segunda-feira, 18 de junho de 2012
A RIQUEZA DO CAFÉ NO PLANALTO PAULISTA
BREVE HISTÓRICO
Indígenas, bandeirantes e negros fugidos:
a diversidade cultural dos primeiros povoadores.
Ladeado pelas serras da Canastra, Saudade, Marcela do Urubu e do Salitre, o
município de Campos Altos está localizado na região do Alto Paranaíba, nos mares de
morros entre as planícies do Oeste de Minas Gerais e do Planalto Central.
O processo de ocupação luso-brasileira da região do Alto Paranaíba e do Noroeste de
Minas Gerais teve início em fins do século XVI. As primeiras expedições foram motivadas
pela necessidade de reconhecimento e mapeamento territorial, em busca de metais preciosos,
drogas do sertão e escravos indígenas. Até a segunda metade do século XVII, houve diversas
expedições, como a de Manoel de Campos Bicudo, Bartolomeu Dias, “o Anhanguera” e de
Lourenço Castanho Taques, com a trajetória saindo de São Paulo, passando pelo atual Oeste
de Minas até os sertões de Goiás. Mas poucos foram os vestígios de ouro encontrados e sim
numerosos confrontos entre grupos indígenas que já habitavam a região (cataguases, caiapó,
bororó, Araxá) e os colonizadores (1).
Porém, a descoberta de ouro e pedras preciosas na região central de Minas Gerais, na
segunda metade do século XVII, mudou definitivamente a história do Brasil Colonial e
também da Metrópole Portuguesa. Legiões de imigrantes portugueses, de outros países
europeus e de modo forçado do comércio negreiro da África vieram em busca dos metais
preciosos. Com as expedições gerou-se um fluxo de circulação de mercadorias e indivíduos,
na procura de melhores condições de vida. Devido a essa euforia em alcançar o
enriquecimento rápido, logo no início do século XVIII ocorreu a “Guerra dos Emboabas
(forasteiros)” na qual os paulistas reivindicaram direitos do seu pioneirismo na descoberta
das jazidas auríferas. Começou um conflito civil contra todos os aventureiros, forasteiros
portugueses e de outras regiões do Brasil, considerados intrusos, indesejáveis e concorrentes
dos bandeirantes. O conflito gerado pelo direito de explorar minas motivou tanto
bandeirantes como forasteiros a romperem novas matas em outras direções. Por outro lado, a
coroa portuguesa tentava acompanhar esse desbravamento por meio de entradas ou
picadas (caminhos). Assim, em meados do século XVIII, o Conde de Valadares criou um
Terço de Infantaria Auxiliar para patrulhar os sertões de Piumhí, Bambuí e Campo
Grande.(2) Campos Altos pertencia ao Sertão do Campo Grande.
Um dos primeiros sertanistas, no início do século XVIII, a descobrir jazidas de ouro
no Rio Vermelho, afluente do Araguaia, na cidade de Goiás, foi Bartolomeu Bueno da Silva,
“o Anhanguera”. Em 1736, o governador de Minas, Gomes Freire de Andrade, autoriza
licenças para sesmarias aos “abridores da Picada de Goiás”, nascia daí a civilização do
Oeste .
A base da mão-de-obra utilizada na exploração de metais preciosos era escrava
obtida pelo tráfico negreiro e por práticas africanas de trabalho compulsório. Os negros
resistiam à situação de escravo fugindo do alcance de seus Senhores, se organizando em
comunidades de difícil acesso, os chamados quilombos (significa fortaleza na língua banto).
Em meados do século XVIII, escravos fugidos da região de São Del Rei e outras vilas
mineradoras, encontraram refúgio na região de Campos Altos. Fundaram vários núcleos de
resistência na região, como quilombo da Marcela, do Bambuí, Indaiá, etc. A Coroa
Portuguesa denominava a área de Sertão dos Quilombos do Campo Grande, devido ao
grande número desses refúgios. Os maiores foram duas povoações com o mesmo nome:
Quilombo do Ambrósio. Na divisa entre os municípios de Campos Altos e Ibiá está situado
as ruínas do Segundo Quilombo do Ambrósio(3), que foi destruído em 1759 por Bartolomeu
Bueno Prado.
