terça-feira, 16 de outubro de 2012

FREI ANTONIO DAS CHAGAS


Secções Frei António das Chagas









































Frei António das Chagas (1631-1682), cujo nome secular era António da Fonseca Soares, era frade da Ordem de São Francisco. Filho de um juiz, participou na guerra da Restauração, escapando de ser condenado devido a um crime que cometera. É nesse período que se dedica à poesia, ganhando o cognome de Capitão das Boninas. Parte entretando para o Brasil, regressando em 1656 e continuando a carreira das armas. Em 1663 deixa a vida militar e decide tomar ordens. Tornou-se pregador e fundou o seminário do Varatojo. O seu trabalho como pregador foi criticado pelo Padre António Vieira, que o achava excessivo e teatral. Dos tratados espirituais que escreveu destaca–se o "Tratado dos Gemidos Espirituais, vertidos de um pedernal humano a golpes de Amor Divino". As suas cartas foram compiladas no volume "Cartas Espirituais" e os seus poemas foram publicados na Fénix Renascida.





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ALGUNS POEMAS





Ao cavalo do Conde do Sabugal,

que fazia grandes curvetas



Galhardo bruto, teu bizarro alento

Música é nova com que aos olhos cantas,

Pois, na harmonia de cadências tantas,

É clave o freio, é solfa o movimento.



Ao compasso da rédea, ao instrumento

Do chão que tocas, quando a vista encantas,

Já baixas grave, e agudo já levantas,

Onde o pisar é som e o andar concento.



Cantam teus pés e teu meneio pronto,

Nas fugas, não, nas cláusulas medido,

Mil consonâncias forma em cada ponto.



Pois em solfas airosas suspendido,

Ergues em cada quadro um contraponto,

Fazes em cada passo um sustenido.





António da Fonseca Soares, Fénix Renascida, V









Se sois riqueza, como estais despido?

Se Omnipotente, como desprezado?

Se rei, como de espinhos coroado?

Se forte, como estais enfraquecido?



Se luz, como a luz tendes perdida?

Se sol divino, como eclipsado?

Se Verbo, como é que estais calado?

Se vida, como estais amortecido?



Se Deus? estais como homem nessa Cruz?

Se homem? como dais a um ladrão,

Com tão grande poder, posse dos céus?



Ah, que sois Deus e Homem, bom Jesus!

Morrendo por Adão enquanto Adão,

E redimindo Adão enquanto Deus.





António da Fonseca Soares











Ao loureiro de João de Saldanha de

Sousa, que está com as raízes

fora da terra, sobre uma fonte



Porque inda em tronco Apolo nunca intente

Ter de alcançar-te, ó Dafne, uma esperança,

Desprezando da terra a segurança,

Escolheste o rolar dessa corrente.



Aqui, fugindo à terra, ao ar pendente,

Mudando o ser, não mudas a esquivança;

E o Sol que outra te viu, pela mudança,

Te achou mais nas mudanças persistente.



Se aqui te busca algum reflexo amante,

Esse cristal te pinta tanto ao vivo,

Que inda nas sombras te retrata errante:



Pois mostras nesse espelho sucessivo,

Que, por ser sempre estável no inconstante,

Firme somente estás no fugitivo.





António da Fonseca Soares, Fénix Renascida,V









Romance de uma freira indo às Caldas



Belisa, aquela beldade,

Cujas perfeições são tais,

Que a formosura e juízo

Vivem nela muito em paz;

Aquela Circe das almas,

Cuja voz sempre será

Encanto dos alvedrios

E o pasmo de Portugal;

Enferma, bem que sublime,

De uns achaques mostras dá,

Pois às deidades também

Os males se atrevem já.

Por se livrar das moléstias

Que a costumam magoar,

Se negou remédio às vidas,

Por remédio às Caldas vai.

Aquele sol escondido

Entre as nuvens de um saial,

Se ocaso faz de um convento,

Do campo eclíptica faz.





Mas, logo que os campos lustra,

Alento e desmaios dá

Ao dia para luzir,

Ao Sol para se eclipsar.

Aos prados, a quem o Estio

Despe a gala natural,

Quando os olhos podem ver,

Flores tornam a enfeitar.

Dando-lhe a música os bosques

Com citara de cristal,

Parece entre os ramos verdes

Cada rouxinol um Brás.

A viração que entre as folhas

Sempre buliçosa está,

Ou já murmure ou suspire,

Faz de cada assopro um ai.

Cuido que, por festejá-la

Com contentamento igual,

As fontes querem tanger

E as plantas querem bailar.





António da Fonseca Soares, Fénix Renascida, V









A los años de la serenisima señora

D. Catalina, infanta de Portugal

Y despues reyna de Inglaterra

En el certamen del Conde de la Torre,

con obligaciones en cada ramo



El nascimiento



CANCION



Nasce el Alba purpurea, y las esferas,

Cantando a coros el candor triunfante,

Dan a su infante luz, sidonia cuna;

Y el aire, entre ilusivas primaveras,

Siendo, en selvas de albor, pensil brillante,

Dexa los orbes sin tristeza alguna:

Asi, sin que importuna

Nube pudiese bajar purpura tanta,

Oy, bellisima Infanta,

Del Lusitano Sol Alba nascisteis,

Y Aurora apenas de sus rayos fuisteis

Quando te jusgaron del futuro trono

Luz feliz, bello anuncio, ilustre abono.





