domingo, 3 de junho de 2012

CASTELOS ANTIGOS DA INGLATERRA

Pílulas Maçônicas "Este blog contém informações Maçônicas, resumos de informações tiradas de livros ingleses, americanos e alguns brasileiros selecionados. O objetivo é transmitir conhecimentos de livros idôneos, nem sempre disponíveis para a maioria dos Aprendizes e Companheiros. Ninguém é dono da verdade. Queremos chegar o mais próximo dela. Todas as informações podem ser questionadas, sem problemas." Quem sou eu Alferio Visualizar meu perfil completo Arquivo do blog ▼ 2011 (18) ▼ Junho (1) nº 106 - Tábua Esmeraldina ► Maio (5) nº 105 - Palavra final do Ir.'. Orador nº 104 - Misticismo nº 103 - Sagração do Templo Maçônico nº 102 - O Orgulho da Maçonaria nº 101 - A letra “G” dentro do Esquadro e Compasso... ► Abril (4) nº 100 - Atersata nº 99 - Quem foi Leo Taxil? nº 98 - A Instalação – Mestre Instalado nº 97 - Elo de Ligação ► Março (4) nº 96 - Michelângelo Buonarotti nº 95 - O Olho Que Tudo Vê nº 94 - As mini colunas nº 93 - A Ordem Maçônica ► Fevereiro (2) nº 92 - William Preston nº 91 - O Formato do Templo ► Janeiro (2) nº 90 - Circulação em Loja nº 89 - A Paciência no desbaste da Pedra Bruta ► 2010 (30) ► Dezembro (2) nº 88 - O Avental nº 87 - A Importância do Maçom Aceito ► Novembro (2) nº 86 - Os Princípios da Maçonaria nº 85 - Carater Social na Maçonaria ► Outubro (3) nº 84 - A Grande Loja dos “Antigos” na Inglaterra nº 83 - Reunião em Família nº 82 - Abraço Fraternal Maçônico ► Setembro (3) nº 81 - O que é o “Poema Regius” nº 80 - O significado de “Loja” na Idade Média nº 79 - Escada de Jacó e Escada em Caracol ► Agosto (2) nº 78 - Sessão Magna nº 77 - Lembrando aos Maçons que... ► Julho (1) nº 76 - A Colméia e a Maçonaria ► Junho (3) nº 75 - Cores na Maçonaria nº 74 - Erro não! Tentativa de acerto. nº 73 - Instalação do Venerável Mestre ► Maio (2) nº 72 - Abater Colunas nº 71 - Fênix e Ouroboros ► Abril (4) nº 70 - Liberdade, Igualdade e Fraternidade nº 69 - Justa, Perfeita e Regular nº 68 - Lance o balde onde você está! nº 67 - O Ritual na Maçonaria ► Março (2) nº 66 - Maçom Aceito nº 65 - Free Masons ► Fevereiro (2) nº 64 - Grade do Oriente nº 63 - A Prancheta ► Janeiro (4) nº 62 - Antimaçonaria – Leo Taxil nº 61 - Trolhar e Telhar nº 60 - Viver de modo Maçônico nº 59 - Teria sido Jesus, um Essênio? ► 2009 (34) ► Dezembro (3) nº 58 - Tradição Maçônica nº 57 - Aquisição e Desenvolvimento de um Mestre M... ► Novembro (2) ► Outubro (3) ► Setembro (1) ► Agosto (4) ► Julho (6) ► Junho (2) ► Maio (2) ► Abril (3) ► Março (3) ► Fevereiro (2) ► Janeiro (3) ► 2008 (15) ► Dezembro (3) ► Novembro (1) ► Março (4) ► Fevereiro (1) ► Janeiro (6) ► 2007 (9) ► Dezembro (4) ► Novembro (5) Blogs e Sites Maçônicos > GOB - Grande Oriente do Brasil > GOSP - Grande Oriente de São Paulo > GOSP - Grande Secretaria de Cultura e Educação > GOSP - Grande Secretaria de Cultura e Educação - Cursos e Palestras > GOSP - Grande Secretaria de Cultura e Educação - Revista Cultural > GOSP - Grande Secretaria de Entidades Paramaçônicas > GOSP - Encontro Regional de Aprendizes e Companheiros quinta-feira, 9 de junho de 2011 nº 106 - Tábua Esmeraldina Brethren, Vez ou outra é interessante relembrar certas coisas e refletir, novamente, sobre os ensinamentos nelas contidas. É o caso da “Tábua Esmeraldina” de Hermes Trimegisto. Isto é complexo, mas é verdadeiro sem mentiras: Tudo o que está aqui embaixo também está no alto; também no alto está o que está embaixo, pois tudo é obra de uma só coisa. Todas as coisas vieram e vem de uma, da qual tudo nasceu e à qual tudo se ajustou, pois tudo se adaptou a ela, a Causa Ùnica. O Pai de tudo, que é a realidade, que é o querer do universo, Aqui está, com sua força total convertida em Terra. Se quiserdes saber o segredo dessa força suprema, deveis separar a terra do fogo, o fino e sutil do espesso e grande, Suavemente e com todo cuidado. Sobe da terra ao céu e, dali, volte à terra, para receber a força do que está em cima e do que está embaixo. Assim, receberás a luz de todo o mundo e as trevas se afastarão de ti. Esta é a força de todas as forças, que vencerá tudo o que é sutil, como vencerá tudo quanto é grande, e que penetrará em tudo o que é sólido e palpável. Portanto, o mundo pequeno está feito, à semelhança do mundo grande. Assim e desse modo, ocorrerão mudanças prodigiosas. Por isso me chamam Hermes Trimegisto, Pois possuo as três partes da Sabedoria de todo o mundo. Terminado está o que disse sobre a Obra do Sol. 0 comentários sábado, 21 de maio de 2011 nº 105 - Palavra final do Ir.'. Orador No R.'.E.'.A.'.A.'. após a “palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular” ter percorrido as Colunas e o Oriente, a mesma é passada ao Irmão Orador para apresentar suas conclusões no encerramento das discussões e do decorrido da Loja, de modo geral, sob o ponto de vista legal, qualquer que tenha sido a matéria. Confirmando que a Loja transcorreu de modo justo e perfeito e, desse modo, estando tudo de acordo com os princípios e leis da Maçonaria, obediente aos Rituais, a Loja poderá ser fechada. Infelizmente, é comum na ocasião descrita acima, no empenho de mostrar sua competência, o Orador divagar sobre o tema apresentado no Tempo de Estudos, ou tomar partido sobre o mesmo, ou, que é pior ainda, apresentar um outro Trabalho sobre o mesmo tema. Na minha opinião, isso ele pode fazer, quando a palavra estiver no Oriente, e ele se comportar como um obreiro comum. Pedirá a palavra ao Venerável Mestre, do mesmo modo que fazem os demais, e exporá sua opinião, como obreiro da Loja. Repetindo para ficar claro, ao Irmão Orador cabe, ao final da Loja, dar as suas conclusões legais, ou seja, do ponto de vista legal, mesmo porque ele é o digno representante do Ministério Público Maçônico. 0 comentários domingo, 15 de maio de 2011 nº 104 - Misticismo O conjunto de atos e disposições, tendo por finalidade a obtenção da comunhão com o Ser Supremo (na Maçonaria conhecido como G.'.A.'.D.'.U.'.) regulador e criador de tudo que no mundo existe, é denominado de MISTICISMO. Na procura dessa união intima com a Divindade, Absoluta e Onipotente, é montado um sistema complexo especulativo de atos e padrões baseados principalmente nas religiões antigas e nas Ordens Iniciáticas de cunho religioso, que ocuparam espaço nas diversas civilizações antigas. Desse modo está intimamente ligado com Metafísica, com a Religião (Teologia), com a Mitologia e até mesmo com a Astrologia. A Maçonaria possui seu lado místico, praticado em seus ritos e rituais, apesar de não ser uma religião e nem uma Ordem Mística. Não deve ser confundida com Esoterismo ou com Exoterismo (vide Pílula Maçônica nº 44) cujas definições estão abaixo: - ESOTÉRICO: 1) diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado aos discípulos completamente instruídos. 2) todo ensinamento ensinado a circulo restrito e fechado de ouvintes. 3) diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo. 4) compreensível apenas por poucos; obscuro; hermético. - EXOTÉRICO: diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era transmitido ao publico sem restrição, dado o interesse generalizado que suscitava e a forma acessível em que podia ser exposto, por se tratar de ensinamento dialético, provável, verossímil. 0 comentários terça-feira, 10 de maio de 2011 nº 103 - Sagração do Templo Maçônico Deve ser lembrado que esse termo “Sagração” tem aproximadamente 100 anos de existência, aqui no Brasil. Antigamente, o termo usado era “Inauguração”, ocasião em que o Templo era reconhecido pelas autoridades maçônicas e usado pela primeira vez. Inclusive, autoridades da vida profana também eram convidadas para a festividade. No Brasil existe uma série de Lojas com mais de 100 anos, cujos Templos foram Inaugurados. Hoje em dia nós “sagramos” o Templo. Entretanto, levando em consideração que a Maçonaria não é uma religião, essa sagração não é fazer com que o Templo se torne um local sagrado, santificado. É simplesmente um reconhecimento Maçônico, por todos os maçons presentes no ato de que, aquele local, tem a dignidade de um Templo Maçônico e será sempre usado para as atividades Maçônicas. Só isso! Sem qualquer sentido de “santificação” do local, principalmente dentro do Templo. Pessoas não ligadas à Maçonaria, profanos, podem visitar as instalações de Templo Maçônico, sem problemas, desde que em ocasiões propícias. Para finalizar, vejam o que foi escrito pelo Mestre Castellani, no Consultório Maçônico, Ed. TROLHA: “A Sagração é uma Cerimônia cuja finalidade é, simplesmente, conferir ao local, a dignidade de Templo Maçônico, assim como a Sagração do Aprendiz, do Companheiro, ou do Mestre tem a finalidade de lhes conferir a dignidade do Grau, sem qualquer sentido de “santificação”. Muitos maçons, todavia, crêem que sagrar o Templo é torná-lo um local santificado, sagrado, misturando Maçonaria com religião, o que, embora esdrúxulo e absurdo, é mais comum do que se supõe.” 0 comentários nº 102 - O Orgulho da Maçonaria Brethren, Sem dúvidas os Maçons têm orgulho de pertencerem a uma Instituição com o perfil da Maçonaria. Somos “bairristas” ao extremo, mas temos um enorme motivo para isso. Se não, vamos ver o que foi escrito por um escritor que não era Maçom, Jasper Ridley, em seu livro “Los Masones”, editado em 1999: “Na Idade Média, a Maçonaria Operativa era distinta pois tinha seus obreiros que eram diferentes, para melhor, de todas as outras classes de trabalhadores. Nos povoados os artesões faziam coisas, que os comerciantes compravam e vendiam. Os tecelões faziam panos, Os ourives faziam anéis e jóias, e os carpinteiros construíam casas de madeira para os habitantes locais. Mas os Maçons eram distintos! Trabalhavam a pedra, e eram muito poucos os edifícios feitos em pedra. Somente os castelos do Rei e daqueles Nobres a quem o rei havia dado permissão de construção. Igualmente para as Catedrais, Abadias e Paróquias. Então, os únicos empregadores dos maçons eram o Rei, alguns de seus Nobres e a Igreja, apesar de que algumas pontes também fossem construídas de pedra. A Ponte de Londres, a única sobre o Rio Tâmisa até no século XVII, foi feito a princípio de madeira, e em 1209 reconstruída em pedra, durando até 1832. Os Maçons viajavam e conheciam o “mundo” adquirindo conhecimentos, que são um forte fator de distinção entre os membros de uma comunidade. Eram qualificados e existiam dois tipos de Maçons: os “rústicos”, que cortavam as pedras para formarem a base e outras partes das construções e os mais habilidosos que talhavam as elegantes fachadas dos castelos e das catedrais. Viajavam muito, como já foi dito, mas não eram bandos de trabalhadores procurando serviço e, sim, requisitados com antecedência e disputadíssimos!” Como a Maçonaria Especulativa, que é a que praticamos hoje, teve como origem a Maçonaria Operativa com obreiros cuja função está descrita acima, temos que ter muito orgulho, mesmo! 