segunda-feira, 28 de maio de 2012

MISÉRIA E FOME NA CAATINGA

Pernambuco de AZ Gentil Cardoso Wilson Campos Costa Porto Raul Jungmann Crendices Relacionadas a Animais Editora Bagaço Gilberto Osório José Francisco Madureira Pará Paixão de Cristo do Recife Baltazar de Albuquerque Parque Tabocas Armando Monteiro Neto Naná Vasconcelos Sigismundo Gonçalves Aflitos Zumbi Pandeiro José de Souza Campos Capiba Rinaldo Amorim Gigantes do Samba Praça do Carmo Domingos João Ferreira de Lima Velho Faceta Casario Colonial de Olinda Paulo Fernando Craveiro Afonso de Albuquerque Maranhão Engenho do Meio Conde Pereira Carneiro Fernando Pio dos Santos Visconde de Suassuna Várzea Cajueiro Alberto Cunha Melo Alcimar Monteiro Jerônymo César de Melo Altamiro Cunha Múcio Carneiro Leão Praça da República Luiz Beltrão de Andrade Lima Brejo de Beberibe Dila Marcus Vinicios Vilaça Agostinho Dias de Oliveira Fandango Jerônimo Albuquerque Edson Néry da Fonseca Edgard Moraes Museu de Arte Sacra de Pernambuco Lourdes Sarmento Ponte Velha Galo da Madrugada Sérgio Araújo de Oliveira Mangueira Forte do Brum Teatro do Parque Ulisses Lins Barão de Itamaracá - Segundo Cícero Dias Mestre Vitalino Clube de Rua Fernando Pessoa Ferreira Henrique Pereira Lucena Hilton Sette Péricles Frei Manuel de Santa Catarina Nagib Jorge Neto Luiz Gonzaga do Monte Francisco Julião Frei João do Rosário Ronildo Maia Leite Austro Costa Luiz Bandeira Antônio Herculano de S. Bandeira Jornal do Commercio Henrique Dias Pedro Chaves Antônio José de Miranda Falcão Antônio de Barros Carvalho Nelson Valença Francisco Gouveia Cunha Barreto Miguel Vita Terezinha do Acordeom Dimas Batista Patriota José Wamberto P. de Assunção Maximiano Campos Horácio Pires Galvão Airton Lima Barbosa Ruy Belo Umbigada João N. Carneiro da Cunha Fernando Lyra Onildo Almeida Dantas Barreto Jarbas Maranhão Lolita Olímpio Bonald Neto Apipucos Herculano Bandeira Antônio Vicente de A. Bezerra Getúlio Cavalcanti Vamireh Chacon Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco - MAC Fundação Gilberto Freyre Prado Jarbas Vasconcelos Ranúsia Alves Rodrigues Pedro de Albuquerque Antônio Silvino Praça Dom Vital Zé do Gato Academia de Letras de Gravatá Climas e Chuvas Eu já fui assim Blocos de Carnaval Dona Duda Agostinho Lopes dos Santos Ilha Joana Bezerra Praça Chora Menino Libânio Augusto da Cunha Matos Nilo Pereira Medeiros de Albuquerque Francisco de Paula G. dos Santos Aggeu de Godoi Magalhães Leonardo Dantas Silva Antônio Muniz Barreiros Tita Caxiado Alfredo Carlos Schmalz Espinheiro Willy Correia de Oliveira Jairo Lima Gastão de Holanda Quinteto Armorial Osman Lins Francisco de Carvalho S. Brandão Flávio Guerra Blocos com Nomes de Animais Parque 13 de Maio Pedro da Silva Pedroso Frei Manuel de Macedo Moura Cavalcanti Francisco de Paula Cavalcanti Dulce Chacon Poço da Panela Ilha do Retiro Fernando Lobo Vavá Paixão de Cristo Antônio Brasil Rosil Cavalcanti Francisco Correia T. de Meneses Pedro de Morais Magalhães Museu do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco Lídio Macacão Antônio Pereira Galope Reginaldo Rossi Imbiribeira Madeira do Rosarinho Vasconcelos Sobrinho José Gonçalves de Oliveira Nelson Saldanha Luiz Vieira Caboclinho Antônio Carneiro Leão Manuel Cícero Peregrino da Silva Ascenso Ferreira João Soares de Albuquerque Praça de Boa Viagem Daniel Santeiro José da Costa Porto Francisco Leopodino G. Lobo Campina do Barreto Francisco José de Arantes Antônio Maria Lula Côrtes Audálio Alves Troças Vicente do Rego Monteiro Manuel de Souza Barros Edvaldo Costa Otacílio Batista Patriota Jaqueira Paulo Diniz Antônio Vieira de Melo Carlos de Lima Cavalcanti Academia Pernambucana de Letras Praça de Casa Forte Batutas de São José Clara Angélica Fim do Mundo Abelardo da Hora Barbosa Lima Sobrinho Marquês de Olinda Francisco Maria Sodré Pereira Alcimar Vólia Ricardo Noblat Mestre Salustiano Moacir Santos Francisco Furtado S. 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Albuquerque Adelmar Tavares Visconde de Maranguape Joaquim Pires de Machado Portela Dois Irmãos Francisco Teixeira de Sá Raimundo Pereira João Vieira de Araújo Caçote Mário Rodrigues Filho José Pedro Pontual Aurora Duarte Borges da Fonseca Daniel de Oliveira B. Almeida Montez Magno Convênio da Maconha Leopoldo Carpinteiro Peres Aníbal Falcão Marcos Cordeiro João Cabral de Melo Neto Hipódromo Jones Melo Antônio F. de Albuquerque José Joaquim A. Pernambuco Vaquejada Manuel de Camaragibe Adryana BB Francisco Sales Areda Celina Holanda Bairros de Stº Antônio e S. 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Isto porque uma das características naturais desse tipo de região é ter chuvas irregulares e mal distribuídas geograficamente. A primeira seca de que se tem notícia no Nordeste aconteceu entre 1580 e 1583, sendo que o estado mais atingido foi Pernambuco. Naquela ocasião, os engenhos da Província não moeram, as fazendas ficaram sem água e cerca de cinco mil índios desceram o Sertão em busca de comida. Até hoje, a seca considerada mais arrasadora foi a ocorrida em 1877, que durou três anos e atingiu todos os estados do Nordeste. Durante essa estiagem, calcula-se que morreram 500 mil pessoas, o equivalente à metade da população do semi-árido. Foi nessa época que o problema das secas no Nordeste passou a ser considerado de âmbito nacional. Criou-se uma Comissão Imperial cujos membros, depois de percorrerem a região afetada, sugeriram as seguintes medidas para amenizar a calamidade: construção de três ferrovias e de trinta açudes, instalação de observatórios meteorológicos e abertura de um canal para levar água do Rio São Francisco para o Rio Jaguaribe, no Ceará. Mas, de todas essas medidas, apenas um açude (o Quixadá, no Ceará) foi construído. As obras desse açude ficaram dois anos paralisadas e só foram concluídas em 1906. A mais prolongada e abrangente seca nordestina até o momento foi a de 1979: durou cinco anos e atingiu até mesmo regiões nunca afetadas anteriormente, como a Pré-Amazônia Maranhense e grande parte das zonas da Mata e Litoral do Nordeste. Pela primeira vez, a estiagem avançava além do Polígono das Secas. Foi atingida uma área total de 1,4 milhão de km2, quase todo o Nordeste. Calcula-se que, durante essa seca, morreram três milhões de nordestinos, principalmente crianças desnutridas. O governo federal criou um "programa de emergência" que consistia na liberação de recursos para pagar um salário aos agricultores que passaram a trabalhar na construção de obras na região. Obras que, teoricamente, poderiam amenizar os efeitos da próxima estiagem: pequenos açudes, cacimbas, poços etc. O programa de emergência chegou a ter 1,4 milhão de nordestinos alistados e as obras ou foram abandonadas pela metade ou se mostraram ineficientes, porque não tiveram nenhum planejamento técnico; constituíam apenas uma ocupação para os agricultores flagelados pela seca. Agricultores durante alistamento para trabalhar nas frentes de emergência. Nessa mesma ocasião, o governo federal também anunciou grandes obras para o Nordeste (como, por exemplo, a transposição das águas do Rio São Francisco), mas as obras nem sempre são concretizadas. Veja, a seguir, a cronologia das secas em Pernambuco e no Nordeste brasileiro: 1583/1585 - Primeira notícia sobre seca, relatada pelo padre Fernão Cardin, que atravessou o sertão da Bahia para Pernambuco. Relata que houve "uma grande seca e esterilidade na província e cinco mil índios desceram o sertão apertados pela fome socorrendo-se aos brancos". As fazendas de canaviais e mandioca deixaram de produzir. 