quarta-feira, 2 de maio de 2012

A FERROVIA SANTOS-JUNDIAÍ

Nossos Termos de Uso atualizados entrarão em vigor em 25 de maio de 2012. Saiba mais. São Paulo Railway Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Nota: Para o clube de futebol de mesmo nome, veja São Paulo Railway Athletic Club. Esta página precisa ser reciclada de acordo com o livro de estilo (desde setembro de 2010). Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior. São Paulo Railway Mapa Detalhe do logotipo na Estação da Luz Abreviações SPR Área de operação São Paulo Tempo de operação 1867–1947 Antecessora - Sucessora Estrada de Ferro Santos-Jundiaí Bitola 1,600 m Sede São Paulo, Brasil São Paulo Railway foi uma ferrovia do estado de São Paulo. Ligava o planalto paulista ao litoral. Índice [esconder] 1 História 1.1 Primeiros Projetos 1.2 A Construção 1.2.1 O Projeto de Mauá 1.2.2 Construção do Trecho de Planície 1.2.3 A Subida da Serra do Mar 1.3 A Construção da Serra Nova 1.4 Quebra do Monopólio Inglês 1.5 Encampação 2 Percurso 2.1 Conexões 3 Preservação 3.1 Estações 3.2 Material Rodante 3.3 Impacto Ambiental 4 Ver também 5 Ligações externas [editar] História[editar] Primeiros ProjetosUm grupo de brasileiros, em 1839, submeteu à apreciação do engenheiro Robert Stephenson um anteprojeto, referente à construção de uma estrada de ferro através da Serra do Mar, pois a Serra constituía um entrave ao progresso da Baixada Santista e do próprio Estado de São Paulo - pois, praticamente, isolava o Porto de Santos de toda a zona produtora do planalto. Robert Stephenson era filho de George Stephenson, inventor da primeira locomotiva a vapor e construtor da estrada de ferro entre Manchester e Liverpool, precursora de todas as estradas de ferro do mundo. O projeto brasileiro foi considerado prematuro e, conseqüentemente, abandonado. [editar] A Construção[editar] O Projeto de MauáEm 1859, Barão de Mauá, junto com um grupo de pessoas, convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos. O Barão de Mauá então ordenou os estudos e os exames do trecho compreendido entre Jundiaí e o alto da Serra do Mar. O trecho de 800 metros de descida da Serra do Mar era considerado impraticável; exigia tal perícia dos engenheiros, que só poderia ser realizada através de excepcional experiência. Por isso, Mauá foi atrás de um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees. A primeira dúvida sobre a projetada São Paulo Railway era referente aos custos, já que o contrato oferecido esboçava uma ferrovia de bitola larga (1 metro e 60 centímetros) através do traçado mais curto, entre Santos e Jundiaí. Brunlees veio examinar a Serra. Achou que uma estrada de ferro podia escalá-la, por um custo dentro dos limites estabelecidos, e aceitou o contrato. Faltava agora achar alguém disposto a executar o projeto. Foi-se atrás de Daniel Makinson Fox, engenheiro que havia adquirido experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pireneus. A descoberta do traçado definitivo foi feito a partir do litoral, conforme Fábio Cyrino, na sua obra Café, Ferro e Argila: Fox percorreu a Serra do Mar de cima a baixo, mas a descoberta de uma passagem através da muralha da serra, na qual os trens podiam trafegar, só foi encontrada quando o engenheiro desembarcava em Santos, pois a mesma só era possível se avistar de longe. Nessa ocasião Fox percebeu uma fissura que se estendia até o cume, sendo a mesma interrompida por uma grota aparentemente intransponível, a Grota Funda, e deste ponto foi possível vislumbrar a rota definitiva para a estrada ao longo do vale do Rio Mogi. Fox propôs então que a rota para a escalada da Serra deveria ser dividida em 4 declives, com o comprimento de 1.781, 1.947, 2.096 e 3.139 metros, respectivamente, tendo cada um a inclinação de 8%. No final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75 metros de comprimento, chamada de "patamar", com uma inclinação de 1,3%. Em cada um desses patamares, deveriam ser montadas uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a tração dos cabos. A proposta foi aprovada por Brunless e uma nova empresa foi criada: a The São Paulo Railway Company Ltd. (SPR). [editar] Construção do Trecho de PlanícieNo dia 15 de março de 1860, começou a construção do trecho de Santos a Piaçagüera, ao pé da Serra do Mar, com 20 km. Para isso, foi necessário construir 2 pontes paralelas, cada uma com 150 metros de comprimento, para unir Santos ao continente. Posteriormente, tiveram de ser transpostos o Rio Moji, com uma ponte com três aberturas de 20 metros cada uma, e o Rio Cubatão, com outra ponte de quatro aberturas de 23 metros cada. [editar] A Subida da Serra do MarNo alto da serra foi criada uma estação que serviu de acampamento de operários que foi chamada de Paranapiacaba. Ela possibilitava a troca de sistema pelos trens. A estrada foi construída sem o auxílio de explosivos, pois o terreno era muito instável. A escavação das rochas foi feita somente com cunhas e pregos. Alguns cortes chegaram a 20 metros de profundidade. Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram construídos paredões de alvenaria de 3 a 20 metros de altura, o que consumiu 230.000 metros cúbicos de alvenaria. A despeito de todas as dificuldades, a construção terminou 10 meses antes do tempo previsto no contrato, que era de oito anos. A São Paulo Railway foi aberta ao tráfego a 16 de fevereiro de 1867. [editar] A Construção da Serra NovaVer artigo principal: Funicular de Paranapiacaba O grande volume de café transportado para o Porto de Santos fez com que em 1895 se iniciasse a construção de uma nova estrada de ferro, paralela à antiga, chamada de Serra Nova. Para essa nova estrada foi utilizado um sistema endless rope, ou "sem-fim" (funicular). Nesse sistema o percurso era dividido em cinco seções, em cada uma delas havia máquinas de 1000 cv instaladas em posições subterrâneas, embora estas máquinas não ultrapassassem a potência de 951 cv. Para cada composição que subia havia uma outra composição de peso próximo ou equivalente, de modo a contrabalançar as forças de subida e descida e desta maneira, permitir às máquinas fixas, um esforço mínimo. No deslocamento da composição, de um plano para outro, uma máquina chamada locobreque, que acompanhava os vagões, possuía uma tenaz que se prendia ao cabo impulsor até a seção seguinte, onde se realizava a mudança de cabo, e assim sucessivamente até o pé da serra. O sistema foi inaugurado em 1901, sendo apelidado de Serra Nova, enquanto a antigo, de Serra Velha. [editar] Quebra do Monopólio InglêsEm 1889 foram feitos os primeiros protestos contra o monopólio britânico sobre a rota do porto de Santos, o que culminou com a construção da "Mairinque-Santos", em 1910, pela Estrada de Ferro Sorocabana. [editar] EncampaçãoEm 13 de setembro de 1946 acabou o contrato de 80 anos da São Paulo Railway; então ela foi encampada pelo governo brasileiro e em 27 de setembro de 1947 foi transformada na Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Dez anos depois, a EFSJ foi uma das formadoras da RFFSA, juntamente com a Estrada de Ferro Central do Brasil no Estado de São Paulo. Nos anos 60, a volume de carga para o Porto de Santos aumentou e o sistema de locobreques tornou-se obsoleto. Então, em 1974, foi inaugurado o Sistema Cremalheira-Aderência, no traçado da antiga Serra Velha, utilizando locomotivas elétricas. Finalmente, em 1984 o sistema de locobreques da Serra Nova é desativado, e, em 1987, é abandonado. Em 1996, a administração da linha passa para a MRS, que a mantém até hoje. [editar] PercursoA