0 comentários nº 101 - A letra “G” dentro do Esquadro e Compasso Não há nenhuma razão específica para que não use a letra “G” no emblema formado pelo Esquadro e o Compasso, sobrepostos, e com a letra “G” entre eles. Não há, é claro, nenhuma regra vinculativa sobre este assunto pois é uma questão de usos e costumes, comum a diversos países. Essa formação é comum na Inglaterra, Escócia, Europa e nas Américas. Aparece muito pouco na Nova Zelândia e Austrália. Na maçonaria brasileira é extremamente comum e quase todos os Maçons usam, ou já usaram, “button” na lapela com o emblema descrito acima. Os seguintes pontos descritos abaixo, são somente considerações: a) Na Iniciação, a atenção do candidato é atraída, propositalmente, para as Três Grandes Luzes emblemáticas da Maçonaria: o Esquadro, o Compasso e o Livro da Lei. Os dois primeiros são instrumentos reais da Maçonaria Operativa, bem como possuindo atributos também na Maçonaria Especulativa. b) Somente no Segundo Grau, de Companheiro, é que a letra “G” é mencionada e a sua importância, significado e valores são discutidos. Na verdade, a letra “G” começou a ser mencionada somente em 1730 (vide Pílula Maçônica nº 27). É surpreendente que somente depois de 1850, aproximadamente, que a letra “G” começou aparecer no meio do Compasso e do Esquadro entrelaçados, como se vê hoje em dia em distintivos de lapela ou emblemas. E é suposto que tenha sido originado por projeto de algum criativo joalheiro e não por ação de alguma autoridade Maçônica. Por conseguinte, não é um símbolo “base”, como o Esquadro e o Compasso. Não teve uma aplicação na Maçonaria Operativa, como tem na Maçonaria Especulativa. c) Sem querer diminuir da letra “G” a sua importância, seu significado e o grande valor como um símbolo, mas temos que ser realistas ao afirmar que a sua inclusão, entre o Esquadro e o Compasso é uma associação com pouca ou nenhuma base concreta. 0 comentários domingo, 24 de abril de 2011 nº 100 - Atersata Atersata, palavra muitas vezes escrita de forma errada como “artezata”, ou “aterzata”, é de dificil localização nos dicionários maçônicos em geral (tanto nos nacionais como nos escritos na lingua inglesa). Na língua inglesa é escrito como “athersada”. É uma palavra de origem Persa, com o significado de “mão forte, mão poderosa”. Obviamente, a tradução com significado mais objetivo é: “o Governador que dirige com total poder, com mão forte!”. Na verdade, esse nome encontrado na Biblia (Septuaginta) é o nome dada ao Governador Persa de Jerusalém que acompanhou Zorobabel e Nehemias (vide “Esdras” II. 63; “Nehemias” VII. 65-70, descritos abaixo). E o Atersata proibiu-os de comer coisas sagradas, até que conseguissem encontrar um sacerdote... Por isto tudo, fizemos uma aliança sagrada... pelos nossos sacerdotes. Estes foram os que assinaram: Neemias, o Atersata, filho de Helquias... Na Ordem de Heredom de Kilwinning, este era o nome do chefe supremo dessa Ordem. E, na Maçonaria Francesa e na Brasileira, entre outras, é o nome do presidente do “Sublime Capítulo Rosacruz” do Rito Escocês Antigo e Aceito, na divisão que vai do 15º ao 18º Grau. Em 586 a.C, Judá, a remanescente e importante cidade do grupo das 12 tribos dos Hebreus (cisma de 921 a.C.), foi conquistada e destruida por Nabudonossor II, chefe dos Babilônios. Nessa época, o primeiro Templo, o de Salomão, construido em 980 a.C, foi totalmente destruido e todos os hebreus foram levados, cativos, para o exílio na Babilônia. Posteriormente, em 538 a.C. a Babilônia foi conquistada por Ciro, o Grande, que, diferente dos demais conquistadores, dava liberdade religiosa e de costumes, aos povos conquistados. Dessa forma, os hebreus tiveram permissão de retornarem a sua terra. Depois disso é que todos os hebreus começaram a serem chamados de “judeus”, o que anteriormente, era usado somente para os pertencentes aos nascidos em Judá. O titulo de Atersata foi recebido por Neemias dado pelo Rei da Persia, provavelmente Dario III, a quem servia, para ser o Governador da nova Judéia. Após o retorno dos judeus o segundo Templo foi construido, denominado de templo de Zorobabel. 0 comentários sexta-feira, 15 de abril de 2011 nº 99 - Quem foi Leo Taxil? Qual era a ligação de Leo Taxil com a Maçonaria, na Europa? Gabriel Jogang Pagés, francês nascido em 1854, com o pseudônimo de Leo Taxil, foi educado por Jesuítas e mais tarde se juntou a Maçonaria. Posteriormente, ele pediu demissão e retornou para a fé católica. Começou a escrever contra a Maçonaria dizendo que a mesma praticava cultos satânicos, acentuando a discordância entre esta última e o Clero. De 1885 a 1897 ele publicou muitos livros anti-maçônicos e durante esse período perpetrou uma fraude enorme sobre a Igreja Católica Romana, que na época não se apercebeu de suas intenções. Essas suas atividades anti-maçônicas, eram altamente rentáveis para ele, financeiramente. Além de seus livros anti-maçônicos, conseguiu ser recebido em audiência solene pelo Papa Leão XIII. Qualquer sugestão de ser um trote de Leo Taxil, era rebatida e compensada pelos depoimentos de altas autoridades da Igreja. Seu esforço e embuste supremo foi a invenção de uma mulher "Diana Vaughan" acusada de ter nascido em 1874 como a filha do "Satã". Diana Vaughan, não existia, mas, através dele, foi uma escritora prolífica sobre assuntos anti-maçônico e recebeu grande publicidade e elogios entusiasmados dos chefes da Igreja Católica. Esse assunto foi questionado no Congresso anti-maçônico realizada em Trient em 1896, e um comitê foi criado para determinar a veracidade do mesmo de uma vez por todas. Taxil produziu, falsamente, uma "fotografia" da Miss Vaughan na Conferência. Eventualmente, em 1897, numa reunião convocada por ele em Paris, Taxil informou diante de um imenso público, que ele havia conseguido perpetrar o maior embuste dos tempos modernos; que Diana Vaughan nunca havia existido e que, por 12 anos ele tinha enganado a Igreja Católica Romana, da maneira mais flagrante. Quase foi linchado e fugiu com proteção da polícia local. De tempos em tempos, aparecem livros antimaçônicos, inspirados nas idiotices de Leo Taxil, ou de outro autor inspirado por ele. Na Maçonaria norte americana, igrejas fundamentalistas encontram, nesses livros, material para suas campanhas.. Toda a história é completamente fantástica, existe em diversos livros, e vale a pena ser lida em detalhes. 0 comentários sexta-feira, 8 de abril de 2011 nº 98 - A Instalação – Mestre Instalado Nas Lojas Simbólicas de diversos Ritos é comum, principalmente no R.E.A.A, o Primeiro Vigilante ser o substituto imediato do Venerável Mestre, como dirigente administrativo da Loja. Muitas Lojas possuem Regimento Interno, no qual esse item se torna obrigatório. No caso de uma substituição, na ausência do Venerável Mestre em Loja, o Primeiro Vigilante pode tomar as medidas necessárias ao bom andamento da mesma, só não podendo Iniciar, Elevar ou Exaltar novos Obreiros. Ou seja, ele não pode proceder à sagração. Este termo, sagração, de acordo com Mestre Castellani – “é conferir a dignidade do grau, dos novos Aprendizes, Companheiros e Mestres”. Esse ato é privativo do Mestre Instalado! A Instalação é simplesmente a tomada de posse do cargo de Venerável Mestre de uma determinada Loja (ver também Pilula Maçônica nº73). Essa tomada de posse pode, ou não, ser acompanhada de Cerimonial de Instalação. Essa cerimônia é típica do “Emulation Ritual”, da Inglaterra, e foi adotada em outros Ritos como o Escocês, o Adoniramita, o Moderno e outros, no mundo todo. Sobre esse assunto, Mestre Castellani publicou, em 1994, “O Mestre Instalado” na revista a “A TROLHA” nº 94, pag 34, que deixa claro esse assunto, conforme o que segue abaixo: “a Cerimônia de Instalação de Veneráveis Mestres, com uma ritualística específica, é própria do Ritual de Emulação, sendo inexistente, inicialmente, nos demais Ritos, embora acabasse sendo, posteriormente imitada. Em nosso país, primeiro em 1928 – no âmbito das Grandes Lojas brasileiras, oriundas da dissidência de 1927 – e, posteriormente no Grande Oriente do Brasil (GOB). Neste, essa cerimônia surgiu com a impressão de um Ritual de Instalação, em 1967, na gestão do Grão Mestre Álvaro Palmeira. Esse Ritual seria herdado pelos Grandes Orientes Autônomos, surgidos da dissidência de 1973, no Grande Oriente do Brasil.” Hoje, essa cerimônia é adotada no mundo maçônico e, ser “Mestre Instalado”, deve ser o principal sonho de todo e qualquer Mestre. Talvez seja, ao meu ver, mais importante que a obtenção dos Altos Graus, pois este último é uma conquista, dependendo muito do passar do tempo e de vários fatores. Ser Mestre Instalado é uma realização que depende muito de seu esforço, liderança, comprometimento e aceitação dos Obreiros de sua Loja! 0 comentários sexta-feira, 1 de abril de 2011 nº 97 - Elo de Ligação Tempos atrás, o Irmão Ronaldo Teixeira Pinto, da Loja Jacques de Molay, levantou um assunto interessante: qual o elo de ligação entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa? Aparentemente, a resposta é: a necessidade de sobrevivência da Ordem. Mas para sobreviver, é necessário que haja crescimento. Esse crescimento foi gerado pelo “Interesse”. Vou tecer algumas considerações, expostas abaixo, para no final esclarecer o que vem a ser esse “interesse”. A Francomaçonaria possuiu dois ramos principais, bem distintos quando à origem e ao comportamento. O ramo Inglês e o Francês. A Francomaçonaria Brasileira, e as demais da América do Sul, são de origem francesa. Na Austrália, EUA e Nova Zelandia a origem é inglesa. Na Inglaterra, a idéia de uma sociedade obreira declinava pouco a pouco, e reencontrou força e vigor graças ao acrescentamento de elementos novos, encontrados, antes de tudo na burguesia e nas profissões liberais e, posteriormente na nobreza e realeza. Aos primeiros, essa nova organização, oriunda de uma guilda quase moribunda de ofícios, estendia seus fins e sua influência, dando-lhes um novo aval entre os homens de condição social mais elevada. Na França, diferentemente do exposto acima, o povo começava a despertar para idéias novas (muitas emprestadas da Inglaterra) e preparava sua Revolução, enquanto a Inglaterra já fizera a sua e decapitara seus reis. Submetera a Igreja ao Estado, e aspirava repouso. Desse modo, enquanto a Lojas Inglesas reuniam, de maneira geral, pessoas extremamente respeitáveis, ponderadas, cultivando cuidadosamente, com submissão, as leis do reino e as leis da natureza, as Lojas Francesas abrigavam, sob a Lei do Silencio, tudo quanto o reino podia conter de hermetistas, alquimistas, “filósofos” e “iluminados”. Desse modo, a Loja tornou-se a veste que lhes permitiu passar despercebida – e, em seguida, ficar ao abrigo das perseguições do poder real e do poder religioso – uma sociedade frívola que dança inconscientemente seus últimos minuetos, quando a casa, já rachada, começou a desmoronar. (Marius Lebage). Aparentemente, o “elo’ de ligação entre a Maçonaria Operativa e Especulativa, denomina-se ’interesse” no sentido mais amplo da palavra. Na Inglaterra: INTERESSE em contatar, e se misturar com pessoas da alta sociedade e se sentir no mesmo nível, característica da Maçonaria mundial. Na França: INTERESSE em se ter base camuflada para contestar a Igreja e o governo, e ter local para expressar livremente seus pensamentos. 