quinta-feira, 29 de março de 2012

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Expedições pela Amazônia brasileira

Karina Miotto
21 de Dezembro de 2011


João Meirelles Filho é colunista de ((o)) eco, diretor do Instituto Peabiru e autor de três livros sobre a região amazônica, O Livro de Ouro da Amazônia (Ediouro) e, pela editora Metalivros, Grandes Expedições à Amazônia Brasileira (1500-1930) e Grandes Expedições à Amazônia Brasileira, Século XX, este último lançado na semana passada.

Em seu novo livro, Meirelles fala sobre os principais viajantes que passaram pela Amazônia durante este período, entre eles Jacques Cousteau, Thiago de Mello, Orlando Villas Bôas, Frans Krajcberg, Claudia Adujar, entre outros nomes. A obra traz textos e mais de 250 imagens sobre 21 expedições.



Antes de partir para o lançamento do livro, em São Paulo, Meirelles concedeu uma rápida entrevista na qual expõe sua percepção a respeito destas viagens. “Elas são um alerta, um sinal de que as coisas se desgovernam”.

De onde surgiu o interesse em estudar as grandes expedições pela Amazônia?

As expedições, ou melhor, os expedicionários, representam uma lacuna no conhecimento sistemático sobre a Amazônia. Eles possuem aquela percepção do primeiro contato o que levou, por exemplo, Levi-Strauss a carregar em sua bagagem na expedição ao Mato Grosso o livro de Jean de Lery, do século XVI. E este primeiro contato contém muitas informações para compreendermos a região em que vivemos.


Este é o seu segundo livro a respeito deste tema. Qual seria a grande diferença entre as expedições dos dois livros, já que aconteceram em tempos e momentos históricos diferentes?

O século XX é a consolidação do genocídio dos povos indígenas, a concretização de uma destruição avassaladora e impensável. Seria como um tsunami comparado às marolas dos séculos anteriores. É um século manchado de sangue, violento, absurdo, triste, mas há aqueles que nos dão esperança, entre os quais alguns retratados neste livro do século XX: Frans Krajcberg, furioso, Claudia Andujar, paciente e perseverante, Thiago de Mello, com sua eloquência lírica e furor.


Qual é o seu viajante favorito e por quê?

Uma dupla de favoritos, pelo privilégio que possuo de compartilhar e, principalmente, aprender com eles, Frans Krajcberg e Thiago de Mello. Mas claro, há os irmãos Villas Bôas, ainda pouco compreendidos e logo lançados à uma categoria simplista de classificação. Há o trabalho das demarcações de fronteiras...

As expedições deixam qual legado para a Amazônia e seu povo?

As expedições são um alerta, um sinal de que as coisas se desgovernam. Elas mostram caminhos, paisagens, pessoas, certamente de maneira confusa, mas há um grande fio condutor que as move - a curiosidade, a busca pela essência. É isto, provavelmente que, igualmente, me intimide.






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