segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

8087 - CANAL DO PANAMÁ

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Localizado no istmo do Panamá, na América Central, é construído entre 1908 e 1914 para ligar os oceanos Atlântico e Pacífico. Como o istmo é a parte mais estreita do continente americano, desde 1534, sob o reinado do imperador espanhol Carlos V, existe a idéia de construir o canal. Em 1879, o francês Ferdinand de Lesseps – que abriu o Canal de Suez– inicia os trabalhos no Panamá. O despreparo dos europeus frente a doenças tropicais, como malária e febre amarela, levam o projeto à falência dez anos depois. Interessados em uma ligação marítima mais rápida entre a costa leste e costa oeste, são os Estados Unidos que insistem no projeto. Em 1903, os EUA induzem o Panamá – na época, uma província da Colômbia – à independência. Formado o novo país, o governo norte-americano obtém a autorização para a construção do canal em troca de sua concessão e uma faixa de terra de 8 km de largura em cada lado do canal. Depois de várias disputas pela soberania do canal, Panamá e Estados Unidos assinam em 1977 um acordo pelo qual o controle passa definitivamente aos panamenhos no ano 2000.

O canal tem 82 km de extensão, 152,4 m de largura, 26 m de profundidade e três eclusas duplas. Sua travessia leva de 16 a 20 horas. Apesar da alta taxa de pedágio – cerca de US$ 28 mil –, em função dos custos de manutenção, o canal tem tráfego intenso. Em 1993, serve de passagem para 12.257 navios. É um ponto estratégico militar e econômico porque evita que grandes navios tenham de fazer a volta ao redor da América do Sul para atingir outro oceano.

Travessia do Canal do Panamá
A travessia do Canal do Panamá é feita por três comportas. Onde a água funciona como um elevador. Vindo do Atlântico, por exemplo, o navio entre na comporta, com a água no mesmo nível do oceano. Os portões são fechados e as válvulas de enchimento abertas. A água entra através de poços do piso, elevando o navio 26 metros, até o nível do Lago de Gatun. As válvulas são fechadas e os portões superiores abertos. O navio sai da comporta para o lago. E segue para as outras comportas, onde acontece o processo inverso de descida até o nível do oceano Pacífico.

Fonte: www.iis.com.br

CANAL DO PANAMÁ
O Canal do Panamá é um canal de 82 km que corta o istmo do Panamá, ligando assim o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico. Devido à forma em S do Panamá, o Atlântico situa-se a oeste do canal e o Pacífico a leste, invertendo a orientação usual.

O canal tem dois grupos de eclusas no lado do Pacífico e um no do Atlântico. No lado Atlântico, as portas maciças de aço das eclusas triplas de Gatún têm 21 m de altura e pesam 745 toneladas cada uma, mas são tão bem contrabalançadas que um motor de 30 kW é suficiente para abri-las e fechá-las. O lago Gatún, que fica a 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago. Do lago Gatún, o canal passa pela falha de Gaillard e desce em direção ao Pacífico, primeiramente através de um conjunto de eclusas em Pedro Miguel, no lago Miraflores, a 16,5 m acima do nível do mar, e depois através de um conjunto duplo de eclusas em Miraflores. Todas as eclusas do canal são duplas, de modo que os barcos possam passar nas duas direções. Os navios são dirigidos ao interior das eclusas por pequenos aparelhos ferroviários. O lado do Pacífico é 24 cm mais alto do que o lado do Atântico, e tem marés muito mais altas.

Diversas ilhas situam-se no lago Gatún, incluindo a ilha Barro Colorado, um famoso santuário mundial de vida selvagem.

História

Localização do canal do PanamáO sonho de um canal atravessando o istmo da América Central tem suas origens há séculos, e houve sérias discussões sobre a possibilidade de sua construção a partir dos anos 1820. As duas rotas mais favoráveis eram as rotas através do Panamá e através da Nicarágua, com uma rota através do istmo de Tehuantepec, no México, como terceira opção. A rota através da Nicarágua foi seriamente considerada e sobrevive até hoje; veja Canal da Nicarágua.


Ferdinand de LessepsA ferrovia do Panamá foi construída através do istmo de 1850 a 1855. A funcionalidade dessa ferrovia foi um ponto-chave no plano de construção do canal do Panamá.

Antes da construção do canal do Panamá, a rota mais rápida para se viajar de barco de Nova Iorque à Califórnia era pelo Cabo Horn, no sul da América do Sul, uma rota longa e perigosa. Após o sucesso do Canal de Suez no Egito, os franceses estavam convencidos que eles conseguiriam conectar outros oceanos com pouca dificuldade. Ferdinand de Lesseps, que dirigiu a construção do Canal de Suez, foi inicialmente chamado para dirigir a construção deste novo canal, e a construção começou, finalmente, em 1 de Janeiro de 1880.

No entanto, havia uma vasta diferença entre escavar areia em uma área seca e plana e remover enormes quantidades de pedras no meio da floresta tropical. Enchentes, desmoronamentos de barro e altas taxas de mortalidade por causa da malária, da febre amarela e de outras doenças tropicais acabaram forçando os franceses a abandonarem o projeto, no episódio que ficou conhecido como os Escândalos do Panamá.

