sábado, 13 de outubro de 2012

DOM DINIZ

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Leia agora Dinis I de PortugalOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Nota: Dinis de Portugal redireciona para este artigo. Para outras pessoas com este nome, veja Dinis de Portugal (desambiguação).







Dom Dinis I



Rei de Portugal



Governo

Reinado 16 de fevereiro de 1279 —

07 de fevereiro de 1325

Coroação 1279

Consorte Santa Isabel de Aragão

Antecessor D. Afonso III

Herdeiro D. Afonso IV (filho)

Sucessor D. Afonso IV

Dinastia Borgonha

Títulos o Lavrador, o Rei-Agricultor, o Rei-Poeta, o Rei-Trovador

Vida

Nascimento 9 de Outubro de 1261

Lisboa, Portugal

Morte 7 de Janeiro de 1325 (63 anos)

Santarém, Portugal

Sepultamento Mosteiro de Odivelas, Odivelas

Filhos D. Constança, D. Afonso IV, D. Pedro Afonso, D. Afonso Sanches, D. Maria Afonso, D. Maria Afonso, D. João Afonso, D. Fernão Sanches, D. Pedro Afonso

Pai D. Afonso III

Mãe D. Beatriz de Castela

ver



D. Dinis I de Portugal[1] (Lisboa [?], 9 de Outubro 1261 — Santarém. 7 de Janeiro de 1325) foi o sexto rei de Portugal, cognominado o Lavrador pela imputação da plantação do pinhal de Leiria ou o Rei-Poeta devido à sua obra literária.



Filho de D. Afonso III de Portugal e da infanta Beatriz de Castela. Foi aclamado em Lisboa em 1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como rainha santa.



Ao longo de 46 anos a governar o Reino de Portugal e o Reino do Algarve foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, com a conclusão da Reconquista, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, libertou as Ordens Militares em território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes acções de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1ºAlmirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.



Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um trovador famigerado, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo.[2] Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa. Transferida pela primeira vez para Coimbra em 1308.Esta universidade foi transferida várias vezes entre as duas cidades, estando definitivamente instalada em Coimbra desde 1537, por ordem de D. João III.



Após a sua morte em 1325 foi sucedido pelo seu filho legitimo Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu filho natural Afonso Sanches.



Índice [esconder]

1 Personalidade

2 Compleição Física

3 Ascendência

4 Administração

5 Cultura

6 Últimos anos e morte

7 Descendência

8 Referências

9 Ligações externas

10 Ver também





[editar] PersonalidadeNunca esquecendo o hiato de largos séculos que nos separa de D. Dinis, é possível traçar um esboço de linhas mestras da personalidade deste rei português. Era determinado, ou mesmo obstinado, nos seus intentos, do que são exemplo a "cadência de inquirições verdadeiramente demolidora" [3] e demais políticas de centralização régia que instituiu de forma sistemática.



Revelou-se desde cedo um grande estratega, sendo percursor de uma política governativa e legislativa não apenas reactiva, mas antes de cunho pro-activo. Beneficiando de uma análise a posteriori, percebe-se que as decisões não iam sendo tomadas ao acaso, antes se articulando na senda de um ideal de país e nação que o Rei almejava. À laia de exemplo, indique-se a concomitante criação de concelhos e feiras, as políticas de fortificação das fronteiras ou a crescente dependência das ordens militares do poder régio.



Por tudo isto, D. Dinis foi reconhecido como um homem sagaz e de elevada capacidade governativa, tanto por contemporâneos como por historiadores posteriores.[4][5][6]



Não carecia D. Dinis do que hoje apelidamos de habilidade política. Sendo hábil no trato e entendedor dos Homens, D. Dinis soube ir "atacando e apaziguando, alternadamente, os interesses senhoriais laicos e eclesiásticos: desamortizou os bens do clero, mas aceitou a concordata e restringiu os direitos de comedoria nos mosteiros; inquiriu os bens senhoriais, mas as leis de desamortização travam a erosão dos patrimónios senhoriais.[7]" A administração das propriedades régias tornou-se mais eficiente e D. Dinis ficou conhecido como um Rei rico; disso encontramos eco na Divina Comédia de Dante Alighieri.



Não obstante, D. Dinis é mormente celebrado em todos os registos cronísticos contemporâneos e posteriores como um Rei justo. Sabendo-se que a maior parte do trabalho legislativo do seu reinado se focou em questões de justiça processual, não será de menor relevo o facto de grande parte dessa nova legislação ir no sentido de evitar excessivas delongas e custas judiciais e impedir abusos de advogados e procuradores.[5][6][7][8][9]



Dele pode-se ainda dizer que a determinação que tantas conquistas políticas lhe granjeou podia por vezes degenerar em teimosia e prepotência. Descrito por vezes como cruel, principalmente nas relações familiares: na forma como tratava o filho herdeiro D. Afonso (nunca o seu favorito) e a esposa, D. Isabel, entregando-lhe os frutos dos seus adultérios para que os criasse.[10]



Figura incontornável da Península Ibérica de fim de Duzentos e início de Trezentos, D. Dinis foi cognominado Pai-da-PátriaTexto a negrito por Duarte Nunes de Leão.



