segunda-feira, 19 de março de 2012

DE CALISTO I (217) ATÉ MELQUIADES (314)

De Calisto I (217) até Melquiades (314)

O período foi sem nenhuma importância, a não ser o Edito de Milão, em 313, que dava liberdade ao cristianismo







Depois de Zefírino foi proclamado bispo de Roma Calisto. A única coisa interessante que fez foi a ampliação de um cemitério, que até hoje guarda o seu nome, onde deviam ser recolhidos os restos mortais de todos os mártires romanos.



Sabe-se também que Calisto considerava hereges todos aqueles que pretendiam que um padre que tivesse cometido um crime nunca mais pudesse exercer as funções sacerdotais.



Sucedeu-lhe Urbano (222-230), natural de Roma. Era imperador Alexandre Severo que, de certo modo, favorecia os cristãos por conselho de sua mãe, Mammea, que era cristã; e chegou até a colocar na sua biblioteca a imagem de Jesus entre as imagens dos grandes filósofos.



Sabe-se que foi Urbano o primeiro a destinar para o clero os fundos e as fazendas que os cristãos lhe ofereciam, dividindo os rendimentos entre os ministros da religião.



Sucedeu-lhe Ponciano (230-235), natural de Roma. Por ódio ao cristianismo foi deportado para a Sardenha, uma grande ilha do mar Tirreno, cheia de pântanos e de malária. Antes, porém, renunciou ao cargo de bispo para que o povo e o clero elegessem outro.



Então foi eleito Antero, que morreu dentro de um mês. Sucedeu-lhe Fabiano (236-250), natural de Roma. Quase nada sabemos dele a não ser que nesta época o padre e historiador Julio Africano, (falecido em 240) escreveu uma História Universal que começa com a origem do mundo e termina no quarto ano de Heliogábalo.

Julio Africano confessa que foi até a Palestina para procurar os parentes de Jesus e assim poder conciliar as duas genealogias de Lucas e de Mateus.



Mas não conseguiu documento nenhum da família de Jesus. (O leitor pondere esse fato que nenhum manual de História Eclesiástica relata). Nos seus escritos ele afirma que a maior parte das narrações da Bíblia são falsas...



Com a morte de Fabiano foi eleito Cornélio (251-253), natural de Roma. Teve que enfrentar o cisma de Novaciano, que com muitos padres e fiéis afirmava que para os apóstatas não havia salvação.



Novaciano, que queria ser bispo de Roma, foi condenado num concilio regional, mas não desistiu e conseguiu dividir os fiéis. Aconteceu que uma peste violenta se alastrou pelo império.



Então o imperador Gallo e seu filho Velusiano ordenaram que se fizessem sacrifícios aos deuses em todas as províncias. Como os cristãos se recusaram, foram publicamente culpados pela calamidade pública.



Cornélio foi o primeiro a ser martirizado, conforme o testemunho de São Gerônimo. Sucedeu-lhe Lúcio (253-254). Em seguida veio Estevão (254-257), do qual quase nada se sabe ao certo. Então foi eleito Sisto (257-258) e logo em seguida Dinis (259-268).



A única coisa que merece ser relatada é que nesta época vivia em Roma o filósofo Plotino, que quando dava suas aulas de Filosofia esvaziava os templos dos pagãos e as igrejas dos cristãos.



Plotino ensinava que pela simples luz da razão, uma pessoa podia elevar-se até Deus, que não tinha nem forma nem substância e não podia ser definido com palavras humanas.



Por isso Plotino combatia tanto a religião pagã como a cristã, porque ambas atribuíam formas a Deus. Dizem os historiadores que quando Plotino estava morrendo exclamou: "Vou reunir o que existe de divino em mim com o que existe de divino no universo!".



Então foi eleito Felix (268-274), do qual quase nada se sabe; e, depois dele, Eutiquiano (275-283), também sem nenhuma importância.



Mas nesta época entrou em Roma a doutrina de Manes que tantos prosélitos fez entre os cristãos. Dizia Manes que existiam no universo dois princípios opostos e igualmente eternos: Deus e a matéria; a luz e as trevas; o autor do bem e o autor do mal.



Afirmava que Jesus só tinha aparências humanas, mas não sofreu na cruz. Dizia que o bem e o mal não eram conceitos abstratos ou éticos, mas realidades físicas: mal era a terra, a carne, os magistrados, os reis e seus conselheiros.



Por isso ele proibia o casamento, as guerras, certos alimentos (carne, ovos, leite e vinho). Dizia que Jesus era o Sol enquanto que a lua era a residência da Trindade e o ar era o escorregadouro para as almas serem transportadas à luz eterna.



Não esqueçamos que o imperador Constantino adorava o Sol e o repouso cristão no domingo era chamado "dies solis invicti".



