quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

7994 - GENERAIS INGLESES DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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Guerra das Falklands
Por Gerd von Rundstedt*


Com a explosão inflacionária de 1980, o Processo de Reorganização Nacional, como a ditadura militar Argentina intitulou-se, planejou um ato audaz para tentar manter-se no governo. . Era preciso fazer algo espetacular para resgatar o apoio popular ao militares.

A Argentina decidiu executar o Plano "Goa", a invasão e anexação das Ilhas Malvinas, ou Falklands para os Britânicos, que a habitavam desde o século 17, com o objetivo de retomá-las. Imaginaram ter o apoio do Governo Americano (que na realidade colaborou com os Britânicos). . A maioria dos habitantes da ilha fala inglês e é formada de súditos britânicos.

Seria um conflito em que lições seriam absorvidas, transcendendo a pequena área geográfica na qual as ações foram desenvolvidas, o curto espaço de tempo em que elas aconteceram, resultando em mudanças nas doutrinas operacionais. Além do mais, como resultado das armas empregadas, a experiência obtida foi tremenda. Uma pequena guerra no Atlântico Sul gerou um imenso interesse técnico por todo o mundo sem que tenha sido uma luta entre "Davi e Golias", como muitos apregoam.

EFETIVOS
.
Grã-Bretanha:
Marinha: 111 navios (42 da Royal Navy, 24 da Esquadra auxiliar e 45 mercantes requisitados); 3a. Brig. Comandos dos Royal Marines ( 40°, 42° e 45° batalhões, 29° Reg. Artilharia e outras); Exército: 3° Batalhão de Pára-quedistas; 5a.Brig.Inf.; tanques leves Scorpion e Scimitar; Aviação Naval: helicópteros Lynx Mk2 e Sea King Mk5; caças Sea Harrier.
Perdas: 255 mortos e 777 feridos; 10 aviões e 24 helicópteros destruídos; 2 destroiéres, 2 fragatas e 2 navios auxiliares afundados; 3 destroiéres, 3 fragatas e 2 navios auxiliares avariados.

Argentina:
Guarnição Militar das Malvinas: 10.000 homens (25º Reg.Inf., 8°eg.Inf., 9a.Cia.Eng., 2° Batalhão Inf.Marinha, 10a.Brig.Inf.Mec., entre outras); veículos blindados Panhard; aviões Pucará e C-130 Hércules; helicópteros Bell UH-1H e Puma; caças A-4 Skyhawk, IAI Dagger, Mirage III e Super Etendard (operando a partir do continente).
Perdas: 1.000 mortos e n° não divulgado de feridos; 76 aeronaves e 26 helicópteros destruídos; 1 cruzador, 1 submarino, 1 barco patrulha e 3 navios auxiliares afundados; 2 barcos-patrulha avariados.

Principais batalhas
Batalhas pela retomada das cidades de Goose Green, Port Darwin e Port Stanley. Desembarque na Baía de San Carlos. Conquista dos montes Longdon, Harriet e William ao redor da capital.

No dia 19 de março de 1982, realizou-se um desembarque ilegal de um grupo de sucateiros argentinos, da empresa de Constantino Davidoff, nas Ilhas Geórgias do Sul (em Leigth), do Arquipélago das Malvinas/Falklands, que tinha sua soberania contestada pelos Britânicos e Argentinos desde o século XIX. O transporte do grupo de sucateiros foi feito com o navio da Armada Argentina ARA "Bahia Buen Suceso", sob as ordens do Almirante Jorge Isaac Anaya - então membro da Junta Militar de Buenos Aires, dirigida pelo General Leopoldo Galtieri.

No dia 02 de abril, às 4:30, 150 homens do Tático Buzo, uma unidade de elite dos fuzileiros argentinos, desembarcou na capital Port Stanley para prender o governador, mas encontraram forte resistência do destacamento de 68 fuzileiros Ingleses que defendia a área em torno da sede do governo. Os ingleses lutaram bravamente, mas após algumas horas de combate, bastante inferiorizados, renderam-se. A vitoriosa invasão, ocorrida seis anos após o golpe de Estado, suscita o patriotismo dos argentinos e os ajuda a esquecer temporariamente seu ódio pelos militares. A notícia provocou uma ebulição patriótica na Argentina. Milhares de pessoas saíram às ruas para celebrar o feito, confraternizando em toda a parte com os oficiais e soldados. Os militares argentinos acreditavam que o governo inglês aceitaria o fato consumado, não indo além de reclamações diplomáticas. Não foi o que ocorreu.

