quarta-feira, 20 de junho de 2012

MIGRAÇÃO NORDESTINA PARA A AMAZÔNIA

Migração nordestinaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Cena do interior do Nordeste do Brasil. Aqui, moradores do município de Caraúbas do Piauí são transportados uma camionete ao estilo "pau-de-arara".Migração nordestina ou Êxodo Nordestino é um processo migratório secular de populações oriundas da região nordeste do Brasil para outra partes do país, em especial o centro-sul. Esse movimento demográfico teve e tem grande relevância na história da migração no Brasil, desde a época do Império. A estagnação econômica, as constantes secas e a prosperidade econômica de outras regiões do Brasil foram fatores determinantes no início do processo migratório nordestino.[1] Com o início do "Primeiro Ciclo da Borracha" em 1879, os nordestinos migraram para a região da Amazônia, fato que se repete com o "Segundo Ciclo da Borracha" durante a Segunda Guerra Mundial. Com o auge da industrialização do Brasil, entre as décadas de 1950 e 1980, a migração nordestina para a região Sudeste, em especial para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi intensa, tornando as capitais destes estados (São Paulo e Rio de Janeiro) grandes polos de atração para essas populações. Com a melhoria estrutural de outras regiões do Brasil, somada aos problemas que surgiram nas grandes cidades por causa da superpopulação, a migração nordestina diminuiu consideravelmente. Apesar de Rio de Janeiro e São Paulo continuarem sendo importantes pólos de atração, a migração "polinucleada" tornou-se mais evidente. Entre as décadas de 1980 e 1990 o fluxo migratório para o Sudeste diminuiu e surgiram também migrações para a região do Distrito Federal e mais uma vez para a região amazônica. Índice [esconder] 1 Causas 2 Fluxos migracionais 2.1 Amazônia 2.2 Centro-sul 2.2.1 São Paulo 2.3 Tendências atuais 3 Migrantes notáveis 4 Ver também 5 Bibliografia 6 Referências 7 Ligações externas [editar] Causas No sertão nordestino ainda existem vítimas das estiagens, que são constantes. Os estados com maior concentração de pobreza extrema são Maranhão, Alagoas e Piauí.[2]Ver também: Polígono das secas A migração nordestina para o Sudeste do país, em especial para a São Paulo, foi um fenômeno demográfico bastante relevante até principalmente a partir da década de 1930 (durante a Era Vargas), quando o número de migrantes nacionais superou o de imigrantes vindos de outros países, tornando essa migração muito intensa.[1] O forte processo de desenvolvimento econômico-industrial pelo qual passavam os locais de destino dos migrantes nordestinos nesse período (1930-1980), ou seja, o sudeste, em especial São Paulo, graças ao acúmulo de capital do setor cafeeiro desde o século XIX e à políticas protecionistas e de substituição de importações que relativamente favoreceram a região. Em oposição, a região nordeste, ainda mantinha características antigas: agricultura atrasada e pouco diversificada, economia estagnada, grandes latifundiários, concentração de renda e uma indústria pouco diversificada e de baixa produtividade; além do fenômeno natural de secas constantes (ver: Polígono das secas). As distintas características dessas duas regiões, além de acentuar as desigualdades regionais, formaram um cenário propício à migração nordestina, em especial às áreas urbanas.[1] Outro fator que contribuiu para o aumento do fluxo migratório nordestino nesse período foi a construção de Brasília, no centro-oeste, que atraiu grandes grupos populacionais para trabalhar nas obras da então nova capital federal do Brasil.[3] [editar] Fluxos migracionais[editar] AmazôniaNo ano de 1877 o nordeste brasileiro sofria com as consequências da seca. Muitos nordestinos, pricipalmente do Ceará, foram estimulados a migrarem para a Amazônia, para assim trabalharem na extração do látex.[4] Este destino de migração foi ainda popular durante a seca de 1915, confome escreveu Raquel de Queiroz no romance O Quinze. A migração para a Terra da Fartura, foi sempre estimulada com o aval dos governos estaduais nordestinos, porém com os Acordos de Washington assinados por Getúlio Vargas em 1943, esta passou a ser estimulada e organizada pelo Governo Federal. O órgão responsável por este movimento migratório foi Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia ou mais conhecido como SEMTA. Calcula-se que mais de 60.000 pessoas migraram para a região amazônica para trabalharem como Soldados da Borracha.