quarta-feira, 13 de junho de 2012

PASTEUR REVOLUCIONOU OS ESTUDOS MÉDICOSS

Brasil – Governo Federal - – Ministério da Educação Acesso a Informação Instituto de Microbiologia Paulo Góes - UFRJ Correio Google+ Twitter Facebook Youtube HOME O IMPG Docentes e Pesquisa Graduação Pós-Graduação Extensão Inovação Informativos IMPG Biblioteca Fale Conosco Você está aqui: Home Informativos IMPG Tome Nota Contribuição de Louis Pasteur revolucionou os estudos médicos 0 inShareContribuição de Louis Pasteur revolucionou os estudos médicos Louis Pasteur nasceu no dia 27 de dezembro de 1822 na França e contribuiu de modo extraordinário para o desenvolvimento da ciência e do pensamento cientifico. Não foi um aluno brilhante até descobrir sua verdadeira vocação que era a Ciência e iniciar a sua carreira aos 19 anos. Em 1842 se graduou e em 1847 completou seus estudos de doutorado na escola de Física e Química em Paris. Aos 26 anos de idade, seu trabalho na área da Química com os cristais de tártaro lhe renderam o premio da "Légion d'Honneur" francesa. É curioso pensar como Pasteur, no seu tempo, com um conhecimento teórico sobre a Microbiologia bem menor do que o dos cientistas de hoje, conseguiu elaborar experimentos criativos que superaram o limitado conhecimento da época. Fez importantes descobertas que revolucionaram os conceitos da medicina e lançaram as bases da moderna Microbiologia industrial. A introdução do conceito de que as doenças são causadas por micróbios, os estudos sobre fermentação microbiana, o processo de pasteurização e as vacinas foram frutos da mente brilhante de um cientista que estava muito a frente do seu tempo. Sua preocupação em solucionar os problemas práticos da sociedade, aliadas a uma mente curiosa e criativa, era, respectivamente, a sua motivação e sucesso nas metodologias elaboradas para testar suas hipóteses Durante a sua vida Pasteur sofreu muitas perseguições de colegas, devido as suas “teorias”. Teorias essas que, embora tenham gerado muitas controvérsias, estavam absolutamente corretas. A queda da teoria de geração espontânea Até o início do século XIX, existia a “teoria da geração espontânea“, também denominada abiogênese. Nesse conceito, acreditava-se que os micro-organismos poderiam surgir, espontaneamente, a partir de um material inanimado. Essa hipótese surgiu baseada nas observações que a carne mantida a temperatura ambiente entrava em processo de putrefação. A presença de larvas de insetos no lixo em decomposição também reforçava esse conceito da vida, de modo geral, surgindo de “forma espontânea”. Nesse período, métodos da conservação de alimentos foram desenvolvidos como o de apertização de Nicholas Appert. Nesse método, os alimentos eram colocados em frascos vedados e aquecidos em água fervente. Embora o método tenha sido um sucesso para preservar esses alimentos e interromper a “geração espontânea“, a teoria continuava em vigor. O próprio Nicholas Appert não conseguiu explicar porque os alimentos fervidos não estragavam. Outro pesquisador chamado Lazarro Spallanzani realizou experimentos usando tempos de aquecimento diferentes em frascos totalmente selados, sem oxigênio. Seu objetivo era tentar atribuir a presença de micro-organismos com a causa da putrefação e a eliminação dos mesmos pelo calor e pela a ausência de oxigênio como motivo da preservação. Foi, entretanto, contestado pelos conservadores que alegavam que o aquecimento e a remoção do oxigênio estariam, na verdade, eliminando a “força vital” que gerava a vida. A teoria da geração espontânea foi totalmente derrubada por Louis Pasteur que em uma série de experimentos demonstrou que o algodão usado para vedar os frascos continha esporos de fungos. Se estes esporos entrassem em contato com os alimentos nos tubos fechados iniciariam o processo de decomposição do alimento. Completando suas observações, o cientista sugeriu que os micróbios presentes no ar eram os responsáveis por todo o processo. Para provar sua hipótese, ele usou frascos com um desenho especial, chamados de frascos com pescoços de cisne. Após o aquecimento, essa forma especial do frasco impedia o acesso do o ar ao caldo de carne que estava no seu interior. Após quebrar o gargalo do frasco, o ar entrava e os alimentos, previamente aquecidos, se deterioravam. Com esse experimento, Nicholas provou, definitivamente, que micro-organismos e esporos podiam ser carregados junto com o ar e contaminar os alimentos, sendo responsáveis pela sua decomposição. Pasteur iniciou a