Que las Gracias la crearon



De tela de oro el Principe del dia,

Por los balcones del Palacio etereo,

Sale a ostentar la efimeral belleza,

Y luego, de essa octava galaria,

Corre veloz cada pavon sidereo

Y a darle el feudo de su luz empieza:

Asi por mas grandeza

Las tres Gracias que alumna os crearon,

Velozes se juntaran;

Y tantas gracias emulas os dieron,

Que su zenit de vuestro oriente hizieron,

Para que ese esplendor, ya sin segundo,

Vença el Sol, pise el ayre, ocupe el mundo.





Considera su hermosura



Gloria del Alba y joya de Almathea,

Madruga entre esmeraldas, vergonçosa,

A ser pompa de Abril, la flor mas pura;

Y antes que el dia arrebolar se vea,

Sinò Sol del jardin, Reyna olorosa

Púrpuras viste, imperios se asegura:

Asi vuestra hermosura,

Sin que el tiempo sus pompas amenace,

Tan majestosa nace,

Que a su deidad la Reyna de las flores

Rinde diademas y consagra olores;

Pues lo menos, que en ella se contiene,

Cetros dá, tronos goza, imperios tiene.





La discricion



Recreando las selvas com que trata,

Dulce, claro y sucinto arroyo breve

Corre del Oceano al gran concurso,

Y o troncos mueva a numeros de plata,

O cielos copie em laminas de nieve,

Mucho enseña, y consigue en solo un curso.

Asi vuestro discurso,

Sin mar que le confunda obscuramente,

Dulce, claro y curriente,

Recrea, enseña y persuade tanto,

Que, oraculo a la patria, al mundo espanto,

Muestras que en las dulçuras, que eterniza,

Troncos mueve, almas roba, ansias suaviza.





La piedad



Nocturno Sol en golfo de tenieblas,

Las ciegas sombras de la noche muda

Benigna estrella rasga, luminosa;

Y aunque se opongan pielagos de nieblas

Al anegado mundo, a quien ayuda,

Pretende a reyos alumbrar, piedosa:

Asi, deidad hermosa,

Vuestra piedad, de todo el Reyno estrella,

Las impias sombras huella,

Y de su sol ausencias y desmayos

Esconde a luzes y dismiente a rayos;

Pues para bien de quanto predomina,

Norte alumbra, astro corre, estrella inclina.





El exemplo



Porque a luzir de su esplendor aprendan

Las otras piedras nitidas, que excede,

De cada viso un sol vibra el diamante;

Y bien que a golpes su constancia ofendan,

Mas a cariños, que a violencias cede,

Y el fondo muestra del valor brillante;

Asi, claro y constante

Qual primer mobil, vuestro exemplo altivo

Todos lleva, atractivo,

Y haziendo-se imitar fondo y caudales,

Por diamantes adopta los crystales,

Pues a reflexos, con que los ilustra,

Uno pule, otro afina, a todos lustra.





Se junta todo en esta



Alba naciendo y Sol creciendo fuisteis,

Flor en beldad, arroyo de eloquencias,

Astro y piedra preciosa en lo brillante,

Mas de tal suerte a todos excedisteis,

Que en vos sola juntais las excelencias

De alba, sol, flor, arroyo, astro y diamante.

Repetid, pues, triunfante,

De vuestra Aurora el circulo dorado:

Pierda en lo eternizado,

Los numeros, la edad, no las venturas;

Y de su oriente en glorias mas seguras

Pues aguilas deslumbra y luzes huella,

Sol al mar, luz al mundo, al norte estrella.





António da Fonseca Soares, Fénix Renascida, V









À vaidade do mundo



É a vaidade, Fábio, desta vida

Rosa que na manhã lisonjeada

Púrpuras mil com ambição coroada

Airosa rompe, arrasta presumida;



É planta que de Abril favorecida

Por mares de soberba desatada,

Florida galera empavezada,

Surca ufana, navega destemida;



É nau, enfim, que em breve ligeireza,

Com presunção de fénix generosa,

Galhardias apresta, alentos preza.



Mas ser planta, rosa e nau vistosa

De que importa, se aguarda sem defesa

Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?





Frei António das Chagas











A um pé pequeno



Instante de jasmim, concepto breve,

Átomo de azucena presumido,

Pues os juzgan las ansias del sentido

Sospecha de crystal, susto de nieve;



No pié, mentira sois, pues, como aleve,

Ni verdad en un punto haveis cumplido,

Antes digo que escrupulo haveis sido,

Pues de ser o no ser la duda os mueve.



Como, si idea sois de ojos tan claros,

Hazeis la vista fe para creeros,

Y hazeis los ojos fe para miraros?



Yo me persuado en fin, que hede perderos,

Porque si el veros es imaginaros,

Siendo imaginacion, como hede veros?





Frei António das Chagas











A D. Manuel de Ataíde, agradecendo-lhe

um presente de doces, que lhe mandou

estando sangrado



ROMANCE



Chegou Senhor esta frota

Ao porto do meu retrete,

Para deixar-me areado

Quanto era maior a enchente.



Por senhor de grande engenho

É razão que eu vos venere,

Pois nestas caixas de açúcar

Mostrais quanto engenho tendes.



Só vós com doces tão ricos

Imagino que podereis,

Metendo-me a Índia em casa,

Pôr-me o Brasil num bufete.



Se neles de amor em graça

Doce a boca me fizestes,

Como não queirais que diga

Que a graça vos chove neles?



Sobre estes doces entendo

Que beberei na Hipocrene,

Por ver se sobre eles posso

Matar desta água uma sede,



Se estes são os tresvalios,

Com que esse mal vos ofende,

Nunca terei por maligna,

Meu senhor, a vossa febre.



Contudo sinto, que quando

A veia está mais corrente

Não seja perene a Musa