0 comentários quinta-feira, 31 de março de 2011 nº 96 - Michelângelo Buonarotti Caso único entre os artistas, Michelângelo é comumente tido como uma espécie de super homem. Quando a morte o alcançou, com a idade de 89 anos, ainda estava criando obras de arte. Suas pinturas e esculturas de figuras de homens e mulheres são quase sobre humanos em beleza, força e energia. Foi uma criação da Renascença, sendo arquiteto, poeta, pintor e escultor de suprema relevância. Não foi o único; diversos artistas de renome apareceram nesse período, mas sem dúvida foi o maior artista entre todos eles. O “mundo” de Michelângelo foi bem pequeno, restringindo-se as cidades de Florença e de Roma, distantes 233 Km entre si. Percebe-se, pois, que os efeitos enriquecedores de viagens ao redor do mundo não foram o motivo de sua incrível genialidade. Michelângelo Buonarotti nasceu em 06 de março de 1475, na cidade de Caprese, próximo à Florença e era filho de Lodovico di Leonardo di Buonarotti Simoni, que nessa cidade estava trabalhando quando do seu nascimento. Foi criado por uma governanta, cujo marido era mineiro e deve ter lhe passado as técnicas de, com um malho e cinzel, esculpir em pedra. Em 1488, com treze anos de idade, foi aluno de um dos principais pintores da época – Guirlandaio, com técnica especializada em pintar e decorar paredes e tetos, em afresco. Depois de um ano e meio com Guirlandaio, foi notado por Lorenzo de Médici “O Magnífico”, o qual foi imediatamente surpreendido pela habilidade de Michelângelo em esculpir e levou-o ao seu palácio, que era o centro cultural de Florença. Lá, encontrou Bertoldo di Giovanni, sexagenário que havia sido aluno de Donatello, considerado o maior escultor do século XV. Quando Lorenzo “O Magnífico”, morreu em 1492, Michelângelo voltou para a casa de seu pai, iniciando nessa época seus estudos sobre anatomia, através de dissecação de cadáveres. Deste modo, artistas como Leonardo da Vinci e Michelângelo, da Alta Renascença, podiam revelar, em suas obras, a musculatura por baixo das roupas porque haviam estudado os músculos debaixo da pele. Em 1496, em contato com o Cardeal Riário, e devido seu talento, foi convidado a ir a Roma. O primeiro trabalho conhecido de Michelângelo foi o “Baco”, para um vizinho do Cardeal. Essa obra, de grande beleza e naturalidade, mostra de forma adequada a embriaguez do deus do vinho, Baco, que com as pernas semi dobradas, parece que está prestes a cair. Em seguida fez um trabalho mais ambicioso, a “Pietá”, uma representação da tristeza da Virgem Maria, segurando Jesus crucificado, em seus braços. Peça esculpida com riquezas de detalhes e perfeições jamais vistas em outras obras de igual envergadura. Michelângelo voltou para Florença em 1501 e encontra um bloco de mármore de 5,4m de altura, num quintal próximo da Catedral de Florença e seus serviços são encomendados para trabalhar o bloco, e a estátua, conforme combinado, deveria ser de Davi, o herói bíblico, em confronto com o gigante filisteu – Golias. A maravilha produzida mostra a imagem do jovem Davi, carregando no ombro a funda com a qual derrotará o filisteu Golias. Em 1505 foi convocado pelo Papa Júlio II, para pintar a Capela Sistina e, em 1520, prepara a Capela dos Médici. No final da Renascença, as cidades italianas tiveram as maiores realizações culturais e Florença era uma das mais poderosas cidades italianas, próspera no comércio de tecidos e sedas, tornando-se um centro financeiro internacional. Produziu a maioria das grandes figuras do início do Renascimento, começando com Cimabue e Giotto, terminando com Leonardo da Vinci, Michelângelo e Rafael, entre outros. Florença era normalmente uma república, mas durante quase todo o século XV foi controlada por uma única família – os Médici. Suas principais propriedades eram um banco com filiais ou agências por quase toda Europa, e a habilidade política, tradição familiar. O banco trouxe enorme poder e prestígio, a habilidade política os induzia a evitar danos à vaidade florentina, controlando a cidade por detrás dos bastidores. O real fundador da dinastia, Cósimo de Médici, usou o poder por mais de trinta anos. Ele foi grande apreciador das artes, embora suplantado por seu neto Lorenzo “O Magnífico”. Lorenzo foi, quando Michelângelo era adolescente, seu protetor e estimulador na arte de esculpir, levando-o a frequentar a escola por ele patrocinada, no palácio. Apesar de Lorenzo ter morrido em 1492, e Florença pensar estar livre da influência dos Médici, em 1494, após conflitos com a França, trouxeram o poder dos Médici de volta, mais acentuadamente em 1512, como veremos adiante. Depois de 1505, já famoso por algumas de suas obras, Michelângelo foi trabalhar para o Papa Júlio II, em Roma. Esse personagem era, além de Papa, um notável guerreiro, tornando-se um governante poderoso, tanto leiga como espiritualmente. Apesar de ambos estarem sempre em atrito, Michelângelo pintou a Capela Sistina, tornando-se mais conhecido e mais famoso ainda. Em 1513, o Papa Júlio II morre, no auge de seu poder. Como dissemos, os Médici se reinstalaram no poder e o Cardeal Giovanni de Médici, o segundo filho de Lorenzo “O Magnífico”, em 1514, foi inesperadamente levado ao trono papal como Papa Leão X, e os Médici viram-se no poder tanto em Florença, como agora em Roma, os “dois mundos” de Michelângelo. Em 1520, o Papa Leão X, para celebrar a volta da família Médici ao poder, estava ansioso para erguer uma maravilhosa fachada na Igreja Médici de São Lorenzo, Florença. Entretanto, não houve entendimentos entre o Papa Leão X e Michelângelo, e nada foi feito. Ainda assim, ele de maneira nenhuma havia caido em desgraça com os Médici. Depois de certo tempo, envolveu-se em um novo projeto para a igreja de São Lorenzo. Na verdade eram diversos trabalhos e consistiam em projetar a Capela dos Médici. Além disso, deveria esculpir quatro túmulos para os Médici, e criar uma enorme biblioteca para a Igreja. Um dos túmulos seria destinado ao mais importante homem da geração anterior: Lorenzo de Médici “O Magnífico”, primeiro protetor de Michelângelo. O outro túmulo seria do Irmão de Lorenzo, Giuliano de Médici, que havia sido assassinado já a muito tempo, quando Michelângelo tinha três anos. Na velhice de Michelângelo, a Arquitetura tomou lugar da Escultura, permitindo-lhe continuar a moldar rochas sem o duro esforço de esculpir, projetando diversas Praças. E assim, na idade de 89 anos, morre um artista cuja magnitude jamais será suplantada. 0 comentários nº 95 - O Olho Que Tudo Vê O “Olho de Deus”, também conhecido como o “Olho Que Tudo Vê” é um Símbolo mostrando um olho circundado por raios de luz e, normalmente, no centro de um triângulo eqüilátero. Ele é comumente interpretado, na Maçonaria, como “Olho do Grande Arquiteto do Universo” mantendo uma vigilância sobre o comportamento da raça humana e, principalmente, dos Maçons. Sua origem pode ser encontrada na antiga Mitologia Egípcia juntamente com o “Olho de Orus”. Este último, para os Egípcios, era o Símbolo do Poder e Proteção. Na Maçonaria serve para lembrar a todos os maçons que o Grande Arquiteto do Universo sempre observa seus feitos e ações. Muitas vezes aparece dentro de um triangulo, o que é, talvez, uma referencia para a preferência Maçônica para o número “três” na numerologia. Algumas vezes, mas de raro modo, a letra “G”, representando o Grande Arquiteto, substitui o olho. Na literatura maçônica a primeira referencia parece ter sido feita por Thomas Smith Webb no “The Freemasons Monitor” onde cita algo semelhante a “pensamentos, palavras e ações, podem ser escondidos dos olhos do Homem, mas ao Olho que Tudo Vê nada pode ser escondido, pois penetra no fundo do coração do ser Humano, premiando ou punindo conforme seus méritos”. Posteriormente, ficou bem conhecido quando apareceu como parte do simbolismo, no verso do Grande Selo dos Estados Unidos da América, acompanhado das palavras “annuit coeptis” (favorável aos nossos empreendimentos). Ele está posicionado em cima de uma pirâmide truncada A anti-maçonaria, sempre alerta, alega que a origem do Grande Selo tenha sido na Maçonaria, idealizado por projetistas maçons. Hoje sabe-se que isso é uma tremenda bobagem, pois nenhum deles era Maçom. Aparentemente, os comentários se acentuaram quando um professor da Harvard, Elliot Norton, em 1884, disse o verso da nota de “um dólar” lembrava, pela aparência, um emblema da fraternidade maçônica. Na verdade, apesar da Maçonaria ter adotado esse Símbolo, o mesmo não é exclusivo da mesma. Ele aparece com freqüência na arte Cristã, nas Antigas Seitas, e foi muito usado durante o comportamento “deísta” no Renascimento. 