[editar] Compleição Física

Imperador Frederico, o Barba Ruiva, antepassado de D. DinisPouco ou nada se sabia do físico do Rei D. Dinis. As fontes da época assim como autores posteriores falham redondamente em oferecer qualquer tipo de descrição física do monarca. As informações que hoje dispomos advêm de uma abertura acidental do túmulo de D. Dinis aquando de um processo de restauro em 1938.



Ficámos a saber que a figura histórica imponente de D. Dinis viveu num corpo de cerca de 1,65 m. O monarca faleceu com a provecta idade de 63 anos, feito notável para a época. Aparentemente gozou de excelente saúde durante toda a sua vida: apenas fez o primeiro testamento completo aos 61 anos, sempre viajou, participou em guerras estando já adiantado de idade e aos 60 ainda caçava. Essa suposição é confirmada pela análise dos seus restos mortais que revela que morreu com a dentadura completa,[11] algo que mesmo nos nossos dias continua a ser extraordinário.



Um traço distinto da fisionomia de D. Dinis terão sido os seus cabelos e barba ruivos. Facto curioso na família real portuguesa de então, do qual não se conhecem outros exemplos até à época de D. Dinis. Pode-se especular que a origem genética deste traço poderia vir do lado materno, pois seu tio Fernando de Castela era ruivo (recebendo ademais o epiteto de La Cerda). As hipóteses mais plausíveis serão que estes dois príncipes peninsulares tenham herdado o traço de Henrique II de Inglaterra, pai de Leonor Plantageneta, bisavó de Afonso X; ou então da mãe de Afonso X, Isabel de Hohenstaufen, neta do famoso Imperador Frederico, o Barba Ruiva.[12]



[editar] Ascendência[Expandir] Ancestrais de Dinis I de Portugal





16. Afonso I de Portugal







8. Sancho I de Portugal







17. Mafalda de Sabóia







4. Afonso II de Portugal







18. Raimundo Berenguer IV de Barcelona







9. Dulce de Aragão







19. Petronila de Aragão







2. Afonso III de Portugal







20. Sancho III de Castela







10. Afonso VIII de Castela







21. Branca de Navarra (m. 1156)







5. Urraca de Castela







22. Henrique II de Inglaterra







11. Leonor de Inglaterra







23. Leonor de Aquitânia







1. Dinis I de Portugal







24. Afonso IX de Leão







12. Fernando III de Castela







25. Berenguária de Castela







6. Afonso X de Castela







26. Filipe de Hohenstaufen, Duque da Suábia







13. Isabel de Hohenstaufen







27. Irene Angelina de Constantinopla







3. Beatriz de Castela







28. Pedro Rodríguez de Guzmán







14. Guillén Pérez de Guzmán, Lord of Vecilla







29. Elvira González de Manzanedo







7. Maior Guillen de Guzman







30. Gonzalo Rodríguez Girón







15. María González Girón





















[editar] AdministraçãoComo herdeiro da coroa, D. Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, o país encontrava-se em conflito com a Igreja Católica. D. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o papa Nicolau III, onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal. Após a extinção da Ordem dos Templários conseguiu transferir o património dela no país para a Ordem de Cristo, criada para o efeito, e apoiou os cavaleiros da Ordem de Santiago ao separarem-se do seu mestre castelhano.





Cruz da Ordem de Cristo, símbolo que adornou, entre outras, as caravelas portuguesas durante os Descobrimentos.D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com o Reino de Castela em 1295, desistiu dela em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.



A sua prioridade governativa foi essencialmente a organização do reino: continuando a vertente legisladora de seu pai D. Afonso III, a profusa acção legislativa está contida, hoje, no Livro da Leis e Posturas e nas Ordenações Afonsinas. Não são "códigos" legislativos tal como os entendemos hoje, mas sim compilações de leis e do direito consuetudinário municipal, alteradas e reformuladas pela Coroa.



Com efeito, a incidência de questões de carácter processual com igual peso ao carácter de direito positivo das suas leis, denuncia a crescente preocupação do rei em enquadrar o direito consuetudinário (ou costumeiro) no âmbito da Coroa, e em efectivar o seu poder no terreno. As determinações sobre a actuação de alvazis (oficiais concelhios), juízes, procuratores e advocati demonstram isto, já que um poder meramente nominal sobre todos os habitantes do Reino, como era típico na Idade Média, não se compatibiliza com este esforço em esmiuçar os trâmites jurídicos, ou em moralizar o exercício da justiça. A criação de corregedores denuncia claramente o início do processo de territorialização da jurisdição da Coroa, extravasando os domínio régios, a par da crescente importância da capitalidade de Lisboa.