[carece de fontes?] [editar] Centro-sulDevido principalmente ao problema da exploração social e do trabalho na economia rural nordestina, relacionada e eventualmente justificada pela seca, somados com a grande oferta de empregos de outras regiões principalmente nas décadas de 60, 70 e 80, em especial na região Sudeste, verificou-se um pronunciado fluxo migratório de parte da população nordestina para outras regiões do país. A migração de nordestinos para o estado de São Paulo teve início antes da metade do século XIX basicamente fundamentada na industrialização paulista e na diferença do desenvolvimento dos estados. A migração nordestina para o estado do Rio de Janeiro se concentrou da região metropolitana fluminense, e se deu continuamente a partir da década de 1950.[carece de fontes?] Na década de 1990, entretanto, devido às crises econômicas e à saturação dos mercados de várias grandes cidades, surgiu um problema generalizado de aumento do desemprego, de queda da qualidade da educação e redução gradativa da renda (aliada a sua histórica distribuição desigual). Isto fez com que parte da população de origem nordestina e de seus descendentes, os quais antes haviam migrado pela falta de recursos, mantivessem uma baixa qualidade de vida. Por causa da visão espelhada nas décadas anteriores, o falso ideal imaginário que se formou em relação à região Sudeste é da promessa de uma qualidade de vida melhor, de fácil oportunidade de emprego, salários mais altos, entre outros; iludido por esse sonho, quando um nordestino migra para o Sudeste em busca de uma melhoria na qualidade de vida, acaba encontrando o contrário, além de sofrer preconceito social no dia-a-dia.[carece de fontes?] [editar] São PauloA migração nordestina para o estado de São Paulo pode ser dividida em dois fluxos intensos que compreendem as décadas de 1930 a 1950 e a década de 1980 até os dias atuais. O primeiro fluxo está relacionado com a vinda de nordestinos para trabalhar em fazendas que produziam principalmente algodão e café, e em menor quantidade o plantio de cana-de-açúcar. O trabalho estava relacionado à produção destas culturas agrícolas, e também com a abertura de matas ligadas com o surgimento de novas fazendas e preparação da terra para o plantio ou para a pecuária.[5] O segundo fluxo de migração está relacionado à intensificação do plantio de cana-de-açúcar após a década de 1980 estimulada com a política do Pró-álcool,[6] principalmente para a região de Ribeirão Preto e Franca[7] Esta migração é considerada uma migração temporária, pois depende do ciclo da safra da cana. Os trabalhadores vêm no início da safra, residem nas cidades perto das usinas de açúcar e álcool, mas retornam à sua cidade de origem assim que a safra termina [8]. De acordo com PAIVA (2004), a migração interna no Brasil possuiu dois fluxos que foram de 1935 a 1939 e de 1939 a 1950. A criação do ITM – Inspetoria de Trabalhadores Migrantes – e os acontecimentos do Estado Novo marcam a divisão deste período. A principal mudança foi o agenciamento de trabalhadores por parte do Estado e a diminuição de agências de migração de trabalhadores (privadas). De acordo com relatórios da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, entre 1935 a 1939 tinha preferência para as agências de migração famílias compostas por três pessoas aptas a trabalhar com idade entre 12 e 55 anos. Porém existiam outras cláusulas que possibilitavam a migração de outros parentes e agregados, não importando o sexo, idade e estado civil, ou poderia migrar o trabalhador avulso. O migrante apto ao trabalho na lavoura na condição de parente, agregado ou avulso recebia uma quantia de subsídio menor– Rs 25$000 (vinte e cinco mil réis), enquanto as famílias recebiam Rs 60.000 (sessenta mil réis). Conforme dados da Secretaria da Agricultura de São Paulo, no ano de 1937 passaram 72.144 nordestinos pela Hospedaria dos Imigrantes.[9] Destes, 1.379 foram chamados por agências de migração e 10.639 foram matriculados na Hospedaria como migrantes espontâneos.[10] A industrialização da década de 1930 com as políticas do Estado Novo e posteriormente as políticas desenvolvimentistas concentraram o desenvolvimento industrial em um único polo, o estado de São Paulo. O subsídio do governo para migrantes e a concentração econômica industrial foram importantes para o aumento do número de trabalhadores espontâneos que através de redes sociais, seja membros da família ou conhecidos, vieram para o estado de São Paulo. Contudo, durante 1935 a 1939 a Secretaria da Agricultura distribuía os migrantes para o interior do estado, mas depois de 1939 muitos migrantes eram destinados à capital e posteriormente houve uma migração mais intensa de moradores do interior do estado para a capital, São Paulo. Na revista especial lançada em 2008 sobre o centenário de Penápolis está registrado que 50,95% dos trabalhadores que a cidade recebeu entre 1936 e 1940 vieram do estado da Bahia.[11] De acordo com a mesma revista e as informações do censo do IBGE de 1970, entre os dados mais relevantes do número de pessoas não naturais está 11.255 do próprio estado de São Paulo, 821 vindos da Bahia, 604 de Minas Gerais, 426 vindos do exterior. Nesta revista é apresentado os dados do censo demográfico de 1925,dos imigrantes 5,9% eram italianos, 2,9% espanhóis, 1,1% portugueses e 2,9% de outros países. [editar] Tendências atuaisNos últimos anos, o movimento tradicional de emigração tem reduzido ou até se invertido na região Nordeste. Segundo o estudo "Nova geoeconomia do emprego no Brasil", da Universidade de Campinas (Unicamp), os estados do Ceará, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte receberam mais migrantes entre 1999 e 2004 do que enviaram para outras regiões. O estado da Paraíba, segundo a mesma pesquisa, foi o exemplo mais radical da transformação por que tem passado os padrões migratórios na região: inverteu o padrão migratório do saldo negativo de 61 mil pessoas para o saldo positivo de 45 mil. Em todos os outros estados que continuam a contar com um saldo migratório negativo, o número de migrantes diminuiu no mesmo período analisado: no Maranhão, diminuiu de 173 mil para 77 mil; em Pernambuco, de 115 mil para 24 mil; e na Bahia, de 267 mil para 84 mil.[12] Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009, divulgados pelo IBGE, Pernambuco foi o estado nordestino com maior taxa de retorno de migrantes, seguido por Rio Grande do Norte e Paraíba.[13][14] Alguns especialistas indicam que fluxo migratório teve substancial redução com os investimentos do governo federal na região, que de fornecedora de mão-de-obra passou a empregá-la.[15] Décadas de 60 a 80. Décadas de 80 a 90 Década de 1990 [editar] Migrantes notáveisAlguns migrantes nordestinos alcançaram relativo sucesso no país. Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, e Luíza Erundina, eleita a primeira mulher prefeita de São Paulo, são dois exemplos de migrantes nordestinos que se destacaram no cenário político nacional.[16][17] Outros migrantes nordestinos de grande destaque foram Assis Chateaubriand, que fundou na capital paulista o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e a a TV Tupi;[18] José Ermírio de Moraes, que criou em São Paulo o Grupo Votorantim;[19] Casimiro Montenegro Filho, que fundou no estado de São Paulo o ITA e CTA, instituições que foram o embrião da Embraer, como também pioneiro do CAN;[20] Mário Schenberg, largamente considerado o físico teórico mais importante do Brasil, que foi eleito duas vezes deputado estadual por São Paulo;[21] entre outros. Luiz Inácio Lula da Silva migrou com a sua família de Caetés, em Pernambuco, aos sete anos de idade.[16] Luiza Erundina, nascida em Uiraúna, na Paraíba, e eleita a primeira mulher prefeita de São Paulo em 1988.[17] Gilberto Gil, nascido em Salvador, Bahia, mudou-se para São Paulo em 1965.[22] Casimiro Montenegro Filho, nascido em Fortaleza, Ceará, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 19 anos. [editar] Ver tambémDemografia do Brasil Região Nordeste do Brasil Migração no Brasil Ciclo da Borracha [editar] BibliografiaTrabalho apresentado no VI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Comunicação em sessão especializada: Migração e Diáspora. Setembro de 2000. Da pesquisadora Helenilda Cavalcanti da Fundação Joaquim Nabuco / Instituto de Pesquisas Sociais / Área Temática: Cultura e Identidade.[23] FERRARI, Monia - A migração nordestina para São Paulo no segundo governo Vargas (1951-1954) – Seca e desigualdades regionais.[24] OLIVEIRA, Luiz Antonio Pinto de; OLIVEIRA, Antonio Tadeu Ribeiro de (Orgs.). Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. RJ: IBGE (Estudos & Análises. Informação demográfica e socioeconômica 1). 