0 comentários quinta-feira, 24 de março de 2011 nº 94 - As mini colunas O que será descrito nesta Pílula não é comum a todos os Ritos, mas somente no Rito de York (Ritual Emulation). Nesse Rito, em Loja, são mantidas sobre o Altar do Venerável Mestre e nas mesas (lembrar que Altar só existe um) dos Vigilantes umas miniaturas de colunas (colunetas), com altura variando de 20 a 40cm. No Altar do Venerável Mestre, uma com as características de uma coluna Jônica, lembrando os atributos de Sabedoria. Na mesa do Primeiro Vigilante, uma outra com as características de uma coluna Dórica lembrando os atributos da Força. E, na mesa do Segundo Vigilante, uma outra coluna com as características de uma coluna Coríntia, lembrando os atributos da Beleza. Elas ficam em pé ou abaixadas, nas mesas dos Vigilantes de acordo com o andamento da Sessão. Assim, com a Sessão em desenvolvimento, a coluna do Primeiro Vigilante permanece em pé e do Segundo Vigilante, deitada; quando a Sessão é suspensa, invertem-se as posições. Deve-se esclarecer que no Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o mais praticado aqui no Brasil, essa prática é inexistente! Como muitas vezes os templos são comunizados para a prática de Ritos, tanto de York como do Escocês Antigo e Aceito, ou outros, elas permanecem nas mesas simplesmente como elementos decorativos. 0 comentários domingo, 13 de março de 2011 nº 93 - A Ordem Maçônica O termo “ORDEM”, nas línguas de origem latina, como o francês e o português, define-se como sendo a designação da Franco-maçonaria Universal. O termo inglês equivalente é “CRAFT”, com o significado mais de corporação, de ofício, no sentido das Guildas (A História Resumida da Franco-maçonaria de Louis Lartigue). As expressões “Ordem dos franco-maçons” e “Ordem Maçônica” remontam à própria introdução da Arte Real na França, e sublinham o caráter aristocrático que ela logo assumiu. Teria desagradado aos grandes senhores da Corte de Luiz XV traduzir Craft por “corporação”, expressão honorável, porém plebeia, enquanto que o termo Ordem poderia referir-se tanto a Ordem Real, ou as Ordens Religiosas, etc. Observe-se, a titulo de curiosidade, que foi nessa época que se instituiu nas Lojas Francesas o costume do porte da espada, privilégio nobre, e por esta razão muito utilizado na Loja pelos plebeus (Alec Mellor). Esse mesmo termo (colocar-se na ordem), porém escrito com “o” minúsculo é usado na Maçonaria, com o significado de efetuar o sinal simbólico do grau no qual trabalha a Loja. Existem ligeiras diferenças entre os diversos sinais de Rito para Rito, inclusive, nos sinais de ordem. Ritualmente, o sinal de ordem só deve ser dado em duas condições: em Loja no telhamento 0 comentários sábado, 26 de fevereiro de 2011 nº 92 - William Preston Brethren, Vamos descrever abaixo parte da vida maçônica do grande Maçom William Preston, descrita por outro grande escritor Maçom Alec Mellor, da França. É interessante para nosso conhecimento, pontos de vista de escritores não ingleses, como neste caso. Nascido em Edimburgo em 1742, William Preston foi a Londres em 1760 e foi iniciado em 1763. A sua carreira maçônica foi fecunda e brilhante. Após vários veneralatos, foi colocado na cadeira do rei Salomão pela Loja Antiquity nº 1 (atualmente nº 2), que trabalhava sem carta, já que era “de tempos imemoriais” (situação que persiste até hoje). No dia de São João de 1777, uma delegação dessa Loja, precedida por Preston, foi à Igreja Saint-Dunstan para nela assistir ao ofício, com os Irmãos com os seus aventais, condecorações e luvas, a igreja encontrando-se a pouca distancia e a delegação só tendo uma rua para atravessar. Depois voltou à Loja. O incidente fez com que a Grande Loja condenasse Preston, em virtude da proibição tradicional às Lojas de se mostrarem assim publicamente sem a sua autorização. Preston invocou a titulo de privilégio o fato de que a sua Loja trabalhava “desde tempos imemoriais”, opinião juridicamente insustentável, pois ela colocava a Loja na condição de Obediência autônoma. Preston foi expulso da Maçonaria. Seguiu-se um cisma, a Loja Antiquity nº 1 separando-se da Grande Loja e constituindo-se em um outro corpo, com o nome de Grand Lodge of England South of the River Trent (Grande Loja da Inglaterra do sul do Rio Trent) – ver Pílula Maçônica nº 56. Em 1787, depois dos cismáticos terem dado as satisfações exigidas pela Grande Loja, esta reintegrou-os. O nome de William Preston permanece ligado aos seus “Illustrations of Freemasonry” (Esclarecimentos sobre a Franco-Maçonaria), cuja primeira edição é de 1772. A obra teve dezessete edições, das quais doze durante a vida do autor, que morreu em 1818. Foi enterrado na catedral de São Paulo em Londres. Os “Illustrations of Freemasonry” constituem uma coletânea de conferências eruditas e de alto valor literário para uso nas Lojas. A Grande Loja da Inglaterra deve ainda a William Preston a fundação das famosas “Prestonian lectures”, que, não obstante algumas interrupções, permanecem atuais até hoje, conferências em geral notáveis sobre assuntos de interesse maçônico. A coletânea é publicada pela Loja Quatuor Coronati nº 2076 de Londres. 0 comentários sábado, 19 de fevereiro de 2011 nº 91 - O Formato do Templo A forma do Templo Maçônico (extraído e adaptado em tradução livre da “Enciclopédia” – Albert G. Mackey) é dito ser um paralelogramo – tendo seu maior comprimento na direção Leste-Oeste – sua largura do Norte para o Sul. Um quadrado, um círculo, um triangulo ou qualquer outra forma que não seja um paralelogramo, é maçonicamente incorreto, pois esse formato deve ser a expressão da idéia maçônica que foi intencionadamente convencionada. Na era Salomônica – que foi a época da construção do primeiro Templo de Jerusalém – o “mundo”, e isto deve ser lembrado, era suposto ter a forma oblonga, a qual foi então simbolizada. Se, por exemplo, no mapa-mundi atual nós traçarmos uma figura oblonga, com as linhas que a formam, circunscrevendo e incluindo aquela porção que era conhecida e habitada nos dias de Salomão, veremos que essas linhas englobam, o parte da Ásia (Asia Menor) e , indo para oeste, o início do Mar Mediterrâneo. No Norte, abrange a Europa e no Sul, a parte superior da África. Os Pilares de Hércules, a oeste, um de cada lado no Estreito de Gilbraltar, podem apropriadamente, serem referenciados aos dois Pilares, “B” e “J” que existem nos Templos Maçônicos. Esse paralelogramo formado tem, aproximadamente, um comprimento três vezes maior que a largura, regra que deve ser mantida, sempre que possível, na construção de um Templo Maçônico. Desse modo, repetindo, o Templo Maçônico é simbolicamente a representação do Mundo. Como, numa maneira usual de falar, o Mundo é sinônimo do Universo, o Templo se torna uma representação do Universo, nas suas três dimensões. 0 comentários domingo, 30 de janeiro de 2011 nº 90 - Circulação em Loja Referente à circulação em Loja, no R.E.A.A., praticada pelo Hospitaleiro (Tronco de Beneficência) e pelo Mestre de Cerimônias (Saco de Propostas e Informações) vamos esclarecer alguma coisa, com o texto que segue abaixo, baseado nos diversos artigos do Mestre José Castellani: Primeiramente deve ser dito e elucidado que as “Três Luzes da Loja”, como já dito, são o Venerável Mestre, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante. Eles são também as “Dignidades” da Loja. O Orador e o Secretário são as outras “Dignidades” e os demais membros da Administração são os “Oficiais”. Igualmente deve ser dito que o Cobridor (interno e externo) pela importância da função, pois segundo a antiga tradição, cuida da segurança da Loja, esse cargo normalmente era ocupado pelo Past Máster mais antigo, devido a experiência adquirida. Assim, levando em consideração o escrito acima, a circulação formal começa no Venerável Mestre, seguindo em direção ao Primeiro Vigilante e ao Segundo Vigilante. Volta ao Oriente, com o Orador, o Secretário e posteriormente, com o Cobridor. Em seguida, todos os Mestres com assento no Oriente. Continuando, os Mestres no Ocidente, com assento na Coluna do Sul seguido dos Mestres com assento na Coluna do Norte. Depois os Companheiros e finalmente os Aprendizes. Caso o Grão Mestre, ou seu Adjunto, estarem presentes em Loja, após o Venerável, o segundo contato, na circulação, é com eles. Como foi dito, essa é a circulação formal nesse Rito, e foi baseada na tradição. Devido ao fato de, aparentemente, os três primeiros contatos formarem um triangulo com o ápice para cima e os outros três contatos formarem um triangulo com o ápice para baixo, formando, de modo um tanto quanto forçado, uma Estrela Hexagonal, as “corrente místicas” sugerem ser este o motivo dos seis primeiros movimentos da circulação em Loja. 0 comentários sábado, 15 de janeiro de 2011 nº 89 - A Paciência no desbaste da Pedra Bruta Esta Pílula é um “repeteco” do meu primeiro trabalho quando era Aprendiz, feito muitos anos atrás. É um trabalho curto e simples sobre a Paciência no desbaste da Pedra Bruta. Esta Pílula é dirigida, principalmente aos Aprendizes que estão se iniciando na realização espiritual e na condução ao aperfeiçoamento. Esse início é o despertar da consciência adormecida, da mente, das emoções e aprimoramento dos atos. É o amanhecer da consciência interior, que esteve até agora, adormecida ou inativa. Devemos nos descobrir e caminhar na direção da Luz sem preconceitos, ilusões, vaidades e com a mente clara e imparcial e, sobretudo, paciente pois há em cada ser humano uma ilimitada possibilidade de bem, de força e capacidade de desenvolver e manifestar as mais elevadas qualidades humanas. A Paciência, é o elemento fundamental para nossa jornada na busca da evolução. Esta evolução é uma meta que somente será atingida com perseverança, constância, sinceridade de propósitos e, muita, muita paciência. Devemos, pois, Irmãos Aprendizes, desbastar a Pedra Bruta, que é a atual situação das nossas almas profanas para sermos instruídos nos mistérios da Ordem da Arte Real. Ela deve ser trabalhada com cuidado, com carinho e habilidade com o malho e o cinzel, para que chegue apresentar a forma de um paralelogramo. E este trabalho exige a virtude da paciência que por sua vez, está subordinada à fortaleza da alma, a retidão do caráter e ao controle dos vícios. Esta paciência, consiste também, na capacidade constante de encarar as adversidades, tolerando seus amargores. É a resignação de um lado, e perseverança tranquila, do outro. A paciência é, sem dúvida, uma forma de persistência. É uma qualidade que, de modo geral, não associamos à vontade, mas é parte de uma vontade plenamente desenvolvida em nossa mente e em nossa alma, refletindo seus raios pelo nosso corpo. A paciência, o tempo e a perseverança, com seus valores extremados, nos habilitam a realizar muitas coisas. Essa ideia, Irmãos, é semelhante aquela já dita por alguns filósofos, aos quais a visão hermética lhes possibilitava tais coisas: “O trabalho da Pedra Bruta é um trabalho de paciência, tendo em vista a duração do tempo, do labor e o capricho necessário para levá-la ao formato de um paralelogramo perfeito”. Muitos abandonam este trabalho por cansaço e outros, desejando consegui-lo precipitadamente, nunca tiveram êxito. Na verdade, como está explícito nas linhas acima, é um trabalho árduo e paciente e este é um dos objetivos mais importantes da nossa Ordem Maçônica, e, muito provavelmente, o principal. Os impacientes não conseguem realizar este trabalho. E, finalizando, fica no ar uma frase para pensarmos e refletirmos: “A Paciência não é como uma flor que pode ser colhida. É como uma montanha, que passo a passo, deve ser escalada”. 