São Paulo Railway tinha seu quilômetro zero na cidade de Santos, mais precisamente no bairro do Valongo, na região central. Cruza os municípios de Cubatão, Santo André (Paranapiacaba), Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá, novamente Santo André (área central) e São Caetano do Sul até chegar à Capital Paulista. Na Capital, seus trilhos ainda servem como separação entre os bairros do Ipiranga e Vila Prudente e entre Cambuci e Mooca. Cruzam os bairros do Brás, Bom Retiro, Santa Cecília, Barra Funda, Lapa, Pirituba, Jaraguá e Perus. Seguindo pelo interior, seu trajeto também abrange os atuais municípios de Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí, onde termina, no bairro de Vila Arens, quilômetro 139. [editar] ConexõesA São Paulo Railway conecta-se ou conectava-se ainda: Estrada de Ferro Sorocabana - No Porto de Santos, em Santos; Na Estação Piaçagüera, em Cubatão e na região do Bom Retiro (Estação Júlio Prestes) até a Lapa, onde correm paralelas, havendo o terceiro intercâmbio ativo. Estrada de Ferro Central do Brasil - Em Rio Grande da Serra, de forma indireta, através do Ramal de Suzano e na Estação do Brás. Estrada de Ferro Perus-Pirapora - Na Estação Perus, em Perus. Estrada de Ferro Bragantina - Na Estação Campo Limpo, em Campo Limpo Paulista. Companhia Ytuana de Estradas de Ferro - Na Estação Jundiaí, em Jundiaí. Companhia Paulista de Estradas de Ferro - Também na Estação Jundiaí, em Jundiaí. Esta ferrovia, aliás, servia como continuação do leito da SPR, ligando-a até os limites do Estado de São Paulo. [editar] Preservação[editar] EstaçõesEstação da LuzEstação Francisco Morato[editar] Material RodanteVer artigo principal: ABPF - Regional São Paulo Em poder da ABPF - Regional São Paulo Em São Paulo Locomotivas - #91 (1938); Carros - #1, #7, #16, #19, #37, '#111, #288, #289, #451, #1032 e #1081; Locobreques - #3 (1902), #4 (1900), #9 (1900) e #11 (1902) Serrabreques - #2 Em Paranapiacaba Locomotivas - 1 (1907, bitola 0,60 cm), #10 (1867) e #15 (1865); Carros - #112; Locobreques - #7 (1900), #8 (1900), #14 (1902), #17 (1903), #18 (1903), #19 (1931) e #20 (1931); Serrabreques - #1 Em poder da Amsted-Maxion Em Cruzeiro Locomotivas - #166 (1931) e #167 (1931); São as únicas locomotivas Sentiel no mundo ainda operando comercialmente. Em poder da Indústria Nacional de Artefatos Laminados Locomotivas - #6 (1903) Em poder da CPTM Em Jundiaí Locobreques - #16 Em São Paulo Locobreques - #2 (1900) Em poder da CRAEGEA Em Suzano Locomotivas - #2 (1889) Em poder da Usina Central do Paraná Em Porecatu Locomotivas - #n.d. (1907, bitola 0,60 cm) Em poder de Osíris Stenghel Guimarães Em Ponta Grossa Locomotivas - 1 (1907, bitola 0,60 cm) Portanto, Ainda restam 10 locomotivas (sendo 3 de bitola 0,60 cm), 12 carros, 13 locobreques e 2 serrabreques ex-SPR existentes e preservados. [editar] Impacto AmbientalImpacto Ambiental é Qualquer mudança no meio ambiente, tanto positiva quanto negativa, total ou parcial, resultado das atividades, produto ou serviços da organização. Com a construção da ferrovia São Paulo Railway com 246 km, que até a década de 1930, consistia na única ligação ferroviária do planalto paulista com o Porto de Santos, houve um grande impacto ambiental, principalmente na vegetação litorânea, quando a São Paulo Railway começou a ser construída por onde ela passava havia a necessidade de se abrir cominho ente a mata, devastando uma grande quantidade de arvores e desalojando também uma grande quantidade de animais, o pior desafio foi quando a São Paulo Railway se deparou com um grande obstáculo, a Serra do Mar, naquela época não havia tecnologia suficiente para construírem túneis pelo meio da Serra do Mar então, os Ingleses vieram e com seus sistemas de cabeamentos conseguiram