O reinado de D. Dinis acentuou a predilecção por Lisboa como local de permanência da corte régia. Não existe uma capital, mas a localização de Lisboa, o seu desenvolvimento urbano, económico e mercantil vão fazendo da cidade o local mais viável para se afirmar como centro administrativo por excelência.



A articulação entre o norte e o sul do país - este sul que se torna alvo da maior atenção e permanência dos reis - fazem de Lisboa centro giratório para tornar Portugal viável. Entre o norte, onde a malha senhorial é mais densa e apertada, e o sul, onde o espaço vasto conquistado aos mouros implanta sobretudo os domínios régios e as ordens militares, assim como vastos espaços de res nullius e torna Portugal um reino onde duas realidades diferentes se complementam.



Preocupado com as infra-estruturas do país (ver discussão), D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro. Fomentou as trocas com outros reinos, assinou o primeiro tratado comercial com o rei de Inglaterra em 1308 e criou o almirantado, atribuído como privilégio ao genovês Manuel Pessanha, e fundando as bases para uma verdadeira marinha portuguesa ao serviço da Coroa.



D. Dinis redistribuiu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras, criando as chamadas feiras francas ao conceder a várias povoações diversos privilégios e isenções. A razão de um dos seus cognomes ser O Lavrador foi a criação do Pinhal de Leiria, que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.[13]



[editar] Cultura

Universidade de Coimbra, na cidade de Coimbra, PortugalA cultura foi um dos seus interesses pessoais. D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele próprio um poeta notabilíssimo e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias chegaram 137 cantigas da sua autoria, distribuídas por todos os géneros (73 cantigas de amor, 51 cantigas de Amigo e 10 cantigas de escárnio e maldizer), bem como a música original de 7 dessas cantigas (descobertas casualmente em 1990 pelo Prof. Harvey L. Sharrer, no Arquivo da Torre do Tombo, num pergaminho que servia de capa a um livro de registos notariais do século XVI, e que ficou conhecido como Pergaminho Sharrer).



Durante o seu reinado, Lisboa foi, pois, um dos centros europeus de cultura. A primeira Universidade em Portugal, então Estudo Geral, foi fundada pelo seu documento Scientiae thesaurus mirabilis em 1290, em Lisboa. Aí se ensinou as Artes, o Direito Civil, o Direito Canónico e a Medicina. Esta universidade foi transferida entre Lisboa e Coimbra várias vezes, estando instalada definitivamente em Coimbra desde 1537. Mandou traduzir importantes obras, tendo sido a sua Corte um dos maiores centros literários da Península Ibérica.



Diz a lenda de uma aldeia do concelho de Seia, Lapa dos Dinheiros, que D. Dinis terá por lá passado e, depois de ter jantado e pernoitado no lugar, deu-lhe o seu nome actual.



[editar] Últimos anos e morteOs últimos anos do seu reinado foram marcados por conflitos internos. O herdeiro, futuro D. Afonso IV, receoso que o favorecimento de D. Dinis ao seu filho bastardo, D. Afonso Sanches o espoliasse do trono, exigiu o poder e combateu o pai. Nesta luta teve intervenção apaziguadora a Rainha Santa Isabel que, na Batalha de Alvalade, se interpôs entre as hostes inimigas já postas em ordem de combate.



D. Dinis morreu em Santarém a 7 de Janeiro de 1325, e foi sepultado no Mosteiro de São Dinis, em Odivelas.



[editar] DescendênciaRealeza Portuguesa

Casa de Borgonha

Descendência



Afonso I[Expandir]Filhos

Infante Henrique

Infanta Mafalda

Infanta Urraca, Rainha de Leão

Infante Sancho (futuro Sancho I)

Infanta Teresa, Condessa de Flandres e Duquesa de Borgonha



Sancho I[Expandir]Filhos

Infanta Teresa, Rainha de Castela

Infanta Sancha, Senhora de Alenquer

Infanta Constança

Infante Afonso (futuro Afonso II)

Infante Pedro, Conde de Urgell

Infante Fernando, Conde da Flandres

Infanta Branca, Senhora de Guadalajara

Infanta Berengária, rainha da Dinamarca

Infanta Mafalda, Rainha de Castela



Afonso II[Expandir]Filhos

Infante Sancho (futuro Sancho II)

Infante Afonso, Conde de Bolonha (futuro Afonso III)

Infanta Leonor, rainha da Dinamarca

Infante Fernando, Senhor de Serpa



Sancho II[Esconder]Afonso III[Expandir]Filhos

Infanta Branca, Viscondessa de Huelgas

Infante Dinis (futuro Dinis I)

Infante Afonso, Senhor de Portalegre

Infanta Sancha

Infanta Maria



Dinis I[Expandir]Filhos

Infanta Constança, Rainha de Castela

Infante Afonso (futuro Afonso IV)



Afonso IV[Expandir]Filhos

Infanta Maria, Rainha de Castela

Infante Pedro (futuro Pedro I)

Infanta Leonor, Rainha de Aragão



Pedro I[Expandir]Filhos

Infanta Maria, Marquesa de Tortosa e Princesa de Aragão

Infante Fernando (futuro Fernando I)

Infanta Beatriz, Condessa de Alburquerque

Infante João, Duque de Valência de Campos

Infante Dinis, Senhor de Cifuentes

João, Grão Mestre da Ordem de Avis (futuro João I)



Fernando I[Expandir]Filhos

Infanta Beatriz, Rainha de Castela e Leão





De sua mulher, infanta Isabel de Aragão (1270-1336):

Constança de Portugal (1290-1313), casou com o rei Fernando IV de Castela

Afonso IV, Rei de Portugal (1291-1357)

Filhos naturais:

Havidos de Grácia Frois:

Pedro Afonso, conde de Barcelos (1287-1354)



Havidos de Aldonça Rodrigues Talha:

Afonso Sanches (1289-1329), senhor de Albuquerque e rival de seu meio-irmão Afonso IV



Havidos de Marinha Gomes:

Maria Afonso (1290-1340), senhora de Gibraleon

Maria Afonso (1302-1320), freira no Mosteiro de São Dinis



Havidos de outras senhoras:

João Afonso, senhor da Lousã (1280-1325)

Fernão Sanches (1280-1329)

Pedro Afonso (1280-?)

Tem como um dos muitos descendentes também o Papa Bento XIII, que foi papa de 1724 a 1730.



Referências1.↑ Na grafia arcaica escrevia-se Diniz.

2.↑ Para a história da literatura popular portuguesa (PDF). Instituto Camões.

3.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 206, ISBN 9724234835

4.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 202-207, ISBN 9724234835

5.↑ a b Crónica Geral de Espanha de 1344 (edição crítica do texto português por Luís Filipe Lindley Cintra), vol IV, Lisboa Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990

6.↑ a b Livro de Linhagens do Conde Dom Pedro(edição crítica por José Mattoso), in Portugaliae Monumenta Historica, Nova Série, vol. II (tomos 1 e 2), Lisboa, Academia das Ciências, 1980

7.↑ a b PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 207, ISBN 9724234835

8.↑ Crónica de Portugal de 1419 (edição crítica com introdução e notas de Almeida Calado), Aveiro, Universidade de Aveiro, 1998

9.↑ LEÃO, Duarte Nunes de, Crónicas dos Reis de Portugal, reformadas pelo Licenciado…(revisto por M. Lopes de Almeida), Porto, Lello & Irmãos, 1975

10.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 208, ISBN 9724234835

11.↑ CRESPO, José, Santa Isabel na doença e na morte, Coimbra, Coimbra Editora, 1942, pág. 113-117

12.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 213, ISBN 9724234835

13.↑ O extenso e excelso trabalho deste Rei em prol do Reino resumiu António Caetano de Sousa ao cognome de O Lavrador, assaz redutor face a obra tão profícua e, ademais, gerado pela imputação errónea da plantação do Pinhal de Leiria a este monarca; na realidade o pinhal já existia desde D. Sancho II.

[editar] Ligações externasChronica do muito alto e muito esclarecido principe Dom Diniz, sexto rey de Portugal Rui de Pina (1440-1522), Lisboa Occidental, 1729, na Biblioteca Nacional Digital

Chronica d'el rei D. Diniz Rui de Pina (1440-1522), Lisboa, 1912, na Biblioteca Nacional Digital

Genealogia. "Do Rei Dom Diniz ao Adão de Pernambuco" Jerônimo de Albuquerque

Diniz de Portugal (Diniz de Bourgogne) roglo.eu

[editar] Ver tambémO Wikisource possui trabalhos escritos por este autor: Dinis I de PortugalÁrvore genealógica dos reis de Portugal

Bolsa dos Mercadores

Universidade de Coimbra

Trovadorismo

Precedido por

Afonso III

Rei de Portugal e do Algarve

1279 - 1325 Sucedido por

Afonso IV









[Expandir]v • eMonarcas de Portugal

Dinastia Afonsina Afonso I • Sancho I • Afonso II • Sancho II • Afonso III • Dinis I • Afonso IV • Pedro I • Fernando I

Dinastia de Avis João I • Duarte I • Afonso V • João II • Manuel I • João III • Sebastião I • Henrique I

Dinastia Filipina Filipe I • Filipe II • Filipe III

Dinastia de Bragança João IV • Afonso VI • Pedro II • João V • José I • Maria I (com Pedro III) • João VI • Pedro IV • Maria II • Miguel I • Maria II (com Fernando II) • Pedro V • Luís I • Carlos I • Manuel II

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Dom Dinis I



Rei de Portugal



Governo

Reinado 16 de fevereiro de 1279 —

07 de fevereiro de 1325

Coroação 1279

Consorte Santa Isabel de Aragão

Antecessor D. Afonso III

Herdeiro D. Afonso IV (filho)

Sucessor D. Afonso IV

Dinastia Borgonha

Títulos o Lavrador, o Rei-Agricultor, o Rei-Poeta, o Rei-Trovador

Vida

Nascimento 9 de Outubro de 1261

Lisboa, Portugal

Morte 7 de Janeiro de 1325 (63 anos)

Santarém, Portugal

Sepultamento Mosteiro de Odivelas, Odivelas

Filhos D. Constança, D. Afonso IV, D. Pedro Afonso, D. Afonso Sanches, D. Maria Afonso, D. Maria Afonso, D. João Afonso, D. Fernão Sanches, D. Pedro Afonso

Pai D. Afonso III

Mãe D. Beatriz de Castela

ver



D. Dinis I de Portugal[1] (Lisboa [?], 9 de Outubro 1261 — Santarém. 7 de Janeiro de 1325) foi o sexto rei de Portugal, cognominado o Lavrador pela imputação da plantação do pinhal de Leiria ou o Rei-Poeta devido à sua obra literária.



Filho de D. Afonso III de Portugal e da infanta Beatriz de Castela. Foi aclamado em Lisboa em 1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como rainha santa.



Ao longo de 46 anos a governar o Reino de Portugal e o Reino do Algarve foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, com a conclusão da Reconquista, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, libertou as Ordens Militares em território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes acções de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1ºAlmirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.



Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um trovador famigerado, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo.[2] Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados de seu avô Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa. Transferida pela primeira vez para Coimbra em 1308.Esta universidade foi transferida várias vezes entre as duas cidades, estando definitivamente instalada em Coimbra desde 1537, por ordem de D. João III.



Após a sua morte em 1325 foi sucedido pelo seu filho legitimo Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu filho natural Afonso Sanches.



Índice [esconder]

1 Personalidade

2 Compleição Física

3 Ascendência

4 Administração

5 Cultura

6 Últimos anos e morte

7 Descendência

8 Referências

9 Ligações externas

10 Ver também





[editar] PersonalidadeNunca esquecendo o hiato de largos séculos que nos separa de D. Dinis, é possível traçar um esboço de linhas mestras da personalidade deste rei português. Era determinado, ou mesmo obstinado, nos seus intentos, do que são exemplo a "cadência de inquirições verdadeiramente demolidora" [3] e demais políticas de centralização régia que instituiu de forma sistemática.



Revelou-se desde cedo um grande estratega, sendo percursor de uma política governativa e legislativa não apenas reactiva, mas antes de cunho pro-activo. Beneficiando de uma análise a posteriori, percebe-se que as decisões não iam sendo tomadas ao acaso, antes se articulando na senda de um ideal de país e nação que o Rei almejava. À laia de exemplo, indique-se a concomitante criação de concelhos e feiras, as políticas de fortificação das fronteiras ou a crescente dependência das ordens militares do poder régio.



Por tudo isto, D. Dinis foi reconhecido como um homem sagaz e de elevada capacidade governativa, tanto por contemporâneos como por historiadores posteriores.[4][5][6]



Não carecia D. Dinis do que hoje apelidamos de habilidade política. Sendo hábil no trato e entendedor dos Homens, D. Dinis soube ir "atacando e apaziguando, alternadamente, os interesses senhoriais laicos e eclesiásticos: desamortizou os bens do clero, mas aceitou a concordata e restringiu os direitos de comedoria nos mosteiros; inquiriu os bens senhoriais, mas as leis de desamortização travam a erosão dos patrimónios senhoriais.[7]" A administração das propriedades régias tornou-se mais eficiente e D. Dinis ficou conhecido como um Rei rico; disso encontramos eco na Divina Comédia de Dante Alighieri.



Não obstante, D. Dinis é mormente celebrado em todos os registos cronísticos contemporâneos e posteriores como um Rei justo. Sabendo-se que a maior parte do trabalho legislativo do seu reinado se focou em questões de justiça processual, não será de menor relevo o facto de grande parte dessa nova legislação ir no sentido de evitar excessivas delongas e custas judiciais e impedir abusos de advogados e procuradores.[5][6][7][8][9]



Dele pode-se ainda dizer que a determinação que tantas conquistas políticas lhe granjeou podia por vezes degenerar em teimosia e prepotência. Descrito por vezes como cruel, principalmente nas relações familiares: na forma como tratava o filho herdeiro D. Afonso (nunca o seu favorito) e a esposa, D. Isabel, entregando-lhe os frutos dos seus adultérios para que os criasse.[10]



Figura incontornável da Península Ibérica de fim de Duzentos e início de Trezentos, D. Dinis foi cognominado Pai-da-PátriaTexto a negrito por Duarte Nunes de Leão.



[editar] Compleição Física

Imperador Frederico, o Barba Ruiva, antepassado de D. DinisPouco ou nada se sabia do físico do Rei D. Dinis. As fontes da época assim como autores posteriores falham redondamente em oferecer qualquer tipo de descrição física do monarca. As informações que hoje dispomos advêm de uma abertura acidental do túmulo de D. Dinis aquando de um processo de restauro em 1938.



Ficámos a saber que a figura histórica imponente de D. Dinis viveu num corpo de cerca de 1,65 m. O monarca faleceu com a provecta idade de 63 anos, feito notável para a época. Aparentemente gozou de excelente saúde durante toda a sua vida: apenas fez o primeiro testamento completo aos 61 anos, sempre viajou, participou em guerras estando já adiantado de idade e aos 60 ainda caçava. Essa suposição é confirmada pela análise dos seus restos mortais que revela que morreu com a dentadura completa,[11] algo que mesmo nos nossos dias continua a ser extraordinário.



Um traço distinto da fisionomia de D. Dinis terão sido os seus cabelos e barba ruivos. Facto curioso na família real portuguesa de então, do qual não se conhecem outros exemplos até à época de D. Dinis. Pode-se especular que a origem genética deste traço poderia vir do lado materno, pois seu tio Fernando de Castela era ruivo (recebendo ademais o epiteto de La Cerda). As hipóteses mais plausíveis serão que estes dois príncipes peninsulares tenham herdado o traço de Henrique II de Inglaterra, pai de Leonor Plantageneta, bisavó de Afonso X; ou então da mãe de Afonso X, Isabel de Hohenstaufen, neta do famoso Imperador Frederico, o Barba Ruiva.[12]



[editar] Ascendência[Expandir] Ancestrais de Dinis I de Portugal





16. Afonso I de Portugal







8. Sancho I de Portugal







17. Mafalda de Sabóia







4. Afonso II de Portugal







18. Raimundo Berenguer IV de Barcelona







9. Dulce de Aragão







19. Petronila de Aragão







2. Afonso III de Portugal







20. Sancho III de Castela







10. Afonso VIII de Castela







21. Branca de Navarra (m. 1156)







5. Urraca de Castela







22. Henrique II de Inglaterra







11. Leonor de Inglaterra







23. Leonor de Aquitânia







1. Dinis I de Portugal







24. Afonso IX de Leão







12. Fernando III de Castela







25. Berenguária de Castela







6. Afonso X de Castela







26. Filipe de Hohenstaufen, Duque da Suábia







13. Isabel de Hohenstaufen







27. Irene Angelina de Constantinopla







3. Beatriz de Castela







28. Pedro Rodríguez de Guzmán







14. Guillén Pérez de Guzmán, Lord of Vecilla







29. Elvira González de Manzanedo







7. Maior Guillen de Guzman







30. Gonzalo Rodríguez Girón







15. María González Girón





















[editar] AdministraçãoComo herdeiro da coroa, D. Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, o país encontrava-se em conflito com a Igreja Católica. D. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o papa Nicolau III, onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal. Após a extinção da Ordem dos Templários conseguiu transferir o património dela no país para a Ordem de Cristo, criada para o efeito, e apoiou os cavaleiros da Ordem de Santiago ao separarem-se do seu mestre castelhano.





Cruz da Ordem de Cristo, símbolo que adornou, entre outras, as caravelas portuguesas durante os Descobrimentos.D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com o Reino de Castela em 1295, desistiu dela em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.



A sua prioridade governativa foi essencialmente a organização do reino: continuando a vertente legisladora de seu pai D. Afonso III, a profusa acção legislativa está contida, hoje, no Livro da Leis e Posturas e nas Ordenações Afonsinas. Não são "códigos" legislativos tal como os entendemos hoje, mas sim compilações de leis e do direito consuetudinário municipal, alteradas e reformuladas pela Coroa.



Com efeito, a incidência de questões de carácter processual com igual peso ao carácter de direito positivo das suas leis, denuncia a crescente preocupação do rei em enquadrar o direito consuetudinário (ou costumeiro) no âmbito da Coroa, e em efectivar o seu poder no terreno. As determinações sobre a actuação de alvazis (oficiais concelhios), juízes, procuratores e advocati demonstram isto, já que um poder meramente nominal sobre todos os habitantes do Reino, como era típico na Idade Média, não se compatibiliza com este esforço em esmiuçar os trâmites jurídicos, ou em moralizar o exercício da justiça. A criação de corregedores denuncia claramente o início do processo de territorialização da jurisdição da Coroa, extravasando os domínio régios, a par da crescente importância da capitalidade de Lisboa.



O reinado de D. Dinis acentuou a predilecção por Lisboa como local de permanência da corte régia. Não existe uma capital, mas a localização de Lisboa, o seu desenvolvimento urbano, económico e mercantil vão fazendo da cidade o local mais viável para se afirmar como centro administrativo por excelência.



A articulação entre o norte e o sul do país - este sul que se torna alvo da maior atenção e permanência dos reis - fazem de Lisboa centro giratório para tornar Portugal viável. Entre o norte, onde a malha senhorial é mais densa e apertada, e o sul, onde o espaço vasto conquistado aos mouros implanta sobretudo os domínios régios e as ordens militares, assim como vastos espaços de res nullius e torna Portugal um reino onde duas realidades diferentes se complementam.



Preocupado com as infra-estruturas do país (ver discussão), D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro. Fomentou as trocas com outros reinos, assinou o primeiro tratado comercial com o rei de Inglaterra em 1308 e criou o almirantado, atribuído como privilégio ao genovês Manuel Pessanha, e fundando as bases para uma verdadeira marinha portuguesa ao serviço da Coroa.



D. Dinis redistribuiu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras, criando as chamadas feiras francas ao conceder a várias povoações diversos privilégios e isenções. A razão de um dos seus cognomes ser O Lavrador foi a criação do Pinhal de Leiria, que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.[13]



[editar] Cultura

Universidade de Coimbra, na cidade de Coimbra, PortugalA cultura foi um dos seus interesses pessoais. D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele próprio um poeta notabilíssimo e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias chegaram 137 cantigas da sua autoria, distribuídas por todos os géneros (73 cantigas de amor, 51 cantigas de Amigo e 10 cantigas de escárnio e maldizer), bem como a música original de 7 dessas cantigas (descobertas casualmente em 1990 pelo Prof. Harvey L. Sharrer, no Arquivo da Torre do Tombo, num pergaminho que servia de capa a um livro de registos notariais do século XVI, e que ficou conhecido como Pergaminho Sharrer).



Durante o seu reinado, Lisboa foi, pois, um dos centros europeus de cultura. A primeira Universidade em Portugal, então Estudo Geral, foi fundada pelo seu documento Scientiae thesaurus mirabilis em 1290, em Lisboa. Aí se ensinou as Artes, o Direito Civil, o Direito Canónico e a Medicina. Esta universidade foi transferida entre Lisboa e Coimbra várias vezes, estando instalada definitivamente em Coimbra desde 1537. Mandou traduzir importantes obras, tendo sido a sua Corte um dos maiores centros literários da Península Ibérica.



Diz a lenda de uma aldeia do concelho de Seia, Lapa dos Dinheiros, que D. Dinis terá por lá passado e, depois de ter jantado e pernoitado no lugar, deu-lhe o seu nome actual.



[editar] Últimos anos e morteOs últimos anos do seu reinado foram marcados por conflitos internos. O herdeiro, futuro D. Afonso IV, receoso que o favorecimento de D. Dinis ao seu filho bastardo, D. Afonso Sanches o espoliasse do trono, exigiu o poder e combateu o pai. Nesta luta teve intervenção apaziguadora a Rainha Santa Isabel que, na Batalha de Alvalade, se interpôs entre as hostes inimigas já postas em ordem de combate.



D. Dinis morreu em Santarém a 7 de Janeiro de 1325, e foi sepultado no Mosteiro de São Dinis, em Odivelas.



[editar] DescendênciaRealeza Portuguesa

Casa de Borgonha

Descendência



Afonso I[Expandir]Filhos

Infante Henrique

Infanta Mafalda

Infanta Urraca, Rainha de Leão

Infante Sancho (futuro Sancho I)

Infanta Teresa, Condessa de Flandres e Duquesa de Borgonha



Sancho I[Expandir]Filhos

Infanta Teresa, Rainha de Castela

Infanta Sancha, Senhora de Alenquer

Infanta Constança

Infante Afonso (futuro Afonso II)

Infante Pedro, Conde de Urgell

Infante Fernando, Conde da Flandres

Infanta Branca, Senhora de Guadalajara

Infanta Berengária, rainha da Dinamarca

Infanta Mafalda, Rainha de Castela



Afonso II[Expandir]Filhos

Infante Sancho (futuro Sancho II)

Infante Afonso, Conde de Bolonha (futuro Afonso III)

Infanta Leonor, rainha da Dinamarca

Infante Fernando, Senhor de Serpa



Sancho II[Esconder]Afonso III[Expandir]Filhos

Infanta Branca, Viscondessa de Huelgas

Infante Dinis (futuro Dinis I)

Infante Afonso, Senhor de Portalegre

Infanta Sancha

Infanta Maria



Dinis I[Expandir]Filhos

Infanta Constança, Rainha de Castela

Infante Afonso (futuro Afonso IV)