0 comentários sábado, 25 de dezembro de 2010 nº 88 - O Avental Na Maçonaria o Avental é o símbolo do trabalho. Todos nós sabemos que sem estar vestindo o avental é proibido entrar em Loja Simbólica. Na Maçonaria Operativa o Avental era de couro, sendo usado naquela época, pelos canteiros e talhadores de pedra das corporações de oficio medievais para proteção do corpo contra estilhaços de pedra. Cobria o peito, abdome e parte dos membros inferiores. O Avental Maçônico entrou para a Maçonaria Especulativa como um legado da Maçonaria Operativa. Apesar de que, por ser a Maçonaria uma Instituição Iniciática, os simbolistas, principalmente os franceses, ligaram o Avental às sociedades iniciáticas do passado, nas quais o avental também era tido como um símbolo. Ligado a isso, o Avental tornou-se, ao mesmo tempo, o símbolo do trabalho constante e da pureza de suas intenções. É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria e é a primeira insígnia que o Aprendiz recebe quando é Iniciado. Ele é totalmente branco e essa cor alude à pureza, à candura e a inocência que deve possuir aquele a quem orna. Como sempre afirmamos, a imaginação dos Maçons é extremamente fértil e o que criaram, ou melhor, inventaram sobre as interpretações do Avental, daria (e deu) para escrever diversos livros. Para finalizar, conciliando os pensamentos de diversos escritores autênticos, como Theobaldo Varolli Filho, Nicola Aslan e José Castellani, sobre isso, temos: “são ridículas e desprezíveis as interpretações em torno dos Aventais, feitas por Maçons apegados a fantasias e invencionices. Diversas bobagens se infiltraram lamentavelmente na Maçonaria, mas devem ser de todo repelidas pelos Maçons autênticos. Manifestações sectárias são desrespeitosas à consciência de Irmãos de outras crenças.” 0 comentários domingo, 12 de dezembro de 2010 nº 87 - A Importância do Maçom Aceito Como já visto em artigo anterior (vide Pílula Maçônica nº 66), o termo “Aceito” aparece muitas vezes nos documentos atuais da Maçonaria Simbólica e, obviamente, é de total interesse dos Maçons. Lá é mencionado, também, entre outras coisas, que os membros da “Companhia de Maçons de Londres” e da antiga “Companhia da Cidade” foram “aceitos na Ordem” e considerados e mantidos como Maçons nas Lojas. Após essa “Aceitação”, homens se tornavam Maçons, conforme anotações na seção de procedimentos das citadas companhias. O primeiro deles, parece ter sido John Boswell (Lord Auchinleck), em Edimburgo, Escócia. Robert Murray (1641) e Elias Ashmole, por exemplo, também foram “Aceitos”. O Maçom Aceito do século XVII na Inglaterra, era essencialmente diferente de um membro operativo, e talvez até, mais importante. Nessas companhias de Maçons deveria ter, nessa época, maçons operativos, juntamente com os “aceitos”, que eram homens que nunca haviam tocado numa ferramenta de trabalho em toda sua vida. Eram aristocratas, cavalheiros, que foram admitidos devido seu patrimônio ou pela gentileza dos demais sócios. Mas, o Maçom Aceito era, originalmente, tanto em caráter, como para todos os propósitos práticos, um Maçom como qualquer outro. Mestre Raimundo Rodrigues relata em “Cartilha do Mestre” – Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda: “os rosacrucianos, ao lado de nobres, religiosos, hermetistas, intelectuais, alquimistas, ingressando nas lojas da Escócia e Inglaterra, proporcionaram mudanças tais que fizeram com que a nova Maçonaria adquirisse normas e formas completamente diferentes de tudo aquilo que formava a Maçonaria Operativa, até pelos idos do século XVI.....aliás, a maçonaria adotou normas, princípios filosóficos não só dos rosacrucianos, mas de uma série de organizações, algumas mais antigas, como Steinmetzen, dos alemães, Guildas, Compagnonage, Templários, Essênios, etc. Sabe-se com absoluta certeza que a Ordem Maçônica formou todo seu arcabouço doutrinário por meio da adoção de todos aqueles sadios princípios abraçados por Instituições sérias, de grande conteúdo moral e ético.” Existem documentos e relatos que comprovam que, após a “Reforma Religiosa”, houve uma escassez de obras, provocando a decadência dos Operativos. Com a entrada dos “Aceitos”, em crescente número de príncipes, lordes e homens de cultura, houve uma forte modificação nos hábitos e na maneira de agir dos Operativos. Surgindo, em seguida, a Maçonaria Especulativa. 0 comentários segunda-feira, 29 de novembro de 2010 nº 86 - Os Princípios da Maçonaria Brethren, Entre os muitos Princípios que orientam nossa sublime Ordem vou destacar alguns: A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, educativa, beneficente e progressista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade. É uma Instituição, composta de homens adultos, livres e de bons costumes, que tem por objetivo tornar feliz a humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade, pela liberdade e pelo respeito à autoridade e crença de cada um. A Maçonaria não promete nada aos Iniciados. Somente lhes fornece as ferramentas, e os ensina como desbastar a “Pedra Bruta”. Por incrível que pareça, este é um dos segredos Maçônicos que os profanos, intensamente, procuram desvendar. A Maçonaria prima pela Liberdade. Na Maçonaria, o Maçom livre, deve submeter suas paixões e sua vontade à princípios mais elevados, como os da fraternidade, do amor ao próximo, da caridade, de extrema necessidade hoje em dia, da tolerância religiosa, motivo de tantas discórdias e guerras, como exemplos. Trilhando esse caminho, ele estará se tornando, cada vez mais, de "bons costumes". Vemos, pois, que "bons costumes" não é um mero comportamento, uma moral de conduta, mas sim um universo de práticas, que devem ser seguidas e que conduzem o ser humano a uma vida mais perfeita e aproveitável. A Maçonaria prima pela Tolerância. É o princípio da tolerância que permite que homens de partidos políticos, religiões, crenças, raças e pensamentos diferentes, vivam em harmonia e fraternidade. Porém, como citou o Ir.'. Theobaldo Varoli Filho: "não se entendam por tolerância maçônica os afrouxos licenciosos dos deveres ou a passividade exagerada na prática do perdão. Por tolerância deve entender-se, antes de tudo, que o comportamento do Maçom deve ser de respeito a todas as manifestações de consciência e que, em Loja, o Obreiro da Paz deve conservar-se equidistante de qualquer credo". Proclama que os homens são livres e iguais em direitos. Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico. 0 comentários segunda-feira, 15 de novembro de 2010 nº 85 - Carater Social na Maçonaria Neste artigo, vou transmitir para todos aquilo que o Irmão Mestre Albert Gallatin Mackey afirma na sua “Encyclopédia of Freemasonry – vol 2”: A Francomaçonaria atrai nossa atenção como uma grande Instituição Social. Deixando de lado, dentro da Loja, as artificiais distinções de posição e riqueza que são, contudo, nececessárias no mundo para o progresso normal da sociedade profana, os seus membros reunem-se em suas Lojas tendo em comum um nível de fraternidade e igualdade. Somente as virtudes e os talentos constituem títulos e merecem preeminência, sendo o grande objetivo de todos o esforço para poder trabalhar melhor e colaborar ao máximo com todos. A forte amizade e a afeição fraternal são incultadas ativamente e são assiduamente cultivadas e, tendo estabelecido este grande vínculo místico, distingue de maneira peculiar a sociedade alí formada. E é por isso que Washington declarou que o benevolente propósito da Instituição Maçônica é de alargar a esfera da felicidade social e de promover a felicidade da raça humana. NOTA: Albert Gallatin Mackey, americano, foi um dos maiores historiadores maçônicos. Grande pesquisador da Ritualística e da Simbologia maçônica. Ele nasceu em Charleston, Carolina do Sul, em 12 de março de 1807, falecendo em 1881. 0 comentários domingo, 31 de outubro de 2010 nº 84 - A Grande Loja dos “Antigos” na Inglaterra Já foi esclarecido anteriormente que, além da Primeira Grande Loja de Londres, houve outras e a mais importante, a grande rival, foi a dos “Antigos” fundada por um irlandês, pintor de paredes, de sobrenome Dermott. Sabemos também que em 1813 elas se uniram, dando origem a Grande Loja Unida Inglaterra. Na minha opinião, o nome deveria ser “Tradicionalistas” em vez de “Antigos” pois pretendiam, como veremos abaixo, manter, de maneira extremamente rígida, as antigas tradições maçônicas e apelidaram, de modo pejorativo, os membros da Primeira Grande Loja, de 1717, de avançados, modernos. Os membros das Lojas dos Antigos, até recentemente eram chamados de “separatistas”, mas investigações tem mostrado que nenhum dos fundadores pertenceu a qualquer uma das Lojas aderentes a Primeira Grande Loja. Portanto, esse termo “separatistas” parece não ser aplicado, no caso. Eles eram, na maioria, Irlandeses residentes em Londres. Isso nos permite pensar e concluir que tenha ocorrido um racismo, muito comum na época, por parte dos ingleses formadores da Primeira Grande Loja. As causas da separação foram enraizadas principalmente na negligência e na débil administração da Primeira Grande Loja naquele tempo e, principalmente, em certas mudanças nos costumes e na Ritualística, as quais foram feitas deliberadamente com o propósito de excluir impostores e oportunistas na Ordem, devido publicação do livro “A Maçonaria Dissecada” de Samuel Prichard. Vamos citar abaixo, algumas prováveis mudanças que provavelmente colaboraram na referida separação: A descristianização da Francomaçonaria desde os primórdios, em 1723, quando foi feito o livro das “Constituições” pelo reverendo Anderson. Desleixo referente aos dias de São João Batista e São João Evangelista, como festivais especiais Maçônicos. A mudança dos modos de reconhecimento no Grau de Aprendiz e no Grau de Companheiro. Esta era, aparentemente, a principal causa ofensiva. Abandono de partes esotéricas na Instalação de Mestres. Negligências referente ao Catecismo, ligadas a cada Grau. Felizmente, em 1813, após anos de preparação e acertos, as duas grandes Lojas se uniram e deram ao mundo maçônico a Grande Loja Unida da Inglaterra, Potência Mor das Obediências Maçônicas. 