As primeiras ocupações e a fundação da cidade
Marco histórico para o surgimento da cidade de Campos Altos foi a implantação da
Estrada de Ferro Goyaz, companhia fundada em 1907, com o objetivo de ligar o Oeste
Mineiro ao Estado de Goiás. Segundo o Annuário de Minas Geraes de 1911, o traçado da
estrada partia de Formiga e adentrava no Vale do Rio Perdigão até subir a serra do Urubu.
Em 1913 foi inaugurada a Estação de Urubu, próxima a serra de mesma denominação,
conhecida assim desde o século XVIII.
Foi edificada nas terras que pertenciam à Fazenda Palestina, propriedade do Coronel
Manoel de Paula Lemos, conhecido como Neca de Paula, grande latifundiário da região,
cuja família possuía a maior parte do então distrito de Pratinha. Logo após a construção da
estação, o Cel. Frederico Franco comprou do Cel. Neca de Paula boa parte das terras
próximas ao prédio ferroviário, abriu loteamentos e os vendeu, atraindo imigrantes do Sul de
Minas, das proximidades e impulsionou o crescimento entorno do mesmo. Entre as décadas
de 1910 e 1920, Urubu tomou ares de pequeno povoado, formado por construções da própria
ferrovia, armazéns, cafuas e barracões – onde moravam os negros, mestiços e pobres, e os
casarões do Dr. Luiz de Souza Coelho e do Cel. Frederico Franco (já demolida), duas
ilustres personalidades campos-altenses.
Residência do Cel. Frederico Franco – situava à R. Maria
Rita Franco, próximo ao Posto de Saúde Dr. Luiz de S.
Coelho Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Residência do Dr. Luiz de Souza Coelho Fonte:
www.rotarycamposaltos.org
Desse modo, a estação Urubu demarcou o início do núcleo urbano que se tornaria a cidade
de Campos Altos. Segundo trechos transcritos da Enciclopédia dos Municípios Brasileiros
(5)
“ Por essa estação se fazia o movimento de embarque e
desembarque de pessoas e de cargas dos atuais municípios
de Rio Parnaíba, Patos de Minas, São Gotardo e Córrego
Vista do primeiro núcleo urbano de Campos Altos
década de 1910 Acervo: Departamento Municipal
de Cultura
Praça da Estação - início da Rua Dr. Getúlio
Portela. Esquerda Pensão da D. Cornélia,
atualmente Ag. Banco do Brasil. A direita venda
do Sr. Orlindo A. Gaia, atual sede do Clube Social
de C. Altos. Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Em 1920, a estrada de Ferro Goyaz foi liquidada, leiloada e adquirida pela estrada de
Ferro Oeste de Minas. Já como propriedade da nova empresa, a estação de Urubu foi
rebatizada com o nome de Campos Altos, por sugestão e consenso dos habitantes do
povoado. Tal nome foi escolhido devido às características geográficas do território, onde
predomina os terrenos de campos e a atitude em que se encontra a cidade. O então povoado
de Campos Altos pertencia ao distrito de São Pedro de Alcântara que sua vez integrava ao
município de Araxá.
Em 1924, tal distrito transformou-se em município com a denominação de Ibiá e
Campos Altos passou a pertencer ao distrito de Pratinha.
Na década de 1930, Campos Altos esteve em constante crescimento e por força da
Lei orgânica nacional nº 322, foi criada, em 02 de março de 1938, a Vila de Campos Altos
Danta. Com a primeira pensão construída e novas casas
rápido se formou o povoado que seria a atual e progressista
cidade de Campos Altos”.
que mais tarde, em 17 de dezembro de 1938, pelo decreto Lei estadual nº 138, foi elevado à
categoria de Distrito. Em 31 de dezembro de 1943, através do decreto-lei nº 1058, Campos
Altos conquistou sua autonomia política. O município ficou constituído pelos seguintes
distritos: sede, o de Pratinha, desmembrados do município de Ibiá, e o de São Jerônimo dos
Poções destacado do município de São Gotardo. Em 1949, é a vez de Pratinha conseguir sua
emancipação política, sendo assim, a configuração do município de Campos Altos passa a
ser: o distrito sede e de São Jerônimo dos Poções. Em primeiro de janeiro de 1944, o
município de Campos Altos foi oficialmente instalado tendo o primeiro prefeito
(intendente): o médico, Dr. Luiz de Souza Coelho.