1606 - Nova seca atinge o Nordeste. 1615 - Seca de razoável proporção. 1652 - Seca atinge o Nordeste. 1692/1693 - Uma grande seca atinge o sertão sanfranciscano. A peste assola na capitania de Pernambuco. Segundo o historiador Frei Vicente do Salvador, os indígenas, foragidos pelas serras, reúnem-se em numerosos grupos e avançam sobre as fazendas das ribeiras, destruindo tudo. 1709/1711 - Grande seca atinge o Nordeste, estendendo-se até a Capitania do Maranhão, espalhando fome entre seus habitantes. 1720/1721 - Seca atinge as províncias do Ceará e do Rio Grande do Norte. Pernambuco não sofreu grandes efeitos. 1723/1727 - Grande seca, os engenhos ficam em ruínas e, como relata Irineu Pinto, "os fiscais da Câmara pedem a El-Rey que os mande acudir com escravos pois os daqui têm morrido de fome". 1736/1737 - Outra seca atinge o Nordeste, causando prejuízos à região. 1744/1745 - Seca provoca morte do gado e fome entre a população nordestina. Alguns historiadores afirmam que crianças que já andavam, de tão desnutridas, voltaram a engatinhar. 1748/1751 - Grande seca atinge a região. 1776/1778 - Um das mais graves secas até então. Não apenas pela falta de chuva, mas por coincidir com um surto de varíola iniciado no ano anterior e que se prolongaria até 1778, provocando grande mortandade. Quase todo o gado bovino ficou perdido na caatinga. A Corte Portuguesa determina que os flagelados fossem reunidos em povoações de mais de 500 fogos, nas margens dos rios, repartindo-se entre elas as terras adjacentes. 1782 - É realizado um censo para determinar a população das áreas sujeitas a estiagens e o resultado aponta 137.688 habitantes. 1790/1793 - Uma seca transforma homens, mulheres e meninos em pedintes. É criada a Pia Sociedade Agrícola, primeira organização de caráter administrativo, cujo objetivo foi dar assistências aos flagelados. 1808/1809 - Seca parcial atingindo Pernambuco, na região do São Francisco. Notícias dão conta de aproximadamente 500 mortos, por falta de comida. 1824/1825 - Aliada à varíola, grande seca faz muitas vítimas na região. Os campos ficam esterilizados e a fome chega até os engenhos de cana-de-açúcar. 1831 - A Regência Trina autoriza a abertura de "fontes artesianas profundas, como forma de resolver o problema da falta d'água". 1833/1835 - Grande seca atinge apenas Pernambuco. 1844/1846 - Seca de grandes proporções provoca o marte do gado e espalha fome entre os nordestinos. Um saco de farinha de mandioca era trocado por ouro ou prata. 1877/1879 - Uma das mais graves secas que atingiram todo o Nordeste. O Ceará, por exemplo, tinha ,à época, uma população de 800 mil habitantes. Destes, 120 mil (ou 15%) emigraram para a Amazônia e outras 68 mil pessoas foram para outros estados. 1888/1889 - Grande seca atinge Pernambuco e Paraíba, deixando destruição de lavouras e vilas abandonadas. 1898/1900 - Outra grande seca atinge somente o estado de Pernambuco. 1903/1904 - Flagelados por nova seca, milhares de nordestinos abandonam a região, Passa a constar da Lei de Orçamento da República uma parcela destinada às obras contra as secas. Criam-se três comissões para analisar o problema das secas nordestinas; 1908/1909 - Seca atinge principalmente o sertão de Pernambuco. Em 1909 é criada a Inspetoria de Obras Contra as Secas (IOCS). 1910 - São instaladas124 estações pluviométricas no semi-árido nordestino. Até então, tinham-se construídos 2.311 açudes particulares na Paraíba e 1.086 no Rio Grande do Norte. 1914/1915 - Seca de grande intensidade em toda região semi-árida nordestina. Retirantes cearenses abandonam seu Estado depois que a seca de 1915 atingiu todo o Nordeste brasileiro. 1919/1921 - Em conseqüências dos efeitos dessa seca (que teve grandes proporções, sobretudo no sertão pernambucano), cresce o êxodo rural no Nordeste. A imprensa, a opinião pública e o Congresso Nacional exigem atuação do governo. É criada, em 1920, a Caixa Especial de Obras de Irrigação de Terras Cultiváveis do Nordeste Brasileiro, mantida com 2% da receita tributária anual da União, além de outros recursos. Mas, praticamente nada é feito para amenizar o drama das secas. 1932 - Grande seca no Nordeste. 1945 - Mais uma seca atinge o Nordeste. É criado o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) que passa a desempenhar as tarefas antes atribuídas à Inspetorial Federal de Obras Contra as Secas, criada em 1919. 1951/1953 - Grande seca atinge todo o Nordeste. 1953 - Outra grande seca no Nordeste. O DNOCS propõe um trabalho de educação entre os agricultores, com objetivo de criar núcleos de irrigação. 1956 - Criação do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN), encarregado de elaborar uma política de desenvolvimento para a região. 1959 - Criação da Sudene. 1966 - Seca atinge parcialmente o Nordeste. População pernambucana abastecida pelo carro-pipa. 1970 - Grande seca atinge todo o Nordeste, deixando como única alternativa para 1,8 milhão de nordestinos o engajamento nas chamadas "frentes de emergência", mantidas pelo governo federal. 1979/1984 - A mais prolongada e abrangente seca da história do Nordeste. Atingiu toda a região, deixando um rastro de miséria e fome em todos os Estados. No período não se colheu lavoura nenhuma numa área de quase 1,5 milhão de km2. Só no Ceará foi registrada mais de uma centena de saques, quando legiões de trabalhadores famintos invadiram cidades e arrancaram alimentos à força em feiras-livres ou armazéns. Segundo dados da Sudene, entre 1979/1984 morreram na região 3,5 milhões de pessoas, a maioria crianças, por fome e enfermidades derivadas da desnutrição. pesquisa da Unesco apontou que 62% das crianças nordestinas , de zero a cinco anos, na zona rural, viviam em estado de desnutrição aguda. As frentes de emergência empregaram 26,6 milhões de trabalhadores rurais e os gastos do governo federal com a seca, entre 1979/1982, somaram 4 (quatro) trilhões de cruzeiros, o equivalente à época a 50% dos dispêndios totais do Ministério do Interior. Seca na mídia nacional brasileira. 1993 - Grande seca atinge todos os Estados do Nordeste e mais parte da região norte de Minas Gerais. Só no Nordeste, de acordo com dados da então Sudene (hoje, Adene), um total de 1.857.655 trabalhadores rurais que perderam suas lavouras foram alistados nas chamadas "frentes de emergência". Pernambuco foi o Estado que teve o segundo maior número de agricultores alistados nessas frentes, com 334.765 pessoas, perdendo apenas para a Bahia (369 mil trabalhadores alistados). As perdas de safras foram totais, em todos os Estados Nordestinos. Na época, a imprensa recifense publicou reportagem segundo a qual dezenas de obras de combate às secas, iniciadas e abandonadas pelo governo federal antes da conclusão, já haviam provocado, entre 1978/1993, prejuízos de CR$ 6,7 trilhões. O escândalo das obras inacabadas deu origem até mesmo a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, no Congresso Nacional, para apurar responsabilidades. 1998 - No final do mês de abril, vêm à tona, mais uma vez, os efeitos de uma nova seca no Nordeste: população faminta promovendo saques a depósitos de alimentos e feiras livres, animais morrendo e lavoura perdida. Exceto o Maranhão, todos os outros Estados do Nordeste são atingidos, num total de cerca de cinco milhões de pessoas afetadas. Esta seca estava prevista há mais de um ano, em decorrência do fenômeno El Niño, mas, como das vezes anteriores, nada foi feito para amenizar os efeitos da catástrofe. Sem pasto, o gado magro é retirado das regiões atingidas pelas secas. Somente depois que a imprensa e a televisão mostraram famílias inteiras passando fome e rezando pedindo chuva é que o governo federal anunciou um programa de emergência, através do qual passou a distribuir cestas básicas de alimentos (10 kg por família) aos flagelados. Tudo aconteceu no momento em que os representantes do governo se orgulhavam pelo fato de o Brasil assumir posição destacada na "moderna era da economia globalizada". O programa de assistência às populações atingidas causou bate-boca, porque 1998 era um ano eleitoral, inclusive com eleições para a presidência da República, e a distribuição dos alimentos estaria obedecendo critérios eleitoreiros. Representantes da Igreja Católica chegaram, inclusive, a denunciar que os governos (federal, estaduais e municipais) não tinham nenhum interesse em resolver o problema das secas no Nordeste "porque, com a fome, a compra de votos fica mais fácil". Além dos problemas na zona rural e no interior do estado, a falta de chuva fez com que Pernambuco vivesse, entre 1998/1999, o pior racionamento de água de toda a sua história, do sertão ao litoral: a região metropolitana, inclusive o Recife, passou a receber água encanada apenas uma vez por semana; a maior cidade do agreste, Caruaru, só tinha água nas torneiras uma vez por mês e dezenas de municípios sertanejos ficaram meses totalmente dependentes de carros-pipa. 2001 - Praticamente um prolongamento da seca iniciada em 1998 (que se estendeu por 1999 e apenas deu uma trégua em 2000), a seca de 2001 teve uma particularidade a mais, em relação às anteriores: ocorreu no momento em que não só o Nordeste, mas todo o Brasil vivia uma crise de energia elétrica sem precedentes em todo a história do País, provocada por falta de investimentos no setor e pela escassez de chuvas. Daí, o nordestino desabafar: "Agora é sem água e sem luz!" Em Pernambuco, no início do inverno ocorreram algumas chuvas e, animados, os agricultores se puseram a plantar. Mas, logo as chuvas escassearam e, em abril, já se registrava uma "seca verde" em todo o sertão do Estado. A situação foi-se agravando e, em junho, as populações do interior pernambucano já viviam o velho e conhecido drama de dependerem da ajuda do governo. Os açudes viram terra rachada. Voltar < Anterior Próximo > Comments # Osman de Araujo 2012-05-20 17:59 Continua a mesma pouca vergonha. Quando será que vai mudar? Não acredito que com estes políticos a coisa mude. Devemos trazer de volta os CARAS PINTADAS? Falta aos Nordestinos um verdeiro LIDER. Reply | Reply with quote | Quote Refresh comments list RSS feed for comments to this post. Add comment Name (required) E-mail (required) 1000 symbols left Notify me of follow-up comments Refresh SendCancel JComments Segunda, 28. Maio 2012 Copyright Formato 8 Produções Editoriais Fale Conosco COPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

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