0 comentários domingo, 17 de outubro de 2010 nº 83 - Reunião em Família Brethren, A título de esclarecimento, vamos comentar o que segue abaixo: Existe uma Loja Extraordinaria, conforme Regulamento Geral da Federação (RGF), denominada "Conselho de Família" que é constituida para conciliação de seus membros (Art. 108-113 e Art. 223). Existe um outro tipo de Loja denominada "Loja de Familia", que segundo o Mestre Nicola Aslan em seu "Grande Dicionário Enciclopédico Maçônico" é a denominação às Sessões destinadas exclusivamente aos assuntos administrativos e particulares de uma Oficina. Existe um outro evento maçônico, que é colocar uma Sessão Ordinaria "em família", muito comum no R.E.A.A. A sessão é interrompida para discussão de um assunto, ou para a apresentação de um Trabalho, ou para Instruções dos Graus. Muitas vezes, na apresentação de um Trabalho com projeção de imagens, por exemplo, os Obreiros deixam suas posições iniciais, inclusive os Oficiais, e se sentam de frente para a tela. Nas Instruções, pode-se formar um círculo, de tal modo que, todos os envolvidos na Instrução, estejam face a face. Para realizar isso, o Venerável avisa, e ele tem autoridade para isso, que com o bater de seu malhete e dizendo que a "Loja está em familia", a Ritualistica não será mais seguida. Para interromper, bate com seu malhete e declara "em Loja meus Irmãos". No Rito de York também existe algo parecido, quando a sessão é interrompida por alguns minutos para os Obreiros beberem algo e comerem alguns “salgadinhos”. Posteriormente, entram em sessão novamente e depois realizam o ágape. 0 comentários domingo, 3 de outubro de 2010 nº 82 - Abraço Fraternal Maçônico Segundo o grande Mestre Nicola Aslan, no “Dicionário Enciclopédico da Maçonaria, editora “A Trolha”, o Abraço Fraternal, ou Tríplice Abraço, dos Maçons consiste em passar o braço direito por cima do ombro esquerdo do Irmão e o braço esquerdo por baixo do braço direito do mesmo. Estando os dois nessa posição, batem brandamente com a mão direita as pancadas que constituem a bateria do Aprendiz. Feito isso, invertem a posição dos braços. Por fim, invertem-se novamente, voltando a primeira posição, repetindo-se sempre, a formalidade da bateria. Dá-se o abraço toda vez que um Oficial titular de um cargo retornar ao seu lugar, provisoriamente ocupado por um substituto. Além do mencionado acima, o Abraço Fraternal Maçônico é dado também no Ritual da Iniciação. O abraço dado sinceramente prova, melhor do que tudo, a verdadeira fraternidade maçônica. Seguramente, e já fui questiomado sobre isso, o Abraço Fraternal Maçônico não tem nada a ver com os "cinco pontos da perfeição". Somente dois movimentos são semelhantes. Inclusive, no primeiro caso o abraço é dado ao Recipiendário pelo Venerável Mestre na Iniciação do mesmo. No segundo caso, estamos nos referindo ao Grau de Mestre. Portanto, se tivessem algum relacionamento, o Triplice Abraço só poderia ser dado aos Irmãos que tivessem chegado ao terceiro Grau Simbólico, o que não ocorre. 0 comentários domingo, 19 de setembro de 2010 nº 81 - O que é o “Poema Regius” Como o próprio nome diz, é um poema, muitas vezes chamado de “Manuscrito Regius” ou “Manuscrito Halliwell”. É considerado o mais antigo documento manuscrito dos “Antigos Deveres” (Old Charges) da Francomaçonaria. É datado de aproximadamente 1390 e está escrito em ingles arcaico, sendo, portanto, difícil de ser lido sem ajuda de especialistas. Está preservado no Museu Britânico para qual foi presenteado pelo Rei George II. Sua importância não foi reconhecida até 1840 quando a primeira versão foi imprimida por J.O Halliwell. A razão de ter sido, por longo tempo, não reconhecido como um documento Maçônico, foi porque ele estava indexado com o título de “Um Poema de Deveres Morais”. O Manuscrito Regius foi recentemente reimprimido por Knoop, Jones e Hamer no artigo “Os Dois Mais Antigos Manuscritos”. A tradicional história nessa versão, começa com a estória de Euclides e em adição, instruções Maçônicas que contêm muita orientação, em geral, comportamental e algumas de cunho religioso. O Manuscrito Regius contém, também, a lenda do “Quatuor Coronati” versando sobre os quatro mártires coroados (ver Pílula Maçônica nº 40). (artigo extraido de livros Neo Zelandeses). 0 comentários segunda-feira, 13 de setembro de 2010 nº 80 - O significado de “Loja” na Idade Média Conforme explicação no artigo escrito “Irmãos na Idade Média” do Irmão N.B.Spencer, da Nova Zelandia, 1944, temos que: “os Maçons da Idade Média, usavam a Loja (ver Pilula Maçônica nº 19) como um local de trabalho, reservado aos olhares de curiosos. A pedra não trabalhada, disforme, era trazida das pedreiras e era trabalhada, conformada e colocada no esquadro, dentro dessa área coberta, chamada de “Loja”. Essa Loja era colocada, evidentemente, ao longo das grandes construções e podia ter janelas somente em tres dos seus lados”. Na antiga Maçonaria Especulativa já era comum serem feitas as perguntas: - quantas Luzes Fixas há na Loja? “Três” é a resposta. - Para que são usadas? “Para ser a fonte de luz aos homens e iluminar o seu trabalho” é a outra resposta. Desse modo, o Venerável Mestre e os dois Vigilantes, que fazem o trabalho que exige maior habilidade, devem estar sentados abaixo das janelas no Leste, Sul e Oeste, e os Aprendizes que fazem trabalhos mais simples, não necessitam da mesma quantidade de luz, se sentam ao Norte, onde não há janela. 0 comentários domingo, 5 de setembro de 2010 nº 79 - Escada de Jacó e Escada em Caracol Apesar das duas serem Símbolos Maçônicos, e se tratar de escadas, na verdade, são bem distintos um do outro. A Escada de Jacó é um Símbolo Iniciático, com forte caráter religioso, é usado em outras Ordens, inclusive religiosas. A Maçonaria, apesar de não ser uma religião, a utiliza na Simbologia, para transmitir seus ensinamentos. Ela se se origina na Bíblia, referindo-se ao sonho que Jacó, filho de Isaac e de Rebeca e irmão de Esaú, teve um dia, no campo. Lá diz que, Jacó temendo a cólera de seu pai, pois havia comprado os direitos de primogênito de Esaú, seu irmão, fugiu para a Mesopotâmia. No caminho, em Betel, enquanto dormia com a cabeça apoiada numa pedra, sonhou com uma escada fixa na terra e a outra extremidade tocando o céu. Por ela os anjos subiam e desciam e ele ouvia Deus dizendo que sua descendência seria extremamente numerosa. Obviamente, pode-se dar inúmeras interpretações a esse sonho. Vai depender somente da nossa imaginação. A interpretação que a Maçonaria dá para essa lenda é de que o conhecimento de todas as coisas é adquirido de forma gradual, como se estivéssemos subindo uma escada, degrau por degrau. Aparentemente isso parece ser fácil, mas não é. Exige sacrificios, constancia e persistencia. Aliás, pensar que tudo é fácil, é uma característica do ser humano. Uma vez eu ouvi em Loja que fazer uma piramide, como as dos Egito é muito simples...só precisa colocar as pedras uma em cima das outras. Realmente muito simples! Conforme Nicola Aslan (Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria), esse símbolo está contido no painel do Grau de Aprendiz, com sete degraus, representando as sete virtudes cardeais: Temperança, Fortaleza da alma, Prudência, Justiça, Fé, Esperança e Caridade. Ë comum, pois, depois da Iniciação, dizer-se que o Aprendiz subiu o primeiro degrau da Escada de Jacó, ou seja, deu o primeiro passo no caminho de seu aperfeiçoamento moral. A Escada em Caracol, como o próprio nome diz, é uma escada em espiral, e é o Símbolo do Companheiro. No Grau de Companheiro é onde o Obreiro adquire o máximo de conhecimentos, e isso é típico desse grau, preparando-se para entrar no Grau de Mestre. Simbolicamente, nesse grau, ele deve girar em torno de si , absorvendo tudo a sua volta e atingindo, além disso, níveis superiores, cada vez mais aperfeiçoados. Assim, ao atingir o Grau de Mestre que é o esplendor da sua carreira maçônica, o Obreiro poderá começar a transmitir seus conhecimentos adquiridos, ou iluminar, clarear, a mente dos novos Aprendizes e de todos com os quais convive. Ser Mestre Maçom não é ser o dono da Verdade! Mas é ser dono da própria vontade e buscá-la, sem esmorecer e mostra-la ao mundo. 0 comentários quinta-feira, 26 de agosto de 2010 nº 78 - Sessão Magna As Sessões de uma Loja, de acordo com o Regulamento Geral da Federação (RGF) estão regulamentados pelos artigos 108 a 113. Para melhor elucidação, transcreve-se o art. 108: “Art. 108. As sessões das Lojas serão ordinárias, magnas ou extraordinárias. As magnas se subdividem em : sessões magnas privativas de Maçons e sessões magnas admitida a presença de não-maçons (conferencias, palestras, como exemplo).” Essa última, admitindo a presença de não-maçons, tem uma ritualística própria que está descrita abaixo, juntamente com alguns esclarecimentos: Essa sessão é chamada também de Magna Pública. Muitas Lojas chamam-na de “Sessão Branca” o que é um erro, pois dá a entender que existe uma “Sessão Negra” o que não é verdade. Essa Sessão deverá ser aberta sempre no Grau de Aprendiz, estando presentes os Irmãos do quadro da Loja e Irmãos visitantes de outras Lojas, se for o caso. A rigor deveria ser aberta ritualisticamente com os membros da Loja e, só depois disso liberar a entradas dos Irmãos visitantes. Em seguida, após golpe de malhete, advertir a todos que será feita a entrada dos visitantes não-maçons e que todos os sinais maçônicos estão suspensos. O Mestre de Cerimonias obedecendo os protocolos próprios (espadas, etc), dá entrada do pessoal, orientará e colocará, como é costume em nossas Lojas, as mulheres nos assentos do lado direito de quem entra (Coluna da Beleza – 2º Vigilante) e os homens nos assentos da esquerda (Coluna da Força – 1º Vigilante). Após isso, caso exista altas autoridades Maçônicas, elas deverão entrar e, em seguida entra a Bandeira Nacional, considerada a maior autoridade. Isso tudo obedecendo os protocolos do Rito praticado. Após as solenidades, faz-se o inverso, terminando com o encerramento Ritualístico da Sessão. 