Evolução eclesiástica
A paróquia de Campos Altos, denominada de Santa Terezinha do Menino Jesus,
detém dois livros de tombo, consultados durante a presente pesquisa, porém o primeiro está
sem metade das paginas. A partir da análise cuidadosa das informações nesses livros e dos
relatos orais, foi possível traçar a seguinte evolução eclesiástica do município: a Capela de
Campos Altos, na década de 1930, pertencia à freguesia do distrito de Pratinha, criada desde
1871, subordinada a Paróquia de Ibiá que por sua vez estava sob a jurisprudência da Diocese
de Uberaba. O termo de abertura do primeiro Livro de Tombo consultado foi registrado pelo
pároco da época, José Pardini, em 20 de fevereiro de 1937.
No final da década de 1930, o referido padre, relatou nesse livro uma visita à capela
de Campos Altos e a descreve: “...achei a capela desprovida de quase tudo, mas grande e
com boas imagens. O povo pareceu-me mais religioso do que este de Pratinha, por que
todos os dias de manhã e a noite enchia a capela com bom comportamento. A vista disto
prometi visitá-los todos os meses... ” O pároco visitava Campos Altos uma vez por mês e
realizava casamento, batizados, confissão, procissão, etc. Em entrevista concedida por
Marcelo Macedo, advogado, pesquisador campos-altense, foi disponibilizado para consulta
uma escritura registrada em cartório, datada de dezoito de abril de 1947, na qual Maria Rita
Franco, esposa do Cel. Frederico Franco, doa terreno à capela de Santa Terezinha do
Menino Jesus para construção da casa paroquial. Segundo relatos orais, foi Maria Rita, por
ser devota da santa, mandou erguer, por volta do final dos anos 20, início dos 30 do século
XX, a primeira capela dedicada a Santa Terezinha, onde é hoje a igreja matriz. Além disso,
os moradores locais afirmam que o primeiro pároco a residir na cidade foi Pe. Rui Nunes
Vale, a partir de 1947. Então é possível inferir que a criação da paróquia de Santa Terezinha
do Menino Jesus ocorreu no final da década de 1940. No segundo Livro de Tombo consta
que em 1960 a paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus passa a pertencer a Diocese de
Luz, criada em 1918.
O dia da padroeira é comemorado no dia primeiro de outubro, com realização de
novenas, consagração, missa em ação de graças pela comunidade católica, além de tal dia
ser feriado municipal.
Fachada da Igreja Matriz,
antes da reforma de 1958.
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Fachada da atual Igreja Matriz de Santa
Terezinha do Menino Jesus Fotografia:
Floriana F. Gaspar – março 2009.
Campos Altos: a cidade do café
A base econômica do município continua sendo a produção de Café, as lavouras
dessa cultura tiveram início na região nos idos de 1902. Natural da cidade mineira de Santa
Juliana, o Sr. “Zeca Severino” plantou a primeira lavoura de café na região de Campos
Altos, nas terras da “Fazenda Bonita” (6) . Em decorrência do sucesso do empreendimento,
outras lavouras foram plantadas em terras onde existiam matas virgens. O clima próprio, a
altitude em torno de 1.100 metros juntamente com o elevado e regular índice pluviométrico,
que facilmente alcançava 2.800 mm anuais, fez da região uma das mais propícias para o
cultivo do grão. O município de Campos Altos está inscrito dentre os que produzem o café
de maior qualidade do Brasil e do mundo.
Um dos cafeicultores pioneiros em Campos Altos e um dos maiores e mais
poderosos expoentes da cafeicultura brasileira foi Osvaldo Alves de Araújo, primeiro viceprefeito
do município. Participou ativamente do cenário político nacional, chegando até
mesmo a financiar campanhas eleitorais de renomados políticos, tais como Jânio Quadros,
Magalhães Pinto, Milton Campos, etc.
Graças às facilidades de escoamento da produção cafeeira, através da via férrea, além
da qualidade e produtividade, o Governo Federal construiu e implantou na cidade, em 1956,
uma unidade do Instituto Brasileiro do Café, para armazenar o estoque e apoiar a
cafeicultura local, com capacidade de armazenamento de 3000.000 sacas.
Com o aumento da produção a área cultivada também foi expandida chegando até ao
cerrado (antes o café era cultivado em serras). Segundo o Sr. Francisco S. Ferreira,
cafeicultor campos-altense, na década de 1970, os japoneses e paranaenses foram os
primeiros a obterem sucesso na plantação de lavouras de café no cerrado. Dentre as técnicas
inovadoras introduzidas no cultivo foi a utilização do calcário para correção da acidez do
solo. A partir de então a prática da cultura do café no Cerrado se efetivou e difundiu
rapidamente em toda a região. Atualmente, estão plantados no município por volta de
15.000.000 pés de café em área de 8.000 hectares, com o total de 150.000 sacas de 60 kg de
café limpo, arábico, tipo 6 destinados à exportação.
Armazém e máquina de café de propriedade do Sr.
Osvaldo Alves de Araújo
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Armazém e máquina de café de propriedade
do Sr. Francisco Joaquim Domingos Taveira
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Evolução urbana
Entre as décadas de 1950 e 1960, Campos Altos vivenciou um período de
desenvolvimento econômico, social, educacional e cultural: a riqueza da produção do café
alimentava o progresso. Na década de 1950, a cidade contava com dezenove ruas todas
iluminadas, foi construída a primeira rede de esgoto, o abastecimento de água passou a ser
realizado por caixas d'águas comunitárias.
E o fornecimento de energia elétrica era obtido por uma usina, inaugurada em 1952,
de propriedade do Sr. Geraldo Guimarães, que também era prefeito na época. A localidade
era composta por cerca de 740 edificações, sendo 420 eram servidas por esgoto e 320 com
água encanada.
Em 30 de novembro de 1960, foi inaugurado um cinema, em estilo art decó,
construído pelo Sr. Davi Otaviano de Sousa, no entorno da praça da estação. O proprietário
tinha contrato com distribuidoras de Belo Horizonte que enviavam as películas por trem.
O cinema teve durante décadas a função de centro de eventos, como desfiles de
beleza, solenidades oficiais. Antes e depois das sessões cinéfilas, a praça era o ponto de
encontro entre moças e rapazes. A sétima arte fez parte da vida cultural dos campos-altenses
até década de 1990, quando o estabelecimento foi fechado. A fundação do educandário Dom
Alexandre, grupo escolar, Jornal Ouro Verde, Deiró Borges, da Santa Casa de Misericórdia,
Banda de Música Lira Santo Antônio, foram alguns exemplos da dinamicidade de Campos
Altos na época citada anteriormente. Nesse período também além do trem de passageiro,
havia linha rodoviária do Sr. Abílio Almeida realizada por uma jardineira, que fazia
itinerário Araxá, ibiá e Campos Altos.
Inauguração do Cinema Monsenhor Otaviano,
em 1960 Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Construção da rede de esgoto, na década de 1950, pelo então
prefeito Geraldo Guimarães.
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Construção da caixa d'água comunitária,
na década de 1950
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Inauguração do primeiro Grupo Escolar da cidade, década de
1960 Fonte:www.rotarycamposaltos.org
Formação inicial da Lira Santo Antônio, década
de 1960. Acervo Particular da Lira Santo Antônio
Jardineira, do Sr. Abílio Almeida que fazia transportava
passageiros entre Araxá, Ibiá e Campos Altos.
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
Nas décadas de 1970 e 1980, segundo o Sr. Francisco S. Ferreira, ex-prefeito,
conhecido como “Chico Raimundo”, foram realizadas diversas obras no município:
construção da delegacia de polícia, posto de saúde, rodoviária, E. E. Pe. Clemente Maleto,
ampliação do grupo escolar Deiró Borges, implantação da rede de esgoto, pavimentação de
ruas, fundação do Clube Social de Campos Altos, dos bairros Camposaltinho e Vila Bueno,
atual Nossa Senhora Aparecida. Em dezembro de 1975 a CEMIG assume o fornecimento de
energia elétrica e na década de 1980 a COPASA passa ser responsável pelo o abastecimento
de água na cidade.
Inauguração da Rodoviária “Francisco Falco”,
em 31/01/1977
Fonte:www.rotarycamposaltos.org
Assinatura do convênio com a Cemig pelo então
prefeito Francisco S. Ferreira, “Chico Raimundo”.
Fonte: www.rotarycamposaltos.org
O primeiro da direita para esquerda está o então
prefeito da época o Sr. Francisco S. Ferreira, “Chico
Raimundo”, inaugurando a Delegacia de Polícia em
31/01/1977 Fonte:www.rotarycamposaltos.org
Pavimentação da Rua Cel. Federico Franco, na
década de 1980
Fonte:www.rotarycamposaltos.org
A atual paisagem de Campos Altos
Na economia, o setor de serviços cresceu nos últimos anos, absorvendo mão-de-obra.
Contudo, a base econômica de Campos Altos ainda é, sem dúvida, impulsionada pela
agricultura, responsável por mais da metade do PIB municipal.
O café permanece como produto de destaque pela produtividade e qualidade dos
grãos. Mas há uma considerável produção de milho, além de arroz, feijão, batata, soja,
mandioca, trigo, banana, laranja, criação de gado, produtos derivados do leite, o queijo tipo
Canastra. A oferta de trabalho no campo tem diminuído, devido à mecanização da
agropecuária, exigindo maior qualidade técnica dos empregados. O trabalho temporário,
principalmente nas colheitas de café é a maior fonte de emprego da população de baixa
renda e tem atraído também imigrantes nordestinos para este tipo de ocupação profissional.
O produto industrial de destaque é a fabricação dos Canivetes LAN, tipo caneta.
A rede escolar de Campos Altos é composta por três escolas estaduais: Deiró Borges,
José Cordeiro de Campos e Padre Clemente de Maleto, sendo que as duas primeiras
instituições oferecem ensino fundamental e a terceira o nível médio. No âmbito municipal é
oferecido o ensino fundamento contando com as seguintes escolas: Amélia Franco (bairro:
Nossa Senhora Aparecida), Joaquim Domingos da Silva (bairro Camposaltinho), Inhazinha
de Resende Franco (distrito São Jerônimo dos Poções).
Os serviços públicos de saúde são ofertados à população através do posto de saúde
Dr. Luís Coelho, Santa Casa de Misericórdia, uma policlínica, Posto de Saúde da Família I,
II e III.
Quanto ao aspecto de transporte, o município já contou com uma linha férrea, que
ligava o sudeste de Goiás a Angra dos Reis, transportou passageiros até 1990. Hoje, a linha é
operada pela Ferrovia Centro - Atlântida e transporta apenas cargas. O trem somente passa
pela cidade e não traz mais aquela movimentação do passado, com a qual a cidade aprendeu
a conviver. Mas está presente na memória da população, uma vez que a história de Campos
Altos aconteceu a todo vapor, pelos trilhos de um trem. Como em maior parte do Brasil,
atualmente, o principal meio de transporte é o rodoviário que conecta o município a Belo
Horizonte e outras cidades vizinhas.
No setor de serviços, a cidade é atendida por telefonia fixa e celular, internet banda
larga, duas emissoras de rádio: Popular FM e Expresso FM, cinco canais de TV. Além de
três agências bancarias: Brasil, Itaú e Sicoob/Crediagro, um hotel, um dormitório: São José e
Padre Eustáquio, respectivamente, diversos estabelecimentos comercias, como: drogarias,
supermercado, padaria, lojas de roupas, sapatos, restaurantes/bares.
Na culinária o destaque é café torrado artesanalmente, acompanhado pelas quitandas
típicas mineiras, como pão de queijo, biscoitos, bolos. Outra especialidade do município é a
produção artesanal de queijo minas, produto fabricado a partir de antigas tradições
familiares. A altitude, o clima e o sabor especial o tornam diferenciado.
Portanto, se a modernidade chegou em Campos Altos pela estrada de ferro,
certamente não foi embora com ela. Ficou arraigada no solo desse município que evolui a
cada dia em diversos aspectos da sociedade.
REFERÊNCIAS
Bibliográficas:
• SENNA, Nelson (org). Annuário de Minas Gerais. Imprensa Oficial. Belo Horizonte.
• VASCONCELOS, Diogo. História antiga das Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia,
1974. 283p.
• VASCONCELOS, Diogo. História média de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia,
1974. 367p.
• FAUSTO, Boris. O Brasil Colonial (1500-1822). In: ________ História Concisa
do Brasil . São Paulo: Edusp, 2002. cap.1, p. 9-75.