Neste momento já haviam quase 3 mil soldados argentinos na Ilha. A notícia do ataque às ilhas causou indignação na Grã-Bretanha e reação do governo não tardou, ordenando a criação de uma força-tarefa para recuperá-las. A primeira-ministra Margareth Tatcher corta relações diplomáticas com a Argentina. Os EUA e a ONU tentam mediar a disputa, Mas Tatcher, sentidno-se obrigada a defender uma possessão imperial (afinal de contas a Inglaterra era a terceira potência militar e nuclear do mundo).

Já no dia 25, um grupo de assalto do SAS e SBS, apoiados por navios da Royal Navy que haviam danificado seriamente o submarino argentino "Santa Fé" operando na região, retomou as ilhas Geórgia do Sul.

Em 2 de maio o submarino inglês "Conqueror" disparou alguns torpedos contra o cruzador "General Belgrano" e dois deles o atingiram, fazendo com que adernasse, afundando e matando 368 tripulantes. Este fato mostrou o poderio da frota inglesa e a Armada Argentina retirou suas principais unidades de superfície da região, retornando às suas bases onde permaneceriam até o fim do conflito.

Porém o afundamento do destróier HMS "Sheffield" por mísseis Exocet lançados por aviões Super Etendard, mostrou que os argentinos eram capazes de devolver golpes recebidos. A essa altura, a Argentina já possuía um contingente de 10 mil soldados e um campo de pouso na capital. Homens do SAS desembarcados de helicópteros perto do aeroporto, usando cargas explosivas destruíram seis aviões Pucará, quatro Turbo-Mentor e um Skyvan, estacionados ali e retornaram a salvo, sem uma baixa sequer. Essas tropas especiais foram usadas ainda para operações psicológicas, infiltração atrás das linhas inimigas para observar sua disposição, localização e marcação de zonas de desembarque, ações de sabotagem e incursões no continente, para confundir o adversário. Depois da guerra um jornal inglês afirmou que a Grã-Bretanha usou uma base secreta no Chile, a partir da qual os comandos poderiam atacar bases argentinas como Rio Gallegos e Rio Grande ou outros alvos estratégicos no território continental.

Em 8 de maio, Forças Especiais Argentinas tentaram afundar um destróier britânico na Baía de Gibraltar. Mas a tentativa foi frustrada pelos serviços de inteligência da França, que interceptaram as comunicações dos argentinos e as transmitiram aos ingleses. Quatro membros da unidade de forças especiais da Argentina viajaram de avião para Madri no dia 8 de maio, alguns dias depois do afundamento do cruzador Belgrano no Atlântico Sul. Equipados com quatro minas navais, os homens viajaram para o sul da Espanha, alugaram um carro e burlaram as defesas militares britânicas. Contudo, suas comunicações foram captadas pelos serviços de escuta franceses, que passaram a informação para agentes de inteligência da Inglaterra. No dia 31 de maio, os quatro homens foram barrados e detidos pela polícia espanhola na cidade de Cádiz. O carro em que viajavam continha equipamento de oxiacetileno e um bote inflável de borracha, bem como minas magnéticas.

Ao amanhecer do dia 21 foi desencadeada a Operação "Sutton", com o desembarque de Marines Ingleses na Baía de San Carlos, a 105 km de Port Stanley. Inclusive o 1° Batalhão - 7th Duke of Edinburgh's Own Gurkhas Rifles dos temidos Gurkhas - integrando a 5a. Brigada de Infantaria inglesa.

Nas horas seguintes, cerca de 4 mil soldados e mais de mil toneladas de equipamentos já estavam na cabeça-de-praia.

Apesar de a Grã-Bretanha ter de enfrentar um problema logístico por conta da distância do TO, a Argentina não escaparia desse problema apesar de estar relativamente mais próxima. A base de Rio Grande ficava à 704 km e Comodoro Rivadávia à 959 km. A base mais próxima que as forças britânicas poderiam operar, ficava na Ilha de Ascensão, à 6325 km das Malvinas.