Quando Constantino resolveu adotar o cristianismo para o império mandou fazer um mosaico, em Roma, no qual Jesus Cristo aparece com as feições do deus Hélios (o Sol) e seus

pertences: os cavalos, o manto floreado e um círculo de raios de luz ao redor de sua cabeça.



Os cristãos não achavam nada de errado, já que o bispo Clemente de Alexandria (que havia sido iniciado nos mistérios órficos antes de ser cristão) cantava de Cristo: "Esta luz é vida; pois aquele que vai no seu carro por cima de todas as coisas é o Sol de Justiça que visita a humanidade sem distinção; é o Cristo, Sol de Justiça".



O historiador Eusébio nos dá uma visão da situação, escrevendo: "A doutrina de Cristo era muito estimada entre os gregos, os romanos e os bárbaros”.



"A Igreja gozava do livre exercício do culto e os imperadores tinham vivo afeto aos cristãos dando-lhes o governo das províncias sem os obrigarem a sacrificar aos ídolos; muitos cristãos estavam até espalhados pelas cortes dos príncipes e tinham permissão de cumprir juntamente com suas famílias os deveres da religião cristã."



"Doroteo, um dos mais célebres entre os cristãos, era amigo pessoal do imperador pois era magistrado esclarecido e hábil administrador de províncias. (...) Os bispos eram venerados e queridos dos povos e dos governadores das províncias e inúmeros pagãos vinham fazer profissão de fé, todos os dias, e os templos já eram pequenos demais para tantos convertidos".



Mas no tempo de Eutiquiano grandes tribulações se abateram sobre o império romano: a Bretanha foi subjugada pelos calcedônios e pelos saxões; a Gallia, pelos francos, alemães e burguinhões; a Itália, pelos alemães, suecos, mercomanos e quadros; a Macedônia, a Média e a Trácia, pelos Godos, Herúlos e Sármatas; e os persas invadiram as costas da Síria.



As cidades do império eram arrasadas pelos bárbaros e a peste matava diariamente milhares de pessoas. Nesta época foi eleito bispo de Roma Caio (283-296), natural da Dalmácia e parente do imperador Dioclecia-no. Diz a história (ou lenda) que nessa época houve o martírio de seis mil soldados (que compunham a legião tebana) por ordem de Maximiano, a quem o imperador Diocleciano havia concedido o título de "Cesar".



Estes soldados vieram do Oriente para marchar contra os cristãos da Itália do Norte; mas se recusaram matar os irmãos de fé; por isso foram sacrificados.



Depois de Caio, foi eleito bispo de Roma Marcelino (296-304). Era imperador Diocleciano, que em 303 começou uma terrível perseguição contra os cristãos. Havia começado uma época difícil tanto para o império quanto para a Igreja de Roma.



A perseguição de Diocleciano foi uma das mais violentas e cruéis. O bispo Marcelino abjurou solenemente à religião cristã oferecendo incenso aos ídolos no templo de Vesta, na presença de muitos cristãos.



Um concilio reunido mais tarde para depô-lo não tomou nenhuma decisão. A Igreja o venera como santo porque, dizem os historiadores católicos, a coisa não ê bem clara...



Com a morte do bispo Marcelino a Igreja de Roma ficou sem chefe por cerca de três anos, até que o clero e o povo elegeram Marcelo, natural de Roma.



Como os padres e os cristãos de Roma fossem muito desordeiros, o imperador Maxêncio culpou o bispo Marcelo e o condenou a tratar dos cavalos numa de suas estrebarias. Por cerca de nove meses Marcelo tratou dos cavalos do imperador, até que os cristãos vieram raptá-lo para levá-lo à cidade.



Houve confronto armado entre os cristãos e os soldados. Marcelo, já velho e cansado, morreu em 310. Seu sucessor, Eusébio, só viveu poucos meses e morreu no mesmo ano de 310.



Sucedeu-lhe Melquiades (311- 314), um africano da Numídia que teve a sorte de ver finalmente a religião cristã declarada livre pelo imperador Constantino, no ano de 313.





Autor: Carlo Bússola, professor de Filosofia na UFES





Comentários do IASD Em Foco





O Dr. Carlo Bússola, professor aposentado de Filosofia, é um grande pesquisador e erudito e, como tal, vemos que ele escreve de forma desapaixonada e isenta e, com certeza, isso agrega mais credibilidade a todos os artigos da sua série “Os Bispos de Roma e a Ideologia do Poder” que estamos reproduzindo neste site.



Durante décadas a Igreja Adventista do Sétimo Dia, fiel à bandeira do Evangelho Eterno (Apocalipse 14:6 e 12; 12:17), tem pregado e procurado por todos os meios possíveis chamar a atenção do mundo cristão para a maior fraude de todos os tempos, promovida pelos bispos de Roma e seguida de perto pelo mundo evangélico, contra a Lei de Deus: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei...” (Daniel 7:25, p.p.).



