quinta-feira, 21 de junho de 2012

CRISE NOS SERINGAIS DA AMAZÔNIA

C O N C L U S Ã O Alejo Carpentier argumenta que quando não há experimentação, diversificação, uma novelística não evolui.(1) Essa constatação pode ser tomada como válida para o conjunto de obras ficcionais sobre o ciclo econômico da borracha no Amazonas. Durante um século, a maioria das obras apresentou pouca inovação. Entretanto, mesmo sob uma constância de abordagem, algumas obras realizaram um grau de diversificação, seja pelo teor de aprofundamento que conseguiram desenvolver em relação às demais, seja pela quebra de estereótipos sempre retomados, seja por uma renovação profunda no tratamento conteúdístico do tema e no tratamento estético. Com base nessa diversificação, propusemo-nos a estudar três obras que reúnem características afins: A selva, de Ferreira de Castro, Beiradão, de Álvaro Maia, e O amante das amazonas, de Rogel Samuel. A primeira dessas características é o contato e a experiência do escritor no mundo do seringal, que tomamos não como negação de trabalho inventivo do escritor, mas como possibilidade de verificação das determinações dessa condição de experiência em cada obra. Procedendo a divisão de três fases em que foram produzidas as obras mencionadas, obtivemos um indicador que permitiu a dedução de que as obras do ciclo apresentam uma característica temporal, ligando-se a manifestações estéticas de sua época. Ainda assim, à exceção da terceira fase, ocorreu um contínuo de abordagem: o enfoque maniqueísta, o que evidencia que as obras, mesmo distanciando-se no tempo, mantiveram uma aproximação. Consideramos, portanto, que o tempo influiu menos do que a repetição dos estereótipos para a não diversificação das obras. Não é o tempo em que são publicadas as obras um critério de fundamental importância para a diversificação temática e estética. A obra de Ferreira de Castro, enquanto representante da primeira fase, por se situar num determinado período de publicação, extrapola o critério temporal e as limitações dessa fase por apresentar um conjunto documental bem constituído. O tempo também não significa que uma obra publicada praticamente no século XXI torne-se moderna em relação ao tema que aborda ou demonstre um trabalho de re-elaboração da expressão narrativa. Esclarecendo essa observação, está o romance Látex, de Marco Adolfs, (2000) que, apesar de não se centralizar nos estereótipos comuns a outras obras, não realiza uma criação ficcional contundente. A primeira característica – a experiência - a partir da qual selecionamos as três obras tem um fator decisivo para suas criações. Ferreira de Castro produziu A selva, compelido pela emergência de registrar a sua experiência no mundo do seringal. Essa experiência difícil e inusitada para o escritor em sua adolescência só se amenizou como um fantasma de sua lembrança quando pôde extravasá-la sob a forma de criação ficcional, mas o autor destacou, em prefácio ao romance, que a vivência no seringal, motivadora da obra, não significou reprodução de sua vida particular. Álvaro Maia foi igualmente impulsionado pela experiência de vida que compreende o nascimento e a vivência durante a infância no seringal na criação de Beiradão. Os dados de sua vida e da representação ficcional de sua obra estão tão próximos que se pode seqüênciá-los. A saga de Fábio, personagem central de Beiradaão, é a mesma do pai de Álvaro Maia, com suas características peculiares como o rompimento do sacerdócio, a vinda para o Amazonas banido pela seca, o casamento com a filha de um seringalista também oriunda de educação religiosa. O filho desse casal vem a ser a representação do próprio autor. Pode-se dizer que o autor inseriu na obra os seus dados familiares, dando-lhes nomes fictícios. Além da experiência do mundo do seringal, Álvaro Maia introduziu na ficção a sua experiência na política. Essas, portanto, são as bases em que se assentam a criação ficcional de Álvaro Maia. Rogel Samuel teve também a experiência como ponto de partida para a sua criação. Não se verifica, nesse caso, uma experiência direta, mas o