As forças argentinas tinham outro problema além da falta de suporte aéreo. As rotas de comunicação, tanto por via rodoviária como por telefone, eram completamente inadequadas. As rodovias, praticamente não existiam ou eram muito rudimentares e a rede de telefonia muito falha e não confiável. O transporte tinha que ser feito basicamente por helicópteros, e uma rede de rádio teve que ser instalada. Um outro problema surgiu quando os ingleses estabeleceram uma Zona de Exclusão de 200 milhas em torno das ilhas, praticamente inibindo o resuprimento marítimo.

Ficou evidente para os Argentinos, que o uso de tanque sub-alares seria obrigatório para seus principais aviões de combate, os Mirages IIIEA e Daggers, já que ambos os modelos não possuíam capacidade de reabastecimento no ar e mesmo assim os armamentos a serem carregados seriam restritos .

A reação Argentina pelo ar veio com ataques aos navios que apoiavam o desembarque, causando danos em vários deles e afundando as fragatas "Ardent" e "Antelope", mas com a perda de cinco aviões Argentinos. O avanço das tropas inglesas sobre a ilha foi rápido. Em 29 de maio os pára-quedistas do 2° Batalhão do Regimento Real, capturaram Groose Green, fazendo mais de mil prisioneiros.

A seguir caiu Port Darwin, após forte resistência de soldados argentinos entrincheirados. Foram os primeiros confrontos reais das tropas terrestres, que enfrentaram e venceram forças quatro vezes superiores em número.

Em 9 de junho as tropas argentinas nas Malvinas estavam confinadas em torno da capital Port Stanley e os ingleses pretendiam atacá-las em uma frente bastante ampla, com a conquista dos montes ao seu redor para sitiá-las. Conseguiram seu objetivo, porém os argentinos lhes cobraram um preço alto, resistindo ferozmente. Diversos soldados britânicos foram condecorados postumamente por seus atos de bravura nestes combates. A tomada da capital se tornou uma questão de tempo, já que não havia mais vontade de lutar por parte dos jovens recrutas argentinos. Em 14 de junho as tropas inglesas entraram nas ruas de Port Stanley, mas não haveria reação. Pouco depois representantes dos dois lados encontraram-se para discutir os termos da rendição.

Resultado final

Em 14 de junho, os argentinos capitulam. O saldo de mortos é de setecentos e doze soldados argentinos e duzentos e cinqüenta e cinco soldados britânicos. A derrota pela posse das Ilhas Malvinas/Falklands desgastou ainda mais o regime militar que governava a Argentina há dez anos e em 17 de junho o general Leopoldo Galtieri foi obrigado a renunciar. No ano seguinte foram realizadas eleições, com a participação de 80% do eleitorado, tornando-se presidente o advogado Raúl Alfonsin, que implantou uma reforma nas Forças Armadas e levou aos tribunais os oficiais culpados pela frustrada aventura nas Malvinas

A Inglaterra gastou 2 bilhões de dólares no conflito. A vitória militar britânica dá a Margareth Tatcher uma enorme popularidade. Em Buenos Aires, a notícia da rendição argentina fez desabar o mundo. Do dia para a noite, os altos oficiais das três patentes deixaram de ser vistos como heróis para serem apontados como um bando de aventureiros irresponsáveis que jogaram o país numa guerra para o qual não estavam preparados. A desmoralização dos militares permitiu finalmente que a democracia e o poder civil fosse restaurado. Os britânicos mantiveram as ilhas.

Fontes:
-Conflito das Malvinas (General Paulo de Queiroz)
-www.MilitaryPower.com
-www.Milavicorner.uk
-www.Educaterra.terra.com.br
-www. Unb.br





Conteudo ©




*Nick de um membro do Clube dos Generais.

O Clube dos Generais é uma entidade voltada apenas e tão somente aos estudos dos fatos históricos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial e não fazemos, em nenhuma hipótese, apologia aos regimes e ideologias vigentes à época. Desta forma, as imagens aqui apresentadas que contenham símbolos nazistas ou outros foram incluídos apenas pelo seu valor histórico e como objeto de estudo e curiosidade, não constituindo crime nos termos da Lei No 7716/89 (que define os crimes resultantes de preconceito ou discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional)."

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