozharskiy era trazer o jovem Mikhail para reinar sobre a Rússia. O príncipe Dimitri e seu aliado de Nizhny Novgorod, Kozma Minin, ficaram à frente de um movimento contra a opressão religiosa. Eles sonhavam com um czar que unisse a Rússia e colocasse tudo no lugar. A resposta para seus anseios estava no jovem Mikhail, que vivia com sua mãe, Marta. Os poloneses queriam acabar com Mikhail, por temer que ascendesse ao trono, mas o garoto foi salvo por Ivan Susanin. Mãe e filho se mudaram, então, para o Mosteiro Ipatiev, por motivo de segurança. Dois meses depois, uma delegação chegou para notificá-los de uma eleição e pediram que Mikhail assumisse o trono. Eles ficaram muito preocupados e recusaram, mas foram persuadidos de que estavam a salvo e Mikhail aceitou a coroa da Rússia, tornando-se o czar Mikhail, o primeiro czar Romanov.
Mais de 200 anos depois, o czar Romanov era Alexandre II, o czar libertador, chamado assim por Ter libertado os escravos e por se dedicar a obras de caridade. Ele se casou com uma linda princesa alemã, Marie de Hesse, teve oito filhos, mas não era feliz, pois não a amava. Então Alexandre conheceu Ekaterina Dolgoruky, a quem todos chamavam Katia, quase trinta anos mais moça do que ele e por quem Alexandre se apaixonou perdidamente. Anos depois, tendo sofrido vários atentados, Alexandre viria a colocar Katia e os três filhos que tivera com ela debaixo do mesmo teto que sua mulher, a czarina Marie. A czarina, em seu leito de morte, poderia ouvir os gritos dos filhos de Katia brincando no andar de cima.
Alexandre II morreu num atentado a bomba, jogada em sua carruagem. O grupo responsável foi o grupo nihilista Narodna Volya (A Vontade do Povo).
Seu herdeiro era seu filho mais velho, Nicolau, que veio a falecer antes do czar morrer assassinado. O herdeiro passou a ser então Alexandre, o segundo filho, que se casou com a noiva do irmão, a princesa Dagmar da Dinamarca. A princesa Dagmar passou a chamar-se Marie Feodorovna. Alexandre e Marie eram os pais do último czar, Nicolau II.
A dinastia Romanov foi a mais poderosa se seu tempo e a mais rica também. As jóias da coroa czarista faziam as jóias das outras casas reais da Europa parecerem bijuterias. Eles reinaram sobre 1/6 da terra, num regime autocrático, o que vale dizer que o czar representava Deus na terra. Sua vontade era lei e tinha nas mãos o destino, a vida e a morte, de todo o povo russo. Os Romanovs viviam numa opulência sem precedentes, em ricos palácios ou em suntuosos iates e davam as mais glamurosas festas. O que arruinou a dinastia Romanov foi a falta de percepção dos novos tempos e a dificuldade de se adaptar a eles. A Rússia continuava feudal no século XX. Tivesse Nicolau II feito concessões e algumas reformas, talvez o seu destino e o destino dos Romanov tivesse sido outro.



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