Afonso IV[Expandir]Filhos

Infanta Maria, Rainha de Castela

Infante Pedro (futuro Pedro I)

Infanta Leonor, Rainha de Aragão



Pedro I[Expandir]Filhos

Infanta Maria, Marquesa de Tortosa e Princesa de Aragão

Infante Fernando (futuro Fernando I)

Infanta Beatriz, Condessa de Alburquerque

Infante João, Duque de Valência de Campos

Infante Dinis, Senhor de Cifuentes

João, Grão Mestre da Ordem de Avis (futuro João I)



Fernando I[Expandir]Filhos

Infanta Beatriz, Rainha de Castela e Leão





De sua mulher, infanta Isabel de Aragão (1270-1336):

Constança de Portugal (1290-1313), casou com o rei Fernando IV de Castela

Afonso IV, Rei de Portugal (1291-1357)

Filhos naturais:

Havidos de Grácia Frois:

Pedro Afonso, conde de Barcelos (1287-1354)



Havidos de Aldonça Rodrigues Talha:

Afonso Sanches (1289-1329), senhor de Albuquerque e rival de seu meio-irmão Afonso IV



Havidos de Marinha Gomes:

Maria Afonso (1290-1340), senhora de Gibraleon

Maria Afonso (1302-1320), freira no Mosteiro de São Dinis



Havidos de outras senhoras:

João Afonso, senhor da Lousã (1280-1325)

Fernão Sanches (1280-1329)

Pedro Afonso (1280-?)

Tem como um dos muitos descendentes também o Papa Bento XIII, que foi papa de 1724 a 1730.



Referências1.↑ Na grafia arcaica escrevia-se Diniz.

2.↑ Para a história da literatura popular portuguesa (PDF). Instituto Camões.

3.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 206, ISBN 9724234835

4.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 202-207, ISBN 9724234835

5.↑ a b Crónica Geral de Espanha de 1344 (edição crítica do texto português por Luís Filipe Lindley Cintra), vol IV, Lisboa Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990

6.↑ a b Livro de Linhagens do Conde Dom Pedro(edição crítica por José Mattoso), in Portugaliae Monumenta Historica, Nova Série, vol. II (tomos 1 e 2), Lisboa, Academia das Ciências, 1980

7.↑ a b PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 207, ISBN 9724234835

8.↑ Crónica de Portugal de 1419 (edição crítica com introdução e notas de Almeida Calado), Aveiro, Universidade de Aveiro, 1998

9.↑ LEÃO, Duarte Nunes de, Crónicas dos Reis de Portugal, reformadas pelo Licenciado…(revisto por M. Lopes de Almeida), Porto, Lello & Irmãos, 1975

10.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 208, ISBN 9724234835

11.↑ CRESPO, José, Santa Isabel na doença e na morte, Coimbra, Coimbra Editora, 1942, pág. 113-117

12.↑ PIZARRO, José A.S.M., D. Dinis, Círculo de Leitores, 2005, pág. 213, ISBN 9724234835

13.↑ O extenso e excelso trabalho deste Rei em prol do Reino resumiu António Caetano de Sousa ao cognome de O Lavrador, assaz redutor face a obra tão profícua e, ademais, gerado pela imputação errónea da plantação do Pinhal de Leiria a este monarca; na realidade o pinhal já existia desde D. Sancho II.

[editar] Ligações externasChronica do muito alto e muito esclarecido principe Dom Diniz, sexto rey de Portugal Rui de Pina (1440-1522), Lisboa Occidental, 1729, na Biblioteca Nacional Digital

Chronica d'el rei D. Diniz Rui de Pina (1440-1522), Lisboa, 1912, na Biblioteca Nacional Digital

Genealogia. "Do Rei Dom Diniz ao Adão de Pernambuco" Jerônimo de Albuquerque

Diniz de Portugal (Diniz de Bourgogne) roglo.eu

[editar] Ver tambémO Wikisource possui trabalhos escritos por este autor: Dinis I de PortugalÁrvore genealógica dos reis de Portugal

Bolsa dos Mercadores

Universidade de Coimbra

Trovadorismo

Precedido por

Afonso III

Rei de Portugal e do Algarve

1279 - 1325 Sucedido por

Afonso IV









[Expandir]v • eMonarcas de Portugal

Dinastia Afonsina Afonso I • Sancho I • Afonso II • Sancho II • Afonso III • Dinis I • Afonso IV • Pedro I • Fernando I

Dinastia de Avis João I • Duarte I • Afonso V • João II • Manuel I • João III • Sebastião I • Henrique I

Dinastia Filipina Filipe I • Filipe II • Filipe III

Dinastia de Bragança João IV • Afonso VI • Pedro II • João V • José I • Maria I (com Pedro III) • João VI • Pedro IV • Maria II • Miguel I • Maria II (com Fernando II) • Pedro V • Luís I • Carlos I • Manuel II

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