terça-feira, 5 de junho de 2012

castelos antigos de portugal

Castelo dos Mouros (Sintra)Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Este artigo ou secção cita fontes fiáveis e independentes, mas elas não cobrem todo o texto (desde agosto de 2011). Por favor, melhore este artigo providenciando mais fontes fiáveis e independentes, inserindo-as em notas de rodapé ou no corpo do texto, nos locais indicados. Encontre fontes: Google — notícias, livros, acadêmico — Scirus — Bing. Veja como referenciar e citar as fontes. Castelo dos Mouros (Sintra) Castelo de Sintra, Portugal: vista das muralhas. Construção (séc. VIII e séc. IX) Estilo Conservação Bom Homologação (IGESPAR) MN (DL 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910 de 23 de Junho de 1910) Aberto ao público Site IHRU, SIPA 4641 Site IGESPAR 336929 O Castelo de Sintra, popularmente conhecido como Castelo dos Mouros, localiza-se na vila de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim, concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, em Portugal. Erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra de Sintra, na Estremadura, do alto das suas muralhas descortina-se uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende até ao oceano Atlântico. Índice [esconder] 1 História 1.1 Antecedentes 1.2 O castelo medieval 1.3 Do século XIX aos nossos dias 2 Características 2.1 Muralhas 2.2 Torres 2.3 Capela 2.4 Cisterna 2.5 Acesso 3 A lenda de Melides 4 Cronologia[2] 5 Referências 6 Bibliografia 7 Ver também 8 Ligações externas [editar] História[editar] Antecedentes Castelo de Sintra: aspecto de um cubelo. Na bandeira, em árabe, a palavra "Sintra".Sobre esta toponímia, o historiador Pinho Leal referiu: "A origem do nome veio de um templo erguido uns 308 anos antes de Cristo, por Gregos, Galo-celtas e Túrdulos, dedicado à Lua. Os Celtas chamavam a Lua de 'Cynthia' e quando os Árabes dominaram a região, por não pronunciar o 's', chamavam o local de 'Chintra' ou 'Zintira'."[1] A pesquisa arqueológica contemporânea, entretanto, revela que a primitiva ocupação da região de Sintra data dos séculos X a VIII a.C..[2] Quando da Invasão muçulmana da Península Ibérica, a partir do século VIII a região foi ocupada, tendo a sua povoação recebido o nome de "as-Shantara". Os estudiosos são acordes em afirmar que foram eles os responsáveis pela primitiva fortificação da penedia, entre o século VIII e o IX, com a finalidade de controlar estrategicamente as vias terrestres que ligavam Sintra a Mafra, Cascais e Lisboa. Integrante dos domínios da taifa de Badajoz, no alvorecer do século XII, diante da ameaça representada pelas forças de Ali ibn Yusuf ibn Tashfin, que oriundas do Norte de África, haviam passado à península visando a conquista e reunificação dos domínios Almorávidas, o governante de Badajoz, Mutawaquil, entregou Sintra, juntamente com Santarém e Lisboa, na Primavera de 1093, ao rei Afonso VI de Leão e Castela, visando uma aliança defensiva, que não se sustentou. Envolvido com a defesa de seus próprios territórios, o soberano cristão não foi capaz de assistir o governante mouro, cujos territórios vieram a cair, no ano seguinte (1094), diante dos invasores. Desse modo, Lisboa, Santarém e Sintra voltaram ao domínio muçulmano, agora sob os Almorávidas. [editar] O castelo medieval Castelo de Sintra: porta islâmica.O destino de Sintra manteve-se associado ao de Lisboa, que viria a ser reconquistada pelas forças de Afonso VI de Leão, para voltar ao domínio muçulmano em 1095, até se entregar volutária e definitivamente, a D. Afonso Henriques (1112-1185) em 1147. Visando o seu repovoamento e defesa, o soberano outorgou Carta de Foral a Sintra em 1154, quando terá determinado reparos nas suas defesas, dotando-a de um templo, a Igreja de São Pedro de Canaferrim. O seu filho e sucessor, D. Sancho I (1185-1211) também dispensou cuidados ao castelo, remodelando e reforçando-lhe as defesas. Assim também procedeu, séculos mais tarde, D. Fernando I (1367-1383), tendo o castelo sido assediado por tropas de Castela no contexto das chamadas Guerras fernandinas. À época da crise de 1383-1385, era seu Alcaide-mor D. Henrique Manuel de Vilhena, que tomou o partido por D. Beatriz, somente entregando este castelo "forte e muito alto e fragoso" que lhe fora confiado após a vitória de João I de Portugal na batalha de Aljubarrota (LOPES, Fernão. Crónica de D. João I). Posteriormente, diversos soberanos portugueses elegeram Sintra para sua estadia, demorando-se no "Paço Régio", construído para esse fim e sucessivamente ampliado e melhorado ao longo dos séculos (Palácio Nacional de Sintra), tendo a povoação se desenvolvido em torno deste novo núcleo. O castelo manteve-se, por essa razão em segundo plano, entrando em decadência, principalmente após o século XV, face à expulsão dos judeus do país, então os seus únicos habitantes. No século XVI encontrava-se desabitado. A queda de um raio causou-lhe danos à Torre de Menagem (1636), danos grandemente aumentados pelo terramoto de 1755. [editar] Do século XIX aos nossos diasNo século XIX, sob o segundo reinado de D. Maria II (1834-1853), o seu consorte, Fernando II, sob o impulso de redescoberta da Idade Média proporcionado pelo Romantismo, tomou, em 1839, o antigo castelo por aforamento à Câmara Municipal de Sintra pela quantia anual de 210 Réis, promovendo-lhe amplas obras de reconstrução que, embora de caráter amador, tiveram o mérito de sustar o avançado estado de degradação em que a estrutura se encontrava. Ao gosto imaginativo da época foram adicionados locais de contemplação, caminhos de acesso e vegetação abundante, transformando-o em uma atração turística. O Castelo dos Mouros e a cisterna encontram-se classificados como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público português no monumento iniciou-se em 1939, com a reconstrução de troços das muralhas. Após intervenções menores (1954, 1965), em 1986 procederam-se trabalhos de limpeza e reconstrução de alvenarias, degraus e ameias em várias zonas do castelo, repetindo-se os trabalhos de limpeza das muralhas em nova campanha, em 1992. O conjunto de Sintra foi classificado como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1995. Desde Setembro de 2000 o monumento vem sendo gerido pela empresa Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A.. [editar] Características Castelo de Sintra: vista para as torres.O monumento apresenta planta orgânica (adaptada ao terreno) com cerca de 450 metros de perímetro e 12.000 m² de área. [editar] MuralhasAs suas muralhas são constituídas por uma cintura dupla, exterior e interior. A Leste ainda são visíveis troços da muralha exterior, onde se localiza a porta em rodízio de acesso ao recinto. O topo da muralha interna, ameada, é percorrido por adarve, sendo reforçada por diversas torres. As muralhas foram executadas segundo a técnica da soga e tissão que se pode ainda observar no seu lanço melhor conservado. Faixas silhares com aproximadamente 30–40 cm de altura, estão colocadas alternadamente em largura e comprimento. Estas são intervaladas por curtas e estreitas faixas de pedras inseridas em argamassa. Esta técnica altera-se acima dos 4–5 m de altura, onde se passa a registar uma menor qualidade, fruto de uma segunda fase de construção. Num outro trecho das muralhas é visível a área de união entre as diferentes técnicas utilizadas, herança das diferentes fases de intervenção. Além das muralhas ameadas, torres e adarves, o conjunto é completado por diversas rampas e escadarias de acesso. Um outro elemento digno de nota é a porta árabe em arco em ferradura. [editar] TorresA muralha apresenta cinco torres: quatro de planta rectangular e uma de planta circular encimadas por merlões piramidais, já sem vestígio dos dois pisos e do sistema de cobertura primitivos. A torre na cota mais elevada do terreno, conhecida também por Torre Real, é acedida através de uma escadaria de 500 degraus. No período islâmico constituíu-se na alcáçova. No período cristão consta que lá terá vivido Bernardim Ribeiro, escritor português do século XVI. [editar] Capela Castelo de Sintra: ruínas da Igreja de São Pedro de Canaferrim.No interior do castelo, próximo ao Portão de Armas, ergue-se uma igreja devotada a São Pedro, a Igreja de São Pedro de Canaferrim. Remonta ao século XII, erguida após a conquista do castelo por D. Afonso Henriques, tendo se constituído na primeira igreja paroquial de Sintra. Em estilo românico, de pequenas dimensões, apresenta planta longitudinal e nave única, sem cobertura. A capela-mor com abóbada de berço é de planta rectangular e apresenta vestígios de frescos. A igreja tem dois portais, um de arco pleno de dupla volta assente em colunelos de capitéis decorados e outro com arco duplo apoiado em colunas semelhantes às referidas anteriormente com capitéis com motivos fitomórficos. A sua prospecção arqueológica revelou a presença de diversos túmulos, pertencentes a uma antiga necrópole medieval. [editar] Cisterna Castelo de Sintra: respiraduros da cisterna.Contígua à Igreja de São Pedro de Penaferim, destaca-se uma cisterna de grande capacidade, que remonta ao período islâmico. Com as dimensões de 18 metros de comprimento por 6 de largura e 9 de altura, em seu interior abobadado brota a nascente que abastecia o Palácio Nacional de Sintra. O seu reservatório foi reconstruído após o grande terramoto de 1755. É percebida pelo visitante através de duas grandes aberturas cónicas de ventilação. [editar] AcessoAcede-se ao monumento, visível já da vila de Sintra, subindo a Rampa da Pena, um caminho sinuoso que corre pelo interior da serra. Este espaço foi sendo, ao longo dos séculos, não só ocupado por obras de valor artístico e histórico como também pelos mais variados espécimes botânicos, muitos deles de carácter raro e exótico. [editar] A lenda de Melides Castelo de Sintra no nevoeiro.Após a conquista de Santarém, o rei D. Afonso Henriques impôs um cerco a Lisboa, que se estendeu por três meses. Embora o Castelo de Sintra tenha se entregue voluntariamente após a queda de Lisboa, reza a lenda que, nessa ocasião, receoso de um ataque de surpresa às suas forças, por parte dos mouros de Sintra, o soberano incumbiu D. Gil, um cavaleiro templário, que formasse um grupo com vinte homens da mais estrita confiança, para secretamente ali irem observar o movimento inimigo, prevenindo-se ao mesmo tempo de um deslocamento dos mouros de Lisboa, via Cascais, pelo rio Tejo até Sintra. Os cruzados colocaram-se a caminho sigilosamente. Para evitar serem avistados, viajaram de noite, ocultando-se de dia, pelo caminho de Torres Vedras até Santa Cruz, pela costa até Colares, buscando ainda evitar Albernoz, um temido chefe mouro de Colares, que possuia fama de matador de cristãos. Entre Colares e o Penedo, Nossa Senhora apareceu aos receosos cavaleiros e lhes disse: "Não tenhais medo porque ides vinte mas ides mil, mil ides porque ides vinte." Desse modo, cheios de coragem porque a Senhora estava com eles, ao final de cinco dias de percurso confrontaram o inimigo, derrotando-o e conquistando o Castelo dos Mouros. Em homenagem a este feito foi erguida a Capela de Nossa Senhora de Melides ("mil ides"). [editar] Cronologia[2]séculos X a VIII a.C. - primitiva ocupação humana da região de Sintra; século VIII - conquista islâmica; séculos IX e X - primitivo encastelamento islâmico; 1093 - Afonso VI de Leão conquista Sintra e seu castelo aos mouros; 1147 - o castelo, entretanto reconquistado pelos mouros, entrega-se voluntária e definitivamente a D. Afonso Henriques; século XV - o sítio do castelo é habitado por judeus, segregados da comunidade por ordens da Coroa; 1839 - Fernando II de Portugal arrenda o castelo e empreende a sua restauração; 1995 - A UNESCO classifica a região de Sintra como Paisagem Cultural, Património Mundial: foi a primeira paisagem cultural a ser classificada por aquele organismo na Europa Referências↑ PINHO LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa do. Portugal Antigo e Moderno (vol. 2). Lisboa: 1877. pp. 301 e segs. ↑ a b Linha de tempo. Desdobrável "Castelo dos Mouros". Parques de Sintra - Monte da Lua. [editar] BibliografiaGIL, Júlio; CABRITA, Augusto. Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal (4ª ed.). Lisboa; São Paulo: Editorial Verbo, 1996. 309p. fotos, mapas. ISBN 972-22-1135-8 NORTH, C. T.. Guia dos castelos antigos de Portugal (v. I: Norte do rio Tejo). Lisboa: Bertrand Editora, 2002. 244p. fotos, mapas. ISBN 972-25-1264-1 [editar] Ver tambémAnexo:Lista de fortificações de Portugal Palácio Nacional da Pena Palácio Nacional de Sintra Palácio de Monserrate Palácio de Seteais Quinta da Regaleira [editar] Ligações externasO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Castelo dos Mouros (Sintra)UNESCO - Cultural Landscape of Sintra (em inglês) Castelos de Portugal :: Distrito de Lisboa Alenquer :: Belém :: Cascais :: Lisboa :: Lourinhã :: Sintra :: Pirescoxe ::Torres Vedras :: Vila Verde dos Francos Ver também: Fortalezas de Portugal Esta caixa: visualizar • editar Portal de Portugal Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Castelo_dos_Mouros_(Sintra)&oldid=30534273" Categorias: São Pedro de PenaferrimPatrimónio edificado em SintraCastelos classificados como monumento nacional em PortugalMonumentos nacionais no distrito de LisboaLendas de PortugalCategoria oculta: !Artigos que carecem de notas de rodapé desde agosto de 2011 Ferramentas pessoaisEntrar Criar conta Espaços nominaisArtigo Discussão VariantesVistasLer Editar Ver histórico AçõesBusca NavegaçãoPágina principal Conteúdo destacado Eventos atuais Esplanada Página aleatória Portais Informar um erro ColaboraçãoBoas-vindas Ajuda Página de testes Portal comunitário Mudanças recentes Estaleiro Criar página Páginas novas Contato Donativos Imprimir/exportarCriar um livroDescarregar como PDFVersão para impressãoFerramentasPáginas afluentes Alterações relacionadas Carregar ficheiro Páginas especiais Ligação permanente Citar esta página Noutras línguasDeutsch English Español Français Italiano ქართული Nederlands پنجابی Русский 中文 Esta página foi modificada pela última vez à(s) 16h18min de 3 de junho de 2012. 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