A independência do Panamá
O presidente estado-unidense Theodore Roosevelt estava convencido de que os Estados Unidos podiam terminar o projeto, e reconheceu que o controle estado-unidense da passagem do Atlântico ao Pacífico seria de uma importância militar e econômica considerável. O Panamá fazia então parte da Colômbia, de modo que Roosevelt começou as negociações com os colombianos para obter a permissão necessária. No início de 1903, o Tratado Hay-Herran foi assinado pelos dois países, mas o Senado colombiano não o ratificou. No que foi então, e ainda hoje é, um movimento polêmico, Roosevelt deu a entender aos rebeldes panamenhos que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a marinha estado-unidense apoiaria a causa de independência panamenha. O Panamá acabou por proclamar sua independência em 3 de Novembro de 1903, e o U.S.S. Nashville, em águas panamenhas, impediu toda e qualquer interferência colombiana.


Uma das eclusas do canal do PanamáQuando as lutas começaram, Roosevelt ordenou à Marinha estado-unidense estacionar navios de guerra perto da costa panamenha para "exercícios de treinamento". Muitos argumentam que o medo de uma guerra contra os Estados Unidos obrigou os colombianos a evitarem uma oposição séria ao movimento de independência. Os panamenhos vitoriosos devolveram o favor a Roosevelt permitindo aos Estados Unidos o controle da Zona do canal do Panamá em 23 de Fevereiro de 1904 por US$ 10 milhões (como previsto no Tratado Hay-Bunau-Varilla, assinado em 18 de Novembro de 1903).

Construção
O primeiro sucesso dos Estados Unidos foi eliminar a febre amarela, que matou tantos trabalhadores. Baseado nos trabalhos do médico cubano Juan Carlos Finlay, Walter Reed havia descoberto em Cuba, durante a Guerra Hispano-Americana, que a doença era transmitida por mosquitos. Vinte mil trabalhadores franceses haviam morrido da doença; no entanto, as novas medidas sanitárias introduzidas pelo Dr. William C. Gorgas eliminaram a febre amarela em 1905 e melhoraram as condições de higiene e trabalho.

O primeiro engenheiro-chefe do projeto foi John Findlay Wallace. Atrapalhado pelas doenças e pela escassa organização, seu trabalho não foi bom, e ele acabou por se demitir após 1 ano. O segundo engenheiro-chefe, John Stevens, construiu a maior parte da infraestrutura necessária para a construção do canal, incluindo a construção de casas para os trabalhadores, a reconstrução da ferrovia do Panamá para acomodar o transporte de carga pesado e o projeto de um método eficiente de remoção dos restos da escavação por trem. Ele se demitiu em 1907. O coronel George Washington Goethals foi o último engenheiro-chefe, e sua direção do projeto foi muito apreciada. O trabalho ainda era difícil, mas diversos progressos foram feitos.

De Lesseps insistira em um canal a nível do mar, mas os engenheiros franceses jamais encontraram uma solução para o problema causado pelo rio Chagres, que atravessava a linha do canal diversas vezes. O Chagres era passível de diversas cheias durante a estação das chuvas, e um canal a nível do mar implicaria a drenagem total do rio. O plano do canal a eclusas finalmente escolhido por Stevens e construído por Goethals controlou o Chagres através de um imenso aterro, formando uma barragem, em Gatún. O lago artificial resultante não somente fornecia a água e a energia hidrelétrica para operar as eclusas, como também constituía uma "ponte de água" que cobria um terço da distância através do istmo. Sob a liderança de Goethals, o trabalho de engenharia no canal foi dividido na construção de represas, eclusas e lagos em ambos os lados, e o grande trabalho de escavação através da falha continental em Culebra, hoje conhecida como Falha de Gaillard. Mesmo com a mudança do plano inicial de um canal ao nível do mar para um canal a eclusas, o volume final escavado foi de quase quatro vezes o valor estimado inicialmente por Lesseps.

Inauguração
O presidente estado-unidense Woodrow Wilson apertou o botão para a explosão do dique de Gamboa em 10 de Outubro de 1913, completando assim a construção do canal. Diversos trabalhadores das Índias Ocidentais trabalharam no canal, e sua mortalidade oficial eleva-se a 5609 mortos.


Construção das eclusas de Pedro Miguel, no início dos
anos 1910, mostrando as paredes centrais, vista ao norte.Quando o canal entrou em atividade em 15 de Agosto de 1914, era uma maravilha tecnológica. Uma complexa série de eclusas permitia até mesmo a passagem dos maiores navios. O canal foi um trunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo.

Os Estados Unidos usaram o canal durante a Segunda Guerra Mundial para revitalizar sua frota devastada no Pacífico. Alguns dos maiores navios que os Estados Unidos tiveram que enviar pelo canal foram porta-aviões, em particular o Essex. Eles eram tão largos que, apesar de as eclusas poderem contê-los, os postes de luz que bordam o canal tiveram que ser removidos para que pudessem passar. Os mais largos navios que podem atravessar o canal são conhecidos como Panamax.