contornar a Serra e chegar no porto de Santos. Agora pensemos, mesmo hoje a Serra do Mar é um lugar de mata densa e fechada, quantas arvores não foram derrubadas para a construção deste sistema de cabeamentos dos ingleses que muitas vezes tinham de fazer bases de sustentação para que os supostos Guindastes que levariam a Maria Fumaça para cima e para baixo não acabacem caindo, mas a maior parte da devastação aconteceu com o fato de onde a São Paulo Railway passava cidades eram construídas, inicialmente para abrigar os trabalhadores, mas que no futuro prosperaram e hoje são cidades imensas, com o ritmo acelerando do desenvolvimento das cidades próximas da São Paulo Railway mais arvores foram derrubadas e mais animais foram forçados a abandonar seus locais onde viviam, essa devastação comparada as de hoje foi bem pequena, mas é algo que deva ser citado. [editar] Ver tambémEstação da Luz Sistema funicular Paranapiacaba [editar] Ligações externasHistória da São Paulo Railway A Gateway to Brazil [Esconder]v • e Ferrovias do Estado de São Paulo Operadores - 1867 a 1971 Companhia Carril Agrícola Funilense • Companhia Estrada de Ferro do Dourado • Companhia Mogiana de Estradas de Ferro • Companhia Paulista de Estradas de Ferro • Companhia Ramal Férreo do Rio Pardo • Companhia Ytuana de Estradas de Ferro • Estrada de Ferro Araraquara • Estrada de Ferro Bananal • Estrada de Ferro Barra Bonita • Estrada de Ferro Bragantina • Estrada de Ferro Campos do Jordão • Estrada de Ferro Dumont • Estrada de Ferro Elétrica Votorantim • Estrada de Ferro Itatibense • Estrada de Ferro Juquery • Estrada de Ferro Lorena-Piquete • Estrada de Ferro Monte Alto • Estrada de Ferro Oeste de São Paulo • Estrada de Ferro Perus-Pirapora • Estrada de Ferro Resende-Bocaina • Estrada de Ferro Santa Rita • Estrada de Ferro Santos a Jundiaí • Estrada de Ferro São Paulo-Minas • Estrada de Ferro São Paulo-Goiaz • Estrada de Ferro Sorocabana • Minas and Rio Railway Company • Ramal Férreo Campineiro • São Paulo Railway • Southern São Paulo Railway • Tramway da Cantareira • Tramway de Santo Amaro • Tramway do Guarujá Operadores - 1971 a 1998 Ferrovia Paulista S.A. • Rede Ferroviária Federal S.A. • Estrada de Ferro Perus-Pirapora • Estrada de Ferro Campos do Jordão • Associação Brasileira de Preservação Ferroviária • Metrô de São Paulo Operadores - 1998 a Hoje Extintos - Novoeste • Brasil Ferrovias • Ferronorte • Ferroban Carga - Ferrovia Centro Atlântica • América Latina Logística • MRS Logística S.A. Passageiros - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos • Metrô de São Paulo Turisticos - Estrada de Ferro Campos do Jordão • Associação Brasileira de Preservação Ferroviária • Estrada de Ferro Perus-Pirapora Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=São_Paulo_Railway&oldid=29912024" Categorias: Empresas ferroviárias extintas do BrasilHistória do Brasil ImperialHistória do Brasil RepublicanoSantos (São Paulo)Categorias ocultas: !Páginas a reciclar desde Setembro de 2010!Páginas com ficheiros inexistentes Ferramentas pessoaisEntrar / criar conta Espaços nominaisArtigo Discussão VariantesVistasLer Editar Ver histórico AçõesBusca NavegaçãoPágina principal Conteúdo destacado Eventos atuais Esplanada Página aleatória Portais Informar um erro ColaboraçãoBoas-vindas Ajuda Página de testes Portal comunitário Mudanças recentes Estaleiro Criar página Páginas novas Contato Donativos Imprimir/exportarCriar um livroDescarregar como PDFVersão para impressãoFerramentasPáginas afluentes Alterações relacionadas Carregar ficheiro Páginas especiais Ligação permanente Citar esta página Noutras línguasEnglish Українська Esta página foi modificada pela última vez à(s) 10h01min de 1 de maio de 2012. 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