• BARBOSA, Waldemar Almeida. Dicionário Histórico-Geográfico de Minas Gerais. Belo
Horizonte: Itatiaia, 1971. p 103.
• PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história de nosso país . Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p 65-94.
• IGA, Instituto de Geociências Aplicadas; Assembléia Legislativa de Minas Gerais. As
Denominações Urbanas de Minas Gerais : Cidades e Vilas mineiras com estudo toponímico
e da categoria administrativa. Belo horizonte: ed. Abril, 1997.
• LIMA, Pablo Luiz de Oliveira. DOMINGOS, Marcus Caetano. Histórico de Campos
Altos . Prefeitura Municipal de Campos Altos, abril de 2006.
• Carvalho, Theophilo F. Comarcas e Termos: creações, supressões, restaurações
incorporações e desmembramento de comarcas e termos em Minas Gerais (1709- 1915),
Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1922.
“Documentos históricos: IV - requerimento dos moradores de S. Domingos do Araxá
pedindo sua passagem para a Capitania de Minas”. Belo Horizonte: Imprensa Oficial
de Minas Gerais. RAPM.Vol. 09, ano 1904, jul/dez, fascículo 3, 4, p. 875-882.
Documental:
• Livro de Tombo da Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus
Fonte Oral:
CORREIA, Jorge Maria Tereza de Jesus, Entrevista concedida a Keila P. Guimarães
e Floriana G. de Fátima, Campos Altos, 27 de fevereiro de 2009.
SILVA, Maria de Lurdes. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e Floriana G.
de Fátima Campos Altos, 27 de fevereiro de 2009.
CORDEIRO, Silviano Neto. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães, Campos
Altos e Floriana G. de Fátima, 27 de fevereiro de 2009.
ANDRADE, Diogo Ribeiro. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e Floriana
G. de Fátima, Campos Altos, 27 de fevereiro de 2009.
FERREIRA, Francisco Sebastião. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e
Floriana G. de Fátima, Campos Altos, 28 de fevereiro de 2009.
LIMA, Valdemar. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e Floriana G. de
Fátima, Campos Altos, 28 de fevereiro de 2009.
SOUSA, Davi Otaviano. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e Floriana G. de
Fátima, Campos Altos, 28 de fevereiro de 2009.
MACEDO, Marcelo. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães, Campos Altos, 01
de março de 2009.
LEANDRO, Diva Maria. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e Floriana G. de
Fátima, Campos Altos, 28 de fevereiro de 2009.
AVELINO, Lázaro José. Entrevista concedida a Keila P. Guimarães e Floriana G. de
Fátima, Campos Altos, 28 de fevereiro de 2009.
Sites consultados:
• www.almg.gov.mg.br/munmg . Acessado em 04 de abril de 2009 .
• www.descubraminas.com.br, acessado em 07 de abril de 2009.
• www.rotarycamposatos.org , acessado em 06 de março de 2009.
• www.ibge.gov.br , acessado em 12 de abril de 2009.
• pt.wikipedia.org/wiki/ Campos_Altos. Acessado em 10 de abril de 2009
• www.estaçoesferroviarias.com.br , acessado em 10 de abril de 2009.
• www.mgquilombo.com.br , acessado em 12 de abril de 2010
Livros:
(1) VASCONCELOS, Diogo de. História Antiga das Minas Gerais . Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1974.
(2) “Documentos históricos: IV - requerimento dos moradores de S. Domingos do Araxá
pedindo sua passagem para a Capitania de Minas”. Belo Horizonte: Imprensa Oficial de
Minas Gerais. RAPM . Vol. 09, ano 1904, jul/dez, fascículo 3, 4, p. 875-882.
(3) O primeiro quilombo do Ambrósio situava-se no atual município de Cristais/MG. Foi
destruído por tropas organizadas pelo Governador Gomes Freire de Andrade, em 1746.
(4) Informação divulgada no site:
www.mgquilombo.com.br/site/Artigos/Reminiscencias-Quilombolas/Resumo-e-
Localizacoes.html
(5) Enciclopédia de Municípios Brasileiros, vol. XXIV. IBGE, 1957.
(6) Informação divulgada pelo blog de Marcelo Macedo, acessado em 06 de abril de 2009
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