quinta-feira, 21 de junho de 2012
HISTÓRIA DE BELTERRA
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Com a expansão do comércio da borracha, por volta de 1840, iniciou-se uma nova fase de ocupação da Amazônia. Por causa da grande procura pelas seringueiras quase toda a região foi explorada. A origem do município de Belterra está intimamente ligada a essa época. O milionário Henry Ford queria transformar mais dos seus sonhos em realidade. O objetivo do dono da Companhia Ford, líder na indústria automobilística nos Estados Unidos, era implantar um cultivo racional de seringueiras na Amazônia, transformando-a na maior produtora de borracha natural do mundo.
Nascia, então, a Fordlândia, localizada entre os municípios de Itaituba e Aveiro, que tinha cerca de um milhão de hectares de terras que o governo brasileiro teria cedido à Ford. A vila teria toda a infraestrutura de uma cidade moderna made in EUA. Mas, o sonho não aconteceu, pois a Fordlândia não era uma área propícia para ser base de implantação do projeto. Por isso, técnicos da Holanda e EUA iniciaram intensas investigações para encontrar uma área que fosse ideal para o projeto da Companhia Ford.
A descoberta era perfeita: uma planície elevada às margens do Rio Tapajós, coberta por densa floresta. A essa área Ford chamou de 'Bela Terra', que depois passou a ser chamada de 'Belterra'. A partir daí, o projeto começava a se tornar realidade, e Belterra ficou conhecida como "a cidade americana no coração da Amazônia". O projeto teve início e uma estrutura nunca antes montada em toda a região foi dando vida à futura cidade modelo. Hospitais, escolas, casas no estilo americano, mercearias, portos próximos à praia foram construídos para abrigar as famílias de todos os empregados que estavam trabalhando no projeto. Grande parte dos trabalhadores braçais vinha do sertão nordestino, fugindo da seca, e encontravam no projeto de Henry Ford a salvação.
Em cinco anos, o projeto ganhou dimensões incomuns para a região naquela época: campos de atletismo, lojas, prédios de recreação, clube de sinuca, cinema. De 1938 a 1940, Belterra viveu o seu período áureo e foi considerado o maior produtor individual de seringa do mundo. No entanto, o final da 2ª Guerra Mundial, a morte do filho de Henry Ford, a grande incidência de doenças nos seringais e, principalmente, a descoberta da borracha sintética na Malásia foram fulminantes para a decadência do projeto em Belterra. A partir daí, a área foi negociada para o Brasil e a Companhia Ford abandonou o sonho.
Durante 39 anos, Belterra foi esquecida e a "cidade americana" foi transformada, entre outras denominações, em Estabelecimento Rural do Tapajós (ERT), ficando sob jurisdição do Ministério da Agricultura. Somente em 1997, os moradores de Belterra conseguiram a emancipação do município.
Gentílico: belterrense
Formação administrativa
Distrito criado com a denominação de Belterra ex-povoado, pela lei estadual nº 62, de 3112-1947, desmembrado de do distrito de Alter do Chão, subordinado ao município de Santarém.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Belterra permanece no município de Santarém.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Belterra permanece no município de Santarém.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VI-1995.
Elevado à categoria de município com a denominação de Belterra, pela lei estadual nº 5928, de 29-12-1995, desmembrado de Santarém. Sede no antigo distrito de Belterra. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1997.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Fonte: IBGE
A seguir algumas fotos do acervo do Centro de Memória de Belterra:
VEJA ABAIXO TEXTOS DIVERSOS SOBRE A HISTÓRIA DE BELTERRA
BELTERRA UM POUCO DA SUA HISTÓRIA*
PARTE I – A ÉPOCA FORD
O NOME
Bela-Terra era um nome composto, mas os americanos (fundadores) ao pronunciá-lo suprimiam a letra “A” de Bela, formando o nome Belterra, com o qual o povo se habituou e o perpetuou.
A ORIGEM
Em 1927, a Ford Motor Corpany, ao tempo a maior empresa do mundo, líder na indústria automobilística dos E.U.A., conseguiu através de seus agentes junto ao governo brasileiro a concessão de uma área de terra de hum milhão de hectares, para plantio de seringueiras e outras explorações. A área ficava dividida entre os municípios de Aveiro e Itaituba, distante 110 milhas ao sul da cidade de Santarém, no Estado do Pará.
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RELATÓRIO ELABORADO PELO ENGENHEIRO DA CIA FORD*
Plantações de Borracha - Relatório Traduzido do original em inglês.
Autoria de Mr. A Jobnston – 1º Diretor – chefe da “Companhia Ford Industrial do Brasil” em Belterra.
Traduzido por Antonio Frapuan Sena Nogueira.
As plantações de Borracha Ford estão localizadas na margem direita do rio Tapajós, o qual deságua no Amazonas, ao sul de Santarém. Este município fica a 4 horas, por ar de Belém, capital do Estado do Pará – Brasil, rio Amazonas acima.
Belém esta localizada ao sul do rio Amazonas, na Baia do Guajará aproximadamente que 100 milhas da boca do Amazonas.
Santarém localiza-se 150 milhas ao sul da Linha do Equador, 485 milhas aéreas e 592 milhas náuticas de Belém. É considerada a metade da viagem entre Belém e Manaus, capital do Estado Brasileiro do Amazonas. Manaus fica a 473 milhas acima do Amazonas, partindo de Santarém por água e 488 milhas via aérea.
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IMPRESSÕES DE UMA VISITA À COMPANHIA FORD INDUSTRIAL DO BRASIL*
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA - Ano I outubro 1939 Nº4
Em Setembro do ano passado, quando partimos do Rio para realizar uma segunda viagem de estudos à Amazônia, se ainda não tínhamos um plano bem delineado de varias regiões que iríamos percorrer, já levávamos, contudo, o firme propósito de conhecer de visu a famosa Fordlândia, ou melhor, o trabalho realizado pelos americanos do norte nas suas plantações de borracha á margem do Tapajós.
Vários motivos aguçavam-nos a curiosidade a esse empreendimento. Em primeiro lugar, fora justamente em 1938, quando da nossa primeira viagem ao extremo norte, que se assinara o titulo definitivo da concessão feita pelo Estado do Pará à Companhia Ford Industrial do Brasil e, então, o assunto era agitado pelos jornais e provocava celeuma e discussões. Alem disso, a despeito dos 10 anos decorridos entre uma data e outra, omissas e bastantes controvertidas, pelo menos no sul do país, eram as noticias e informações sobre os resultados colhidos nessa grande experiência de plantio sistemático da hevea, tal como o fizeram os ingleses no Oriente, e que mais tarde foi a ruína de uma das nossas principais fontes de riqueza.
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