2 comentários domingo, 8 de agosto de 2010 nº 77 - Lembrando aos Maçons que... Filosofismo, palavra cuja raiz vem de “filosofia” (estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem) é muitas vezes usada para designar os Altos Graus de alguns Ritos, principalmente o REAA. A aplicação está errada, pois filosofismo tem como significado: mania filosófica ou falsa filosofia. Venerança, termo muitas vezes usado para designar o cargo do Venerável Mestre de uma Loja está errado, pois apesar de supormos ser um neologismo do linguajar maçônico, o correto é Veneralato, tendo similaridade com as palavras terminadas em “el”. Coronel – Coronelato. Venerável – Veneralato. Escocismo, palavra usada para nos referirmos ao REAA. Esse uso está errado, pois o correto é pegarmos a palavra e acrescentarmos o sufixo “ismo” (formador de nomes seitas, doutrinas, vícios, etc). Assim : ingles - inglesismo. Portugues - portuguesismo. Escocês - Escocesismo. Kadosch, palavra designando a Oficina Litúrgica que trabalha nos graus 19 a 30 do REAA, está com a grafia errada, pois o correto é Kadosh (sagrado, em hebraico). Igualmente para Conselho Kadosh (e não Conselho de Kadosh). O Primeiro Conselho do REAA teve sua fundação em Charleston, no estado da Carolina do Sul, EUA, em 31 de maio de 1801, liderada por Frederic Dalcho, usando a divisa “Ordo ab Chao” (Ordem no Caos) tirando a Maçonaria da anarquia em que se encontrava, nos Altos Graus.. Há uma versão histórica de que esse Primeiro Conselho foi organizado por Frederico II, rei da Prússia, em 1786. Não há nada de verídico nisso, pois em 1786, Frederico já estava bastante doente, e velho para a época, vindo a falecer nesse mesmo ano. Além disso, por que motivo esse fato ficaria oculto na Europa até 1802, quando começou a aparecer nos EUA? A verdade é que a Europa nunca aceitou esse importante episódio maçônico ser fruto de um país “selvagem” como os EUA, na época, e criou mais uma “lenda”. Elias Ashmole não redigiu os Rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom em 1646, 1647 e 1649, respectivamente. Isso é balela do ultrapassado escritor maçônico Jean-Marie Ragon (1781-1862). A Grande Loja Unida da Inglaterra não menciona isso. O próprio Ashmole, em seu “Diário” assinala somente duas passagens maçônicas: uma em 1646 e outra em 1682. Portanto, 36 anos depois. O grau de Mestre, cujo Ritual se diz ter sido feito por Ashmole em 1649, só apareceu cerca de oitenta anos depois! Além disso, Ashmole foi Iniciado em 16 de outubro de 1646. Como poderia ter escrito o Ritual de Aprendiz, nesse mesmo ano? (Esta Pilula foi baseada em diversos livros e Trabalhos do Mestre Castellani) 0 comentários terça-feira, 20 de julho de 2010 nº 76 - A Colméia e a Maçonaria A Colméia, e consequentemente a ação das abelhas, teve seu aparecimento anteriormente no Egito, Roma antiga e no mundo Cristão, antes de fazer parte do Simbolismo da Francomaçonaria. No antigo Egito, nos esclarece o Mestre Nicola Aslan, "a Colméia tinha interpretações místicas. Representava as leis da natureza e princípios divinos. Lembrava que o homem devia construir um lugar onde pudesse trabalhar, e isto era representado pelo Templo. Dentro desse Templo todos devemos estar ocupados numa produção cooperativa e mútua". No século XVIII a Francomaçonaria adotou a Colméia como um símbolo do trabalho, ou seja, como símbolo da diligência, assiduidade, esforço, da atividade constante. A Colméia e suas abelhas simbolizam também a Sabedoria, a Obediência e o Rejuvescimento. Desde então, este simbolo maçônico tem aparecido, e antigamente com mais frequencia, nas ilustrações maçônicas. Na "Enciclopédia da Francomaçonaria" de Albert G. Mackey, é dito que os maçons devem "observar as abelhas e aprender como são laboriosas e que notável trabalho elas produzem, prevalecendo os valores da sabedoria, apesar de serem frágéis e pequenas". Em outras literaturas, temos encontrado também que: "a Colmeia é um emblema do trabalho assíduo, ensinando-nos um comportamento racional e inteligente, laborioso e nunca descansarmos enquanto tivermos ao nosso redor Irmãos necessitados, aos quais podemos ajudar, sem prejuizo para outros". E, para finalizar, podemos citar Ralph M. Lewis, na sua interpretação mística desse Simbolo: "o homem deve modelar suas ações e seu corpo fisico de modo que possa conter e preservar as riquezas, doçuras e frutos de seu trabalho e experiências, não para um uso egoísta, mas para ajudar e fortalecer aos outros". P.S.: este pequeno trabalho é uma homenagem ao meu apoiador e incentivador, Irmão Fernando Tulio Colacioppo Sobrinho, idealizador, e "abelha incansável" da REDE COLMÉIA, que muito tem colaborado para a Maçonaria do Brasil. 0 comentários terça-feira, 22 de junho de 2010 nº 75 - Cores na Maçonaria O estudo do significado das cores, na Maçonaria, é de vital importância pois permite facilidades e melhor entendimento no estudo do Simbolismo. Elas figuram e estão presentes em todos os Ritos e em todos os Graus. É muito importante que se estude, também, o simbolismo das cores para que possamos entender o seu significado nos nossos paramentos, painéis e estandartes. Na natureza, o “Arco Iris” formado pelas gotículas de água refletindo a luz solar tem as seguintes cores (de dentro para fora): violeta, anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. No Rito Escoces Antigo e Aceito percebemos que há uma estreita ligação entre suas cores usadas e o que está descrito acima. Assim, nesse Rito, que é composto de 33 Graus, o mesmo é dividido em cinco secções. Nelas é que aparecem as definições das cores na Maçonaria, conforme descrito abaixo: A “Maçonaria Azul” compreende os Graus Simbólicos, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre. A “Maçonaria Verde” que refere-se às Lojas de Perfeição, que compreende os grau do 4 ao 14. A “Maçonaria Vermelha” que refere-se às Lojas Capitulares (Capítulos Rosa-Cruz), que compreende os grau do 15 ao 18. A “Maçonaria Negra” que refere-se às Lojas do Conselho Kadosh, que compreende os grau do 19 ao 30. A “Maçonaria Branca” que que refere-se às Lojas do Consistório e Supremo Conselho, que compreende os graus do 30 ao 33. De acordo com Mestre Nicola Aslan, em seu Dicionário Enciclopédico, temos: AZUL: é simbolicamente, na Maçonaria, a cor do céu no seu infinito, como infinita deve ser a tolerãncia condicionada nas atitudes dos Maçons nos tres primeiros graus – Aprendiz, Companheiro e Mestre. VERDE: essa cor simboliza, precisamente, a transição, a passagem da “pedra cúbica” para a “pedra polida”. Esse polimento é a abertura da mente do Mestre para novos e surpreendentes conhecimentos. VERMELHO: é a cor do elemento fogo. É a cor do sacrificio e do ardor que deve animar o comportamento dos Rosa-Cruzes. PRETA: é a cor do luto e da tristeza que atormentam o Iniciado quando acredita que o seu desejo de excelsitude, o seu sacrifício e o seu ardor têm sido vãos. BRANCA: é a cor que simboliza a paz e a serenidade do Iniciado que alcançou a plenitude da Iniciação, quando desenvolveu em si a espiritualidade pura, livre de toda sentimentalidade. Infelizmente, é comum se ouvir em trabalhos de Mestres, sobre “Maçonaria Azul” e “Maçonaria Vermelha” informando que a vertente da Maçonaria oriunda da França, com tendências revolucionárias, é a “Maçonaria Vermelha” e a vertente mais conservadora, mais comportada, oriunda da Inglaterra, é a “Maçonaria Azul”. Entretanto, essas afirmativas não encontram respaldo dos historiadores maçônicos, sérios. 0 comentários sexta-feira, 11 de junho de 2010 nº 74 - Erro não! Tentativa de acerto. Na Maçonaria, os Aprendizes, por alguns meses ficam calados, quietos na sua Coluna, absorvendo os modos e maneiras de se comportarem em Loja de acordo com o Rito usado, e isso é totalmente normal. Entretanto, com o passar desses meses, esses Aprendizes devem se liberar da inibição inicial e começar a expressar suas opiniões sobre Peças de Arquitetura, que são os Trabalhos apresentados por outros Aprendizes. Além do mais, devem apresentar também suas Peças de Arquitetura, além daquelas exigidas pelo regulamento da Loja. O que ocorre é que, muitas vezes, com medo de errarem e de serem criticados, esses Maçons se retraem e geram uma auto castração da criatividade e da iniciativa, na participação dos trabalhos da Loja. Ficam como passarinhos na muda das penas: quietos e calados! Entretanto, existe uma diferença muito grande em “errar” deliberadamente e “fazer uma tentativa de acerto”. Ninguém gosta de cometer erros ou de fazer trabalhos inadequados. Entretanto, quando fazemos algo de modo bem intencionado, convicto de estarmos certo e, assim mesmo, ficar provado que algo era inverídico, isso não deve ficar caracterizado como um erro, mas como uma tentativa de acerto. Devemos aprender com as nossas tentativas de acerto. Com as dos outros, também! É por isso que estudamos História. Para aprendermos, ou deveríamos aprender, o que não deve ser repetido e como não deve ser repetido. Se encararmos o “erro” como uma “tentativa de acerto” veremos que, mesmo ocorrendo fatos ou trabalhos inadequados, nossa auto estima e confiança aumentam, fazendo com que continuemos trabalhando, tomando decisões, dando opiniões. Temos que ter em mente que é humanamente impossível “acertarmos” todas as vezes. Portanto, essas “tentativas de acerto” devem ser como uma aprendizagem. Em cada “tentativa de acerto” faremos cada vez melhor o que foi proposto. Thomas Edson falava e fazia exatamente o que está descrito acima. É isso que a vida, em geral, nos tem mostrado. As grandes descobertas não foram realizadas de uma única vez, mas, passo a passo, aprendendo com falhas anteriores e, inclusive, falhas dos outros. Por isso, meus Irmãos Aprendizes, façam Trabalhos, participem, colaborem com suas idéias e opiniões pois, não trabalhar, não participar e ficar calado é improdutivo e menos gratificante. Pessoas que não tentam fazer ou falar algo, com medo de errar, não se desenvolvem! Todos os Aprendizes bem intencionados devem parar de pensar que podem estar cometendo “erros” e, sim, pensar que estão fazendo “tentativas de acerto”. 0 comentários quarta-feira, 2 de junho de 2010 nº 73 - Instalação do Venerável Mestre É uma cerimônia Maçônica, repleta de simbolismo e alegorias, tendo por finalidade a transmissão do cargo de Venerável Mestre, que é a autoridade máxima de uma determinada Loja. Ao ocupar o “Trono de Salomão”, alegoricamente falando, o obreiro deverá ficar revestido de poder e sabedoria e, durante um ou dois anos, assumirá o veneralato da referida Loja. Segundo alguns historiadores maçônicos essa cerimônia foi, a princípio, típica do Rito praticado na Inglaterra, na metade do século XVIII, quando ainda haviam lá duas emergentes Obediências: a dos Modernos e a dos Antigos, que posteriormente, em 1813, se uniram e formaram a G.'.L.'.U.'.I.'.. Segundo Mackey, a Instalação é mais antiga, surgindo juntamente com as Constituições de Anderson, em 1723, elaborada por Desaguliers. Inclusive, em 1827, devido a pequenos desvios que começaram a surgir, foi criado, pelo Grão Mestre, na Inglaterra, um “Conselho de Mestres Instalados” com a finalidade de coordenar todas as atividades contidas no Ritual de Instalação. Com o passar dos tempos, todos os demais Ritos, como o R.'.E.'.A.'.A..', por exemplo, copiaram e adotaram essa prática Maçônica. O novo Venerável Mestre é “Instalado” pelo Mestre Instalador, que pode ser um Grão Mestre, ou um ex-Venerável Mestre, e sua comitiva. Em seguida, o novo Venerável Mestre instala todos os Oficiais de sua Loja que realizarão suas funções, sob juramento, até que sejam substituídos por outros, instalados da mesma forma. Na verdade, esse ato de dar posse de um cargo, dando o direito de exercer os privilégios inerentes, é bem antiga e já era praticada pelos antigos romanos, que instalavam seus novos sacerdotes, normalmente pelos Augures (sacerdotes que prediziam o futuro). A origem do nome “instalação”, em português, vem da palavra francesa installer que por sua vez vem do latim medieval Installare (stallum significa cadeira, e in é estar dentro, adentrar). Outras associações iniciáticas, também possuem Instalações. Os padres da Igreja Católica, por exemplo, também são instalados em suas paróquias. 0 comentários quinta-feira, 27 de maio de 2010 nº 72 - Abater Colunas Em todos os Templos das Lojas Simbólicas existem, próximas à porta de entrada, muitas vezes no Átrio, outras vezes pelo lado de dentro do Templo, duas colunas com as letras “B” e “J”. Na minha opinião, devem estar no lado de dentro, pois são consideradas como Símbolos Maçônicos. Entretanto, o termo “abater colunas” não se refere à essas colunas, mas à outras, que ao meu ver, são muito mais importantes, como veremos a seguir. As Colunas “B” e “J”, determinam, principalmente, o local que deve ser ocupado em Loja, respectivamente, pelos Aprendizes e pelos Companheiros. Há diferenças, dependendo do Rito em que a Loja está trabalhando. Assim, para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Coluna “B” está à esquerda de quem adentra o Templo, e a Coluna “J”, à direita. Formam, pois a Coluna dos Aprendizes e a Coluna dos Companheiros. Considerando, simbolicamente, que ao longo do Oriente-Ocidente da Loja está a Linha do Equador, temos, então, a Coluna do Norte e a Coluna do Sul, sempre citadas em nossos rituais. Além dessas existem ainda, no R.'.E.'.A.'.A.'. as Colunas Zodiacais. Finalizando, existem outras “Colunas”, simbólicas, importantíssimas. Desse modo, simbolicamente, a Loja está apoiada em três colunas: a Coluna do Venerável Mestre, ou a “Coluna da Sabedoria”; a Coluna do Primeiro Vigilante ou a “Coluna da Força”; e a Coluna do Segundo Vigilante ou a “Coluna da Beleza”. Portanto, abater colunas, é derrubar as colunas que sustentam, simbolicamente, uma Loja, ou seja, é abater as Colunas da Sabedoria, da Força, e da Beleza! “Abater Colunas”, segundo Mestre Nicola Aslan “é quando uma Loja Maçônica não se reúne mais com regularidade, nem mesmo para renovar os mandatos de sua administração, e por falta de Obreiros suspende os seus Trabalhos”. Dizemos, então, que “abateu colunas” ou “adormeceu”. Os procedimentos exigem, que para uma Loja continuar trabalhando, existam ao menos sete Obreiros, sendo, pelo menos, três Mestres. Somente como esclarecimento, deve fique claro que: “estar entre Colunas” ou “falar entre Colunas” estamos nos referindo à essas últimas colunas citadas, ou seja, as Colunas da Sabedoria, da Força e da Beleza, e não, estar entre as Colunas “B” e “J”, ou entre as Colunas Zodiacais. 0 comentários quarta-feira, 19 de maio de 2010 nº 71 - Fênix e Ouroboros O elemento mitológico “Fênix” e o símbolo esotérico “Ouroboros” O “mito”, em geral, é uma narração que descreve e retrata em linguagem simbólica a origem dos elementos e postulados básicos de uma cultura. É um fenômeno cultural complexo e que pode ser encarado de vários pontos de vista. Como os mitos se referem a um tempo e lugar extraordinários, bem como a deuses e processos sobrenaturais, têm sido considerados com aspectos de religião. A Maçonaria, entre outros, refere-se com freqüência, a um mito e a um símbolo, que descreveremos a seguir: “Fênix” – ave lendária na região da Arábia, era consumida pelo fogo a cada período de tempo, e a mesma Fênix, nova e jovem, surgia de suas próprias cinzas. Deste modo, quando sentia próximo o seu fim, ela juntava em seu ninho, madeira bem seca e palha, que exposto aos raios solares se incendiava e, juntamente com a ave, ardia em chamas. Confiante e a espera da própria ressurreição, pois o fogo que a consumia não lograva matá-la, surgia do resíduo da combustão de seus ossos, uma larva, cujo crescimento ocasionava o aparecimento, novamente, da própria Fênix. Assim, a Fênix é o símbolo da imortalidade de nossa alma e da materialidade de nossos corpos. Fixa a idéia de que o “corpo” se reduz a cinzas, enquanto que a “alma” é eterna. Há quem vê nesse mito, o caráter cíclico dos acontecimentos, mas existe um símbolo esotérico, mais apropriado para essa interpretação, que é o que descrevo a seguir: “Esoterismo”, vocábulo arcaico grego, referia-se aos ensinamentos reservados, normalmente obras de grandes filósofos, sobre a origem do mundo, nossa origem e nosso fim, transformando-se em verdadeiros tratados, dados a pessoas preparadas, ou em preparação, com condições de absorve-los, conhecidos como “adeptos” ou “iniciados”. É o oposto de “Exoterismo”, que referia-se ao conhecimento comum, transmitido ao público, em geral. “Ouroboros” – importantíssimo símbolo esotérico, de origem muito antiga, representada pela serpente que morde a própria cauda, nos dá a entender o caráter cíclico de todas as coisas. Significando que, como afirmava Ir.'. Castellani, “todo começo contém em si o fim e todo fim contém em si o começo”. É o símbolo do tempo e a continuidade da vida. Os “ciclos” se completam, e conforme os ocultistas, os retornos promovem a renovação perpétua. Deste modo, como nos dizia o Ir.'. Varoli Filho “É possível que tudo o que existe já tenha existido”. O “Eclesiastes” já proclamou que não há nada de novo sob o sol. Escavações arqueológicas, descobertas de áreas semelhantes a campos de aviação, mapas antigos como os do almirante turco Piri Reis, revelando verdades surpreendentes, nos faz crer, que um ciclo semelhante ao nosso tempo atual, nos precedeu. O Universo está em expansão. Tudo nos leva a crer (não existe confirmação, só hipótese) que após ela, o Universo irá se contrair. E depois? Provavelmente, novo “Big Bang” e nova expansão! 0 comentários quinta-feira, 29 de abril de 2010 nº 70 - Liberdade, Igualdade e Fraternidade Uma boa parte dos Maçons do Brasil, principalmente aqueles com o peito cheio de ufanismo, com um desvanecimento típico dos que vêm a Maçonaria em todas as coisas e causadora de tudo que ocorre, acha que a Revolução Francesa, em 1789, usou essa divisa maçônica. Inclusive, esse pessoal acha que a Maçonaria promoveu e articulou a Revolução Francesa. Sabe-se hoje que isso não é verídico. Na verdade, a história nua e crua é bem diferente. Na época da Revolução Francesa existiu a trilogia: “Liberdade, Igualdade ou a Morte (Liberte, Égalité ou la Mort)”. Os detalhes de como apareceu, encontram-se em livros de história e não serão citados. Somente em 1848, portanto quase 60 anos depois, no momento político na França, denominado pelos franceses de “2ª Republica” é que a trilogia citada se transforma em “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Aí, nessa época, é que ocorreu o inverso do que boa parte dos Maçons pensa: a Maçonaria Francesa adotou essa divisa e, devido a influencia e a disseminação da mesma em todo o mundo maçônico, a divisa foi junto, chegando ao Brasil e em toda América Latina. Alec Mellor, conceituado historiador francês, no “Dicionário da Franco-Maçonaria e dos Franco Maçons” (Coleção Arcanum, primeira edição brasileira em 1989, pela Livraria Martins Fontes Editora Ltda) deixa bem claro aos leitores que na 1ª Republica Francesa apareceu a divisa “Liberdade, Igualdade ou a Morte” e que não foi ideologia maçônica. Na 2ª Republica se transformou em “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e que a Maçonaria tomou tal divisa emprestada à Republica. Esse hábito que a Maçonaria tem em adotar Símbolos, Emblemas, Divisas, etc, é muito salutar, no sentido de incutir força moral em seus ensinamentos. Desse modo, como exemplo, ela foi buscar e adotou a “Estrela de Cinco Pontas” e promove, através dela, todo esoterismo cabível e adequado. Esse Símbolo é muito antigo e muitos Maçons acham que a Maçonaria, por possuí-lo, é tão antiga quanto ele. Ledo engano: esquecem que esse Símbolo só apareceu na Maçonaria na sua Fase Especulativa, de 1717 para cá. 0 comentários quinta-feira, 22 de abril de 2010 nº 69 - Justa, Perfeita e Regular Por que são usados os termos “Justa, Perfeita e Regular” para descrever uma Loja Simbólica? Muitas vezes nós ouvimos essa expressão e nos passa despercebidos sua significação e a consideração devida. Muitas vezes são pronunciadas em bom tom, para enfatizar algo e repercutir de maneira adequada. Essa expressão é usada para descrever uma Loja Simbólica e garantir que seus membros, Aprendizes, Companheiros e Mestres, são verdadeiramente membros da Pura e Antiga Maçonaria. Uma Loja é JUSTA quando as Três Grandes Luzes Emblemáticas estão presentes. Uma Loja é PERFEITA quando o número de obreiros está dentro do requerido constitucionalmente. Uma Loja é REGULAR quando está trabalhando na presença de Carta Constitutiva, emitida por uma autoridade maçônica legal. Dessa maneira, como afirma Nicola Aslan no “Grande Dicionário Enciclopédico”, Editora Artenova, Rio de Janeiro, 1974, a Loja Justa, Perfeita e Regular é a que goza de pleno uso de todos os seus direitos Maçônicos, completamente independente de qualquer outra Loja e sem outras limitações a não ser aquelas estabelecidas na Constituição e nos Regulamentos Gerais da Obediência da qual é jurisdicionada. 0 comentários Postagens mais antigas Início Assinar: Postagens (Atom) COPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

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