domingo, 6 de maio de 2012

HORÁCIO LAFER

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Em 1934, ingressou no Partido Constitucionalista e em sua legenda foi eleito deputado federal por São Paulo para a legislatura iniciada em maio de 1935, durante a qual integrou as comissões de Diplomacia e de Finanças. No início da vigência do Estado Novo, Lafer retornou a seus negócios, dedicando-se exclusivamente aos interesses do grupo Klabin-Lafer. A partir de 1943, integrou o Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda, cargo em que se manteria até 1950. Em 1945 passou a integrar o Partido Social Democrático (PSD), elegendo-se deputado à Assembléia Nacional Constituinte. Em seguida, permaneceu na Câmara ao longo da legislatura ordinária até janeiro de 1951. Parlamentar ativo, especialmente interessado em questões ligadas à economia, sugeriu a constituição pela Câmara de uma comissão para estudar o problema da imigração no Brasil, e apresentou um projeto propondo o reaparelhamento geral das estradas de ferro no país. Ao encerrar seu mandato em 1951, no mesmo dia da posse de Getúlio Vargas na presidência da República, foi nomeado ministro da Fazenda. Assim que assumiu o cargo, empenhou-se no combate à inflação. Era um ministro adequado para levar avante o compromisso que Vargas assumira com a industrialização e a diversificação econômica do país. Durante a gestão de Lafer e por todo segundo governo Vargas, a ação do ministro da Fazenda era concomitante à da Assessoria Econômica da Presidência da República, a qual exercia considerável influência na condução da política econômica do governo. Eleito suplente de deputado federal por São Paulo em 1950, assumiu uma cadeira na Câmara. Reeleito em outubro, iniciou novo mandato em fevereiro de 1955. Na crise de novembro do mesmo ano, quando o general Henrique Teixeira Lott comandou movimento militar a fim de barrar uma conspiração em curso e assegurar a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek, Lafer foi um dos deputados que votou no Congresso a favor do impedimento de Café Filho. Novamente reeleito deputado federal por São Paulo em 1958, foi vice-líder da maioria e lhe coube, como homem de confiança do presidente Kubitschek, relatar na Câmara dos Deputados a posição assumida pelo governo de romper relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo seu relatório, o FMI preconizava uma política ortodoxa de combate à inflação, incompatível com o Plano de Metas do governo de Juscelino. O rompimento com o FMI teve amplas conseqüências, inclusive a substituição de ministros e dirigentes de órgãos governamentais da área econômica. No mesmo processo, Horácio Lafer foi nomeado ministro das Relações Exteriores. Assumiu o Ministério credenciado por sua experiência em assuntos ligados às relações econômicas internacionais, e por sua própria orientação em matéria de política econômica, como desenvolvimentista favorável à participação do capital estrangeiro. De modo a diversificar os mercados compradores dos produtos brasileiros, a fim de ampliar as exportações e assegurar as condições para a importação de equipamentos e produtos de base para a indústria, criou a Comissão de Política Econômica Exterior do Ministério das Relações Exteriores. Ainda no mesmo sentido, presidiu o primeiro acordo comercial entre o Brasil e a União Soviética, celebrado em Moscou no dia 9 de dezembro de 1959. Ao mesmo tempo, Lafer desenvolveu uma ativa política em relação à América Latina. Em sua gestão aceleraram-se os estudos para a criação de uma zona livre de comércio entre países da América Latina. Em conseqüência dessa iniciativa, em 1960 foi assinado o Tratado de Montevidéu, que deu origem à Associação Latino-Americana de Livre Comércio (Alalc). Em 1959, emergiu mundialmente a questão suscitada pela vitória da Revolução Cubana liderada por Fidel Castro. Por solicitação do governo peruano à Organização dos Estados Americanos (OEA), foi convocada com urgência uma conferência dos ministros das Relações Exteriores da América para tratar do caso. Durante a VII Reunião dos Chanceleres Americanos coube a Lafer a presidência dos trabalhos. O chanceler brasileiro envidou esforços para evitar a expulsão de Cuba da OEA. Como ministro das Relações Exteriores, presidiu ainda em dezembro de 1959 a comissão permanente para a aplicação do Tratado de Amizade e Consulta entre Brasil e Portugal. No período de 1959-1960 presidiu também a Comissão de Exportação de Materiais Estratégicos, assunto sobre o qual sempre se mostrara interessado. Com o fim do governo de Kubitschek deixou o ministério e retornou à Câmara para completar o mandato de deputado que iniciara em fevereiro de 1959. Na véspera de deixar a Câmara Federal, em 1963, foi eleito presidente emérito da Federação das Indústrias de Sào Paulo (Fiesp) em reconhecimento pelos serviços prestados à indústria, em especial à do estado de São Paulo. Casou-se com Maria Luísa Lafer, com quem teve duas filhas. Faleceu em Paris no dia 29 de junho de 1965. [Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001] Área restrita Fale Conosco Termos de Uso CPDOC | FGV • Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil RIO: Praia de Botafogo, 190, 14º andar, Rio de Janeiro - RJ - 22253-900 • Tels. (21) 3799.5676 / 3799.5677 SÃO PAULO: Avenida Paulista, 1471, 1º andar, Bela Vista - São Paulo - 01311-200 • Tel: (11) 3799 -3755 © Copyright Fundação Getulio Vargas 2012. 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