legado da memória familiar, do avô, rico comerciante da borracha; do pai, Albert Samuel, que reuniu relatos do ciclo econômico em Jaguareté, o guerreiro, e do tio, M. Samuel, proprietário do barco Adamastor, referido na ficção e reproduzido através de foto na capa e contracapa do romance, num acréscimo fotográfico que compõe uma ambientação extra-textual para o romance. O trabalho de invenção a partir da memória é destacado no comentário de apresentação do romance, cerceando a análise apenas biográfica da obra: os dados ficcionais que coincidem com os dados biográficos são, ainda, “mera coincidência”. Na realidade, as três obras estão significativamente ligadas à memória como ponto de partida da criação ficcional. A memória do escritor, como ser real, sempre se imprime nas obras, o que varia é sua menor ou maior intensidade. Agregando essa memória à invenção ficcional, consciente ou inconscientemente, os escritores deixam em suas obras fragmentos do que é infinitamente intenso. (2) É preciso ressaltar que um fator distintivo na obra de Ferreira de Castro é a proximidade da experiência no seringal ao trabalho de criação da obra. O autor viveu no seringal Paraíso de 1912 a 1913 e escreveu A selva em 1929, dezesseis anos depois, portanto, de sua estada no seringal. Como ele próprio informa, as sensações que lhe imprimiram essa experiência estavam vívidas em sua lembrança e os momentos de dificuldades que passou em Portugal, antes de escrever a obra, tornaram-na mais presente: Foi esse momento tão extraordinariamente grave para meu espírito, que desde então não corre uma única semana sem eu sonhar que regresso à selva, como, após a evasão frustrada, se volta, de cabeça baixa e braços caídos, a um presídio. E quando o terrível pesadelo me faz acordar, cheio de aflição, tenho de acender a luz e de olhar o quarto até me convencer de que sonho apenas [...] (3) O seringal, para Álvaro Maia, está marcado pela experiência de seus pais e essa talvez seja a principal causa de reproduzir os dados biográficos deles em Beiradão. Maia deixa o seringal ainda jovem para fazer os estudos em Manaus e depois no Rio de Janeiro e, quando retorna, praticamente já ingressa na carreira política que o manterá afastado do seringal, enquanto ambiente. Essa situação justifica o enredo de Beiradão se construir quase todo em torno de Fábio, representação ficcional do pai do autor, e só focalizar no fim do romance o filho da personagem Fábio, que corresponde ficcionalmente a Álvaro Maia. Entretanto, não se deve perder de vista que as concepções da personagem Fábio estão imbuídas da visão política de Álvaro Maia. Outro fato a ser considerado é que embora Álvaro Maia não tenha permanecido a maior parte da vida no ambiente do seringal, uma vez que os cargos políticos exigiam sua presença na cidade, o tema do seringal é constante em tudo o que escreveu. Por outro lado, sua proposta de alternativa econômica ao extrativismo da borracha e a construção ficcional da mudança do perfil do seringalista têm menos apoio na vivência do seringal do que na plataforma política estado-novista. Os três autores escreveram após o declínio do ciclo, mas tanto Ferreira de Castro quanto Álvaro Maia têm próxima a significação do processo econômico. Maia escreveu Beiradão em 1958, quando a Campanha da borracha promoveu um fugaz interesse pela extração do produto. O contexto histórico de cada autor deu o matiz de suas obras. Com Ferreira de Castro, esse contexto histórico-literário é o Neo-realimo português e a defesa dos postulados de justiça social claramente declarados pelo engajamento dos neo-realistas. O desfecho da obra aponta para esse desejo de justiça , de eliminação da opressão. Entretanto, os ideais socialistas subjacentes na obra de Ferreira de Castro apresentam uma contradição na sua visão sobre o meio amazônico, acentuada no determinismo com que avalia as injustiças sociais deflagradas no mundo do seringal, em que tanto o explorador quanto o explorado acham-se condicionados pelos implacáveis ditames do meio amazônico , que os animaliza e justifica todas as perversões do