A própria Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral”, apresenta este mesmo texto nas seguintes palavras: “Blasfemará contra o Altíssimo e perseguirá seus santos; pretenderá modificar o calendário e a Lei de Deus” (Daniel 7:25).



Amigos, só não vê quem não quer: MUDARAM A LEI DE DEUS!!! NÃO HÁ UM VERSO SEQUER, EM TODA A BÍBLIA, QUE INDIQUE A GUARDA DO DOMINGO COMO DIA DO SENHOR. “O apóstolo Paulo escreveu muito sobre a ressurreição de Jesus; mas, em nenhum verso, ele menciona que, por este fato, a guarda do Sábado mudou para o domingo”.



“Se a ressurreição de Jesus mudasse o dia de guarda, Ele próprio teria comunicado a seus discípulos que, por sua vez, teriam escrito nos evangelhos; o que não aconteceu.”



Contrariamente ao Sábado do quarto Mandamento da Lei de Deus (Êxodo 20:8-11), que aparece dezenas na Bíblia e é mencionado em relação a Jesus e aos apóstolos, a palavra “domingo” nem sequer existe na Bíblia. Temos, em toda a Bíblia (no NT), apenas a menção oito vezes (8) a “primeiro dia da semana” e em sequer uma delas (1 apenas) existe qualquer menção, sugestão ou mera insinuação de que este dia tenha assumido as prerrogativas estabelecidas por Deus em relação ao Sábado como dia sagrado (abençoado, santificado: Gênesis 2:2 e 3) e “santo dia do Senhor” (Isaías 58:13 e 14).



Amigos, esta mudança – esta fraude – é obra 100% humana, suscitada e conduzida por espíritos malignos e pelo arquienganador (I Timóteo 4:1). Vejam o edito ou decreto que formalizou esta grande fraude:



“Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes, repousem no venerável dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados de sua lavoura, visto Suceder freqüentemente não haver dia mais adequado à semeadura e ao plantio das vinhas, pelo que não convém deixar passar a ocasião oportuna e privar-se a gente das provisões deparadas pelo céu.” - Edito de 07 março de 321, A.D., Corpus Juris Civilis Cord., Liv. 3, Tit. 123.



Este é o edito ou decreto do Imperador Constantino – já abordado aqui pelo Dr. Carlo Bússola – que promoveu a união do cristianismo com o paganismo (adoração de imagens, adoração ao deus Sol, etc.) procurando “ajeitar” as coisas politicamente. Para não deixar margem para dúvidas:



“A Mais antiga documentação da observância do Domingo, como imposição legal, é o Edito de Constantino, em 321 A.D”. –

Enciclopédia Britânica, nona edição, artigo Domingo.



“A idéia de transpor a solenidade do Sábado para o Domingo, é uma idéia estranha ao cristianismo primitivo. O Domingo foi justaposto ao Sábado.”



“Foi um ecletismo político de Constantino, que queria agradar tanto a cristãos como a pagãos adoradores do Sol.” – A Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Vol. IX, pág. 232 item Domingo.



Conclusão





Portanto, amigos, quando o Dr. Carlo Bússola afirma: “Não esqueçamos que o imperador Constantino adorava o Sol e o repouso cristão no domingo era chamado "dies solis invicti", ele sabe o que está falando. O domingo tem a sua origem no paganismo, na adoração ao deus Sol:



· Em latim, a língua do clero católico: “dies solis” = dia do Sol

· Em inglês, é “Sunday” = Dia do Sol.

· Em alemão “Sontag” = Dia do Sol.



Vejam o que diz o Webster’s Dictionary, edição 1973:



“Sunday [domingo em inglês] é assim chamado visto que nos tempos antigos esse dia era dedicado como dia do Sol”.



Nosso Senhor Jesus nos advertiu a não fundamentar a nossa vida religiosa em cima de tradições Humanas:



“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15: 8-9).



Amigos, em termos de fé religiosa, salvação – questões que decidem: verdade/erro, vida/morte, salvação/perdição – o importante não é o que o presbítero diz; o importante não é o que o missionário diz; o importante não é o que o bispo diz; o importante não é o que o padre diz; o importante não é o que o pastor diz; o importante é o que Deus diz, aquilo que a Bíblia diz!!!



“Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).



Amigo, assuma uma posição firme e leal ao lado da verdade, ao lado daqueles que verdadeiramente amam ao Senhor Jesus (João 14:15) e, por isso, permanecem leais na guarda dos Seus Mandamentos: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).





Para Quem Queira Saber Mais Sobre o Assunto:





http://www.iasdemfoco.net/mat/emdefesa/abrejanela.asp?Id=67

http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=137

http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=135

http://www.iasdemfoco.net/mat/emdefesa/abrejanela.asp?Id=60

http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=136

http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=89

http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=87

http://www.iasdemfoco.net/mat/emdefesa/abrejanela.asp?Id=74

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