domingo, 17 de junho de 2012

mundo humano

busca contato siga-noscadastro indique este site Novidades Agenda Calendário Quem Somos Organizações Participantes Parceiros Acervo Relatórios Publicações Artigos Participe Carta Convite Entre na Rede Galeria Deixe sua lembrança Deixe eu falar Navegação de Posts ← Anterior Próximo → Cultura: o mundo humanoNOVEMBRO 28, 2011 Fragmentos do livro: A Escola e o Conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos (…) Qual é, porém, a “ferramenta” para enfrentarmos a realidade? A tentação inicial seria dizer: a racionalidade. No entanto, evidentemente, não basta pensar para que as coisas aconteçam; é preciso agir. Nossa relação de interferência no mundo se dá por intermédio da ação; entretanto, não é uma ação qualquer o que nos distingue, pois todos os animais têm ação. Nossa ação, porque altera o mundo, é uma ação transformadora, modificadora, que vai além do que existia; todavia, alguns outros animais também têm ação transformadora. O que vai nos diferenciar, de fato, é que só o animal humano é capaz de ação transformadora consciente, ou seja, é capaz de agir intencionalmente (e não apenas instintivamente ou por reflexo condicionado) em busca de uma mudança no ambiente que o favoreça. Essa ação transformadora consciente é exclusiva do ser humano e a chamamos trabalho ou práxis; é consequência de um agir intencional que tem por finalidade a alteração da realidade de modo a moldá-la às nossas carências e inventar o ambiente humano. O trabalho é, assim, o instrumento de intervenção do humano sobre o mundo e de sua própria apropriação (ação de tornar próprio) por nós. Se o trabalho é o instrumento, qual é o nome do efeito de sua realização? Nós o denominamos cultura (conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho). Veja-se que, por ser a cultura um produto derivado de uma capacidade inerente a qualquer humano e por todos nós realizada, é um absurdo supor que alguém não tenha cultura; tal concepção, uma discriminação ideológica, interpreta a noção de cultura apenas no seu aspecto intelectual mais refinado e não leva em conta a multiplicidade da produção humana coletivamente elaborada. Nós humanos somos, igualmente, um produto cultural; não há humano fora da Cultura, pois ela é nosso ambiente e nela somos socialmente formados (com valores, crenças, regras, objetos, conhecimentos etc) e historicamente determinados (com as condições e concepções da época da qual vivemos). Em suma, o Homem não nasce humano, e sim, torna-se humano na vida social e histórica no interior da Cultura. (…) Da relação Humano/Mundo por meio do trabalho, resultam os produtos culturais; esses produtos, por nós criados a partir de nossa intervenção na realidade e dela em nós, são de duas ordens: as ideias e as coisas. Movidos pela necessidade como ponto de partida, a Cultura está recheada das coisas que fazemos em função das ideias que tivemos e das ideias que tivemos em função das coisas que fazemos (…). Em outras palavras, os produtos materiais (as coisas) estão impregnados de idealidade e os produtos ideais (as ideias) estão entranhados de materialidade. Os produtos culturais têm, como característica básica, serem úteis para nós; por isso, também podem ser conceituados como bens. (…) Desse ponto de vista, o bem de produção imprescindível para a nossa existência é o Conhecimento, dado que ele, por se constituir em entendimento, averiguação e interpretação sobre a realidade, é o que nos guia como ferramenta central para nela intervir; ao seu lado se coloca a Educação (em suas múltiplas formas), que é o veículo que o transporta para ser produzido e reproduzido. IN: CORTELLA, Mario Sergio. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. 13 ed. São Paulo: Cortez, 2009 Comentários encerrados. Secretaria Executiva da Rede Nacional Primeira Infância Avante - Educação e Mobilização Social Rua Baependi, n 177, Ondina Salvador/BA (71) 3237-6878 As ilustrações foram feitas pelas crianças: Aruã e Lia de Abreu Santos e Pedro Maia Marcilio. copyright mario sergio

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