ciclo econômico. O perfil alternativo do seringalista descrito na personagem Fábio, em Beiradão, tem origem no posicionamento político de Álvaro Maia e, ao mesmo tempo, é um a discussão presente na época de publicação de seu romance, uma vez que nessa época setores da sociedade amazonense faziam uma reavaliação do ciclo econômico da borracha , apontando as suas falhas e aventando uma possibilidade de soerguimento da economia local. Destacamos que Álvaro Maia adere em sua obra à percepção de setores conservadores da historiografia amazonense, endossando posições ideológicas como a do historiador Arthur Cezar Ferreira Reis que vê o processo de desbravamento da região amazônica e a espoliação promovida pela estrutura econômica do ciclo como naturais ou como conseqüência do barbarismo do meio ambiente. A opção por contar um tempo da memória é condizente com a época em que Rogel Samuel escreve seu romance. Em 1992, o “ciclo da borracha” faz parte de uma memória em ruína. No romance, a voz do narrador destaca essa condição da memória perdida: “[...]a minha descrição corresponde ao que era o Palácio há muitos anos na minha mocidade e na proliferação da minha memória perdida, ah, sim, porque estou velho mas não estou louco, e as ruínas no meio da floresta lá estão como cultura e substância ainda para confirmar a existência e elaboração[...]” (4) O amante das amazonas rompe com o determinismo enfocado pela estética naturalista , verificado em A selva e Beiradão, desvelando as reais condições sobre as quais se assenta o processo de exploração econômica da borracha: a emergência do capital internacional de conquistar novos mercados para torná-los subsidiários dos grandes mercados, que é a verdadeira determinante das relações econômicas do ciclo. A obra de Rogel Samuel acumula toda uma herança de percepções e interpretações ficcionais sobre o ciclo e por isso se confronta com as obras de Ferreira de Castro e Álvaro Maia. Em termos de conteúdo e de estruturação, os romances A selva, Beiradão e O amante das amazonas representam uma diversificação gradual do tema do ciclo na ficção amazonense. A selva atinge essa diversificação por se constituir numa narrativa bem realizada sobre o processo econômico, reunindo e organizando os seus principais fatores. E, até o ponto em que não incorre na contradição aqui apontada, evidencia a dialética desse processo. Beiradão, discutindo o papel do seringalista, faz um corte na caracterização maniqueísta que se tornou habitual nas obras que o antecederam e que ainda é acentuada em algumas obras posteriores. O romance não contribui criticamente para o entendimento profundo do ciclo econômico em virtude de promover uma diversificação que está subordinada a um posicionamento político do autor e não a uma proposta de reavaliação do discurso literário em torno do ciclo. Conquanto não realize plenamente essa reavaliação, contribui com alguma matéria nova em torno do tema através do acréscimo de sub-temas da vida interiorana amazonense. Ainda que as três obras se encontrem distanciadas no universo de produção ficcional do ciclo, há um diálogo entre os autores. Esse diálogo tem uma certa pessoalidade entre Ferreira de Castro e Álvaro Maia, que se comunicam para uma troca de amabilidades. Álvaro Maia faz referência ao romance de Ferreira de Castro em seu livro de narrativas, Gente dos seringais, enviando-lhe um exemplar. Ferreira de Castro lhe responde com uma carta escrita em Lisboa, datada de 20 de dezembro de 1956, agradecendo a referência a sua obra e a sua pessoa e também fazendo elogios ao livro de Álvaro Maia, considerando-o como de grande beleza formal e, principalmente, evocador do mundo do seringal, que Ferreira de Castro consegue reviver através da obra. (5) Rogel Samuel, por sua vez, empreende um diálogo ficcional com Álvaro Maia, pois representa o autor na personagem Abraão Gadelha, de O amante das amazonas, fazendo uma avaliação crítica e irônica das relações políticas amazonenses. O diálogo que empreende é, por isso, de caráter parodístico. Através desse estudo, procedemos a uma comparação orientada não apenas para a busca de semelhanças entre as obras. Consideramos, com Flávio Kothe, que o estudo comparativo carrega identidades e diferenciações: A comparação é uma busca de igualdades, para acabar num encontro de desigualdades, de não-igualdades. Como busca de igualdades, enquanto identidades abstratas, ele precisa superar-se para chegar a semelhanças e diferenças concretas. Ela parte de uma abstração : de que se pode aproximar o semelhante e o que se distancia por suas diferenças, ou que até se repele por suas semelhanças. Por outro lado, ela é propiciada por aspectos idênticos, que tendem a acabar se revelando como diferenças e até diferenciações intencionais. (6) Rogel Samuel chama a atenção de que a abrangência de sentidos promove o enriquecimento do texto ficcional: “O valor do texto está em que não se lhe pode dar um sentido pleno, conclusivo, mas sim deixar falar diversas vozes numa pluralidade de discursos”(7) A obra O amante das amazonas solicita um estudo vertical pela gama de sentidos que agrega (filosófico, psicanalítico, lingüístico e histórico). Esse estudo deverá pôr em evidência correlações que as demais obras deixam de proceder e possibilitar além de um entendimento profundo do ciclo econômico da borracha uma melhor compreensão também do processo de colonização da Amazônia. Este estudo, porém, não se comporta nos limites deste trabalho. Poderá ser realizado por intermédio de uma análise exclusiva da obra. --------------- NOTAS 1)Alejo Carpentier, Literatura e consciência política na América Latina, p. 9-34. 2) “A memória é um cabedal infinito do qual só registramos um fragmento [...]” (Ecléa BOSI, Memória e sociedade: lembrança de velhos, p. 39. 3) José Maria FERREIRA DE CASTRO, Pórtico. In: José Maria FERREIRA DE CASTRO, A selva, p. 25. 4)Rogel SAMUEL, O amante das amazonas, p. 10. 5) A carta de Ferreira de Castro é reproduzida por Álvaro Maia na primeira edição do romance Beiradão, de 1958. 6) Flávio KOTHE, Fundamentos da teoria literária, p. 388. 7)Rogel Samuel, Crítica da escrita, p. 28. B I B L I O G R A F I A BAKHTIN, Mikhail. A tipologia do discurso na prosa. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. In: COSTA LIMA, Luiz (org.). Teoria da literatura em suas fontes. 3. ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 2002, v. I, p. 489-509. BATISTA, Djalma. Letras da Amazônia. In: BATISTA, Djalma. Amazônia: cultura e sociedade. 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A B S T R A C T Thisresearchanalysesfictionalliterary works ofwhichthethematic is the rubber economicalcycle, takingintoconsiderationthatmostofthese works present a constancy in theboardingof some aspects, mainlythe roles oftheexplorer (the rubber gatherer’sundertaker) andtheexplored (the rubber gatherer) dichotomized in a maniqueistrelation. In theabordageofthetheme, it proposes to characterizetheprocessofcreationoftheseliterary works in threestages. Thefirstoneembraces works written in a epigonictendency, basedon Euclides da Cunha’sand Alberto Rangel’s styles. Thesecondone is configuredbytheabandonmentofthisepigonismandbythedevelopmentofindependent styles, thoughmaintainingtheconstancyofthemaniqueistview. Thethirdoneovercomesthemaniqueistperception. In eachofthesestages, it points out a work thatpromoted a diversification in boardingthe rubber cycleliterarily, detachingitselffromtheother works. In thefirststage, it points out the work A selva, of Ferreira de Castro; in thesecondone, the work Beiradão, of Álvaro Maia, and in thethirdone, O amante das amazonas, ofRogel Samuel. Atthesame time these works present a link of connection amongthemselvesand diverge fromeachother. In thefirst case, theypromote a diversificationofabordage in the rubber cyclefictionaluniverse; in thesecond case, eachpresents a peculiar worldlyandaestheticdevelopment. Thus, these works makepossible for thereader to have a widerviewofthe rubber economicalcycleandoftheliterarycreationaboutthiseconomicalprocess. VOLTAR COPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

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