pesquisa sobre a fermentação trabalhando com os produtores de vinho na França, ajudando no processo de fermentação e desenvolvendo a pasteurização para eliminar as bactérias, que azedavam o vinho ao contaminá-los, sendo esses estudos patenteados nos Estados Unidos. Foi o primeiro cientista a demonstrar que a produção do vinho envolvia a ação de micro-organismos, especificamente leveduras, um tipo de fungo. Esse processo, denominado fermentação, transformava os carboidratos (açúcares) do suco da uva em álcool. A descoberta foi realizada com um experimento muito simples: ao ferver um vinho em fermentação cessava-se, assim, a produção do álcool. O processo era monitorado pelo microscópio no qual era possível ver as leveduras mortas após o aquecimento. Essa descoberta não foi bem recebida pela comunidade científica, que acreditava que o álcool era produzido por reações químicas, e não por reações biológicas, que ocorriam no suco da uva. Os produtores enfrentavam um problema com as exportações de vinho que azedavam nas garrafas, se transformado em vinagre. Pasteur coletou várias amostras e, as observando no microscópio, constatou que quando o vinho azedava, muitas bactérias eram encontradas. Foi para resolver esse problema que a pasteurização foi inventada. A proposta de Pasteur foi aquecer as garrafas com o vinho à temperatura de 55⁰ Celsius. Desse modo, as propriedades do vinho eram preservadas e as bactérias eram eliminadas. A pasteurização ainda hoje é o método de escolha para o controle dos micro-organismos na conservação de alimentos, como o leite, e de algumas bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja. Com o tempo, o método foi aperfeiçoado, mas o princípio permanece o mesmo. Os avanços provenientes de Pauster As descobertas científicas ocorrem de modo progressivo com os resultados e conclusões sendo realizados por vários cientistas em todo o mundo. Observa-se, entretanto, que os grande cientistas têm a capacidade de promover grandes saltos, periodicamente, transformado os dados então disponíveis em respostas, soluções e novas descobertas. Pasteur, sem dúvida, se baseou nos experimentos de Nicholas Appert e Lazarro Spallanzani para chegar às sua brilhantes descobertas, assim como usou o microscópio descoberto por Robert Hooke e Anton van Leeuwenhoek como ferramenta . Mas, sua curiosidade natural, criatividade na elaboração dos experimentos, forte conexão das idéias, método cientifico e motivação em auxiliar a sociedade, promovendo o desenvolvimento, certamente o levaram ao completo êxito em sua carreira Graças as sua descoberta foi possível: - Comprovar que não existia a geração espontânea e firmar o conceito da Biogênese; - A descoberta de que muitas doenças eram causadas por micróbios. Nesse quesito, fez muitos avanços, incluindo a introdução do conceito de vírus, melhoria das práticas hospitalares de modo a minimizar infecções; - Realizar estudos imunológicos e microbiológicos que levaram aos conceitos da imunidade e das vacinas, como a raiva. Esses estudos contribuíram também para a cura e o controle de doenças de animais, como a cólera de frangos; - Estabelecer os princípios da fermentação e, pela primeira vez, provar que uma levedura era a responsável por esse processo; - Criar um dos principais métodos de controle de micro-organismos, que é a pasteurização, e estabelecer os princípios que levariam também ao desenvolvimento dos métodos de esterilização (eliminação total de qualquer forma microbiana). * Alane Beatriz Vermelho é pesquisadora do Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Fonte: http://redeglobo.globo.com/globociencia Boletim Paulo de Góes Bioinovar: Novos Produ…Andréa Pestana e Rocélia Santos O pontapé inicial para grandes t... INOVAR, um desafio pos…Andréa Pestana e Ricardo Pereira O escritório da Agência de Inov... Instituto de Microbiologia Paulo de Góes - Centro de Ciências da Saúde - Bloco I Cidade Universitária - Ilha do Fundão / Tel: (21) 2560-8344 HOME | QUEM SOMOS | FALE CONOSCO | CRÉDITOS Unicast O que é Histórico Estrutura Marca IMPG Microbiologia Médica Microbiologia Geral Imunologia Virologia Setores Coordenação Curso de Bacharelado Outras Disciplinas Microbiologia Imunologia e Inflamação Histórico CEM Programas Links Novidades Sobre Microbiologia Micromundo Quem faz Microbiologia Tome Nota Clipping Vídeos Blog IMPG Concursos Micrografias do Instituto Documentos Institucionais A Biblioteca Informativos COPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas