segunda-feira, 11 de junho de 2012
CATEDRAIS GÓTICAS
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quarta-feira, 11 de abril de 2012Arquitetura Gótica
Como eu fiz com o post do Circumponto, resolvi complementar o ESTE POST de Arquitetura Gótica, agora com mais informações acadêmicas.
Preparados? Let’s start…
O estilo Gótico surgiu no final da Idade Média, por volta do ano 1.100, na Europa, após o período românico. Os constantes saques que ocorriam nessa época fizeram com que a população fugisse dos campos e se refugiassem nos feudos. Elas se organizaram nessas corporações visando um crescimento cultural e chegaram a adquirir um certo orgulho citadino. Lembrando que, por mais turbulenta fora essa época, a Igreja não perdeu sua autoridade.
Considerada o berço do Gótico, a França viu nascer o estilo através da junção do arco ogival (abóbada) com os arcobotantes(que distribuiam parte da carga da parede). Essa combinação deu a possibilidade de se construir paredes mais finas e com mais vitrais.
As características desse estilo são óbvias: construções gigantescas, vitrais coloridos, gárgulas, contrafortes, estátuas, abóbadas, rendilhados, arcos e capitéis característicos.
Há classificadas 8 tipos de abóbadas, sendo essas: abóbada de cruzaria com seis arestas; abóbada de cruzaria com quatro arestas; abóbada estrelada; abóbada de liernes; abóbada colmeia cilíndrica; abóbada corola/leque; abóbada polinervada e abóbada reticulada.
Os capitéis contam com 6 classificações, sendo: capitel de bulbo (vindo do Gótico Primitivo); capitel com pratos (do Inglês Primitivo); capitel com folhagem (Gótico Tardio); capitel cálice de meia coluna; capitel mísula estátua e mísula com folhagem.
E os arcos recebem até 12 nomes, sendo: arco ogival/abatido/rebaixado; arco normal/equilátero; arco de volta elevada/lanceta; arco trilobado/3 centros/redondo; arco de ponta; arco flamejante e arco flamejante do gótico tardio; arco lombo de asno; arco com dentículos; arco lintal e arco Tudor.
De país para país, o estilo guarda algumas peculiaridades. Na França a fachada dos templos possuem duas torres ornadas com rosáceas; na Alemanha há apenas uma torre central pontiaguda com coruchéu rendilhado; já na Inglaterra, as abóbadas recebem filigranas. A Itália que surgiu mais ou menos nessa época e nem se chamava Itália, repudiava o Gótico. Portanto, essa área da Europa não possui muitas obras desse estilo.
Dentre as catedrais que receberam grande notoriedade pelo estilo, estão a Beauvais na França, com uma altura descomunal e história que marcou o limite da engenharia civil: sua agulha com 150 metros caiu, mas não por isso a Catedral perdeu seu deslumbre. A Chartres na França conta com complexos sistemas de arcobotantes e vitrais que, segundo Abade Suger, “para os humildes que não sabem ler a Palavra, as imagens nas janelas mostram-lhes em que acreditar”. A Catedral de Ulm na Alemanha conta com as agulhas mais altas do estilo gótico: 150 metros (e nenhuma queda). Famosa pelos arcobotantes, temos a Bourges; famosa pelo rendilhado a St.Denis entre muitas outras.
Por mais que o estilo seja naturalmente francês, é na Inglaterra que se encontram as catedrais góticas mais estonteantes. Isso se dá pelo uso da madeira em seu interior (coisa que não era corriqueira, já que a madeira era usada penas em construções de pouca importância). Um exemplo é a Sta.Wendreda(imagem), St.Stephen’s Hall e Ely. Outras construções góticas que utilizavam muita madeira eram as casas mais humildes com a técnica do cruck frame e algumas igrejas na Noruega e Suécia (terras com muitas florestas).
Há quem considere o estilo gótico algo totalmente ligado à religião. Não é de se negar que a maioria das construções do estilo seguiam de fato essa premissa, mas outro fator não deve ser dispensado. O progresso econômico e a vontade de exibir o poder eram fatores mais presentes inclusive em edificações cívicas do gótico secular. O Salão de Tecidos de Ypres, o Palazzo Ducale, assim como as prefeituras de Florença e Siena ilustram bem essa afirmação.
Para finalizar, o estilo audacioso considerado a glória da Europa foi se dissipando no Gótico Tardio, por volta do século XVI. A Itália já detinha o Renascimento e as invenções góticas já não existiam mais. Podemos considerar como as últimas obras do estilo a Capela King’s College e a de Henrique VII (ambas na Inglaterra), que já continham traços renascentistas.
Fontes:
Google Imagens e Sta. Wendreda gallery - official homepage.
Koch, Wilfried "Dicionário dos Estilos Arquitetônicos”, Martins Fontes, São Paulo.
Glancey, Jonathan. “História da Arquitetura”, Loyola, São Paulo, 2001.
Postado por Tainá Silva às 11:56 2 comentários Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no OrkutLinks para esta postagem
Marcadores: acadêmica, catedral, França, gótico, história, medieval, religião, vitrais
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