Cessão do Canal ao Panamá
O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos Estados Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá, como previsto pelos Tratados Torrijos-Carter, assinado em 7 de setembro de 1977, no qual o presidente estado-unidense Jimmy Carter cede aos pedidos de controle dos panamenhos. O tratado previa uma passagem gradual do controle aos panamenhos, que se terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro de 1999.

O Panamá tem, desde então, melhorado o Canal, quebrando recordes de tráfego, financeiros e de segurança ano após ano.

O Canal do Panamá foi declarado uma das Sete maravilhas do mundo moderno pela Sociedade estado-unidense de Engenheiros Civis.

Fonte: pt.wikipedia.org

Canal do Panamá
Projeto de Ferdinand de Lesseps
A 1 de Março de 1884 a construção do canal, iniciada por Ferdinand de Lesseps, continuava. E as dificuldades não paravam. O Occidente daquela data referia-se ao projecto como a seguir se transcreve:

Assim como o istmo de Suez, unindo a África à Ásia por milhares de séculos, era um embaraço para a fácil comunicação entre o Oriente e o Ocidente, assim também a estreita língua de terra, que se chama o istmo de Panamá e une a américa setentrional à meridional é um obstáculo à rápida comunicação da Europa com as costas ocidentais da América, com o Oceano Pacífico e a Polinésia.


Cidade do PanamáO génio empreendedor de Fernando de Lesseps conseguiu depois de uma luta gigantesca abrir o primeiro, empresa julgada impossível e ridicularizada antes pelos sorrisos zombeteiros da Europa, hoje está empenhado na abertura do segundo, também combatido pela vaidade americana, e já contrariado com os projectos de um novo canal e de um caminho de ferro para transporte de navios de um mar para o outro.

Já na pág.176 do nosso 4º volume, dando uma ideia desta última tentativa, haviamos prometido tratar da abertura do canal; não o tendo podido fazer até hoje, cumprimos agora a nossa promessa.

Para se proceder a uma obra de tal importância, é claro que, depois de formada a necessária companhia, se havia de proceder a estudos minuciosos e conscienciosos.

Não menos de onze traçados foram feitos e acuradamente examinados, desde o golfo de Tehuantepec até à baía do Chiri-chiri no Oceano Pacífico e entre o golfo de Campeche até Quiabo no Atlântico.

O 1º traçado entre o golfo de Campeche e o de Tehuantepec, seguia o rio Coatzacoalcos até Ventosa no México.

O 2ª muito mais ao sul seguia o curso do rio S.João, atravessava o lago, e ia sair abaixo da cidade de Nicarágua, no estado deste nome.

O 3º seguia o rio Macho, atravessando o estado de Costa Rica, para desembocar no golfo de Nicoya.
O 4º parte da baía do Linson a sair pelas bocas do rio Grande, junto à cidade do Panamá no golfo deste nome.

O 5º começava no golfo de S.Brás até ao mesmo golfo.
Os 6º, 7º e 8º tinham por começo os rios Morti e Sucubti e o golfo de Derieu, para irem desembocar ao sul do mesmo golfo.

Os 9º, 10º e 11º foram procurados em diversos pontos estreitos desta lingua, tendo por termo as baías de Copica e do Chiri-chiri.

Seria muito longo referir as razões técnicas e econimicas que influiram na escolha de um dos projectos, o que não podia deixar de ser, basta-nos para informar os nossos leitores, dizer que o projecto adoptado foi o que acima enuciámos com o nr.4, e que pode ser reconhecido com este número na pequena carta que damos na pág.53 e onde se poderão ver as posições relativas dos diversos traçados.

A planta da pág.53 dá a direcção geral do canal, que, partindo de próximo à cidade de Colon e cortando o rio Chagres em vários pontos vai depois cortar o rio Grande.


Planta do Canal
Perfil LongitutinalA distância de mar a mar é de setenta e cinco kilometros, ou quinze léguas, a distância de Lisboa a Santarém. Decorre ele através de vales, de planícies, pântanos, rochas e desfiladeiros imponentes. O observador que suba a qualquer cabeço próximo a Panamá, abraça com a vista um panorama magnífico: o Pacífico sobre cuja superfície ondulante flutua uma névoa transparente, que reflecte os raios dourados e as rosadas tintas do sol e dos trópicos; Panamá, antiga cidade fundada pelos espanhois, cujas ruínas se estendem ao longo da costa, hoje linda povoação, constando de elegantes edifícios, sobre os quais se destaca a sombria mole da catedral, que resistiu às injúrias do tempo; a ampla baía semeada de ilhotas, e rodeada de magnífica vegetação, dá uns longes do formoso golfo de Nápoles.

Mas as dificuldades impostas pela grandiosidade desta obra não pararam. Os interesses políticos dos norte-americanos também não ajudaram e o descalabro financeiro consumou-se. Um grande escândalo na época tomado e julgado na altura como uma grande fraude financeira.

Fonte: www.edinfor.pt
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