2011. Referências↑ a b c Monia Ferrari/UFSCar. [www.ufscar.br/~ppgcso/resumos%20disserta/monia%20ferrari.doc A MIGRAÇÃO NORDESTINA PARA SÃO PAULO NO SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954) – SECA E DESIGUALDADES REGIONAIS]. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ [1] ↑ Wagner de Cerqueira e Francisco/Brasil Escola. A migração nordestina. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ Louis Forline. As Várias Faces da Amazônia: Migrações, Deslocamentos e Mobilidade Social na Região Norte. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ PAIVA, Odair da Cruz. Caminhos Cruzados. Migração e construção do Brasil Moderno (1930-1950). Bauru: SP: EDUSC, 2004. ↑ Decreto nº 80.762, de 18 de novembro de 1977. Disponível em: [2] Acesso em: 27/01/2011. ↑ PITTA, Fábio Teixeira. Modernização Retardatária e Agricultura Paulista: O PROÁLCOOL na Reprodução Crítica do Capital Fictício. Disponível em [3] Acesso em: 13/02/2011. ↑ CAMARGO, José Marangoni. A expansão da agroindústria sucroalcooleira em São Paulo e seus efeitos sobre o emprego e o meio ambiente. In: SIMONETTI, Mirian C. L. (Org.). A (in) sustentabilidade do desenvolvimento: meio ambiente, agronegócio e movimentos sociais. São Paulo: Cultura acadêmica; Marília,(Oficina Universitária), 2011, p. 187-200. Disponível em http://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/a%20(in)sustentabilidade.indd.pdf ↑ Hospedaria dos Imigrantes ↑ PAIVA, 2004, p. 114 ↑ centenário de Penápolis-SP ↑ Álvaro Kassab. A nova geoeconomia do emprego. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ iG. Gaúchos são os migrantes que mais voltam ao Estado. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ Maurício Moraes/BBC Brasil. Economia e baixa natalidade diminuem migração interna no Brasil. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ Egídio Serpa (15 de setembro de 2009). Nordeste cresce, aumenta emprego e reduz migração (em português). Página visitada em 24 de dezembro de 2010. ↑ a b Uol Educação. Luiz Inácio Lula da Silva. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ a b AlgoSobre. Luiza Erundina. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ Uol Educação. Assis Chateaubriand. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ HistoriaNet. Nacionalismo e Imperialismo. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ AEITA. Casimiro Montenegro Filho. Página visitada em 04 de abril de 2011. ↑ Ir Ktaná. Mário Schenberg. Página visitada em 4 de setembro de 2011. ↑ Biografia in Literatura Comentada - Gilberto Gil, Abril Educação, São Paulo, 1982. ↑ Documento disponível em ↑ Resumo do documento disponível em [editar] Ligações externasCópia digitalizada do Acordo de Washington Filme: Borracha para a Vitória Com frustração ou sucesso, nordestinos fazem caminho inverso e deixam o sul do país (em português) Em seis anos, mais de 400 mil nordestinos voltaram para cidade de origem (em português) Site do Centenário de Penápolis-SP Museu da Imigração [Expandir]v • eMigração no Brasil [Expandir] Migração externa Imigrações América Estados Unidos Ásia Coreia • China • Japão • Oriente Médio Europa Alemanha (ES, MG, RO, PR, RJ, RS, SC, SP) • Espanha • Finlândia • Itália (MG, RS) • Lituânia • Países Baixos (MG, SP, PR) • Polônia • Portugal • Suíça • República Checa • Ucrânia Emigrações Brasiguaios • Dekasseguis [Expandir] Migração interna Nordestina • Sulista Portal do Brasil Obtida de "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Migração_nordestina&oldid=30749677" Categorias: Região Nordeste do BrasilHistória do Brasil por temasDemografia do BrasilCategoria oculta: !Artigos que carecem de notas de rodapé Ferramentas pessoaisEntrar Criar conta Espaços nominaisArtigo Discussão VariantesVistasLer Editar Ver histórico AçõesBusca NavegaçãoPágina principal Conteúdo destacado Eventos atuais Esplanada Página aleatória Portais Informar um erro ColaboraçãoBoas-vindas Ajuda Página de testes Portal comunitário Mudanças recentes Estaleiro Criar página Páginas novas Contato Donativos Imprimir/exportarCriar um livroDescarregar como PDFVersão para impressãoFerramentasPáginas afluentes Alterações relacionadas Carregar ficheiro Páginas especiais Ligação permanente Citar esta página Esta página foi modificada pela última vez à(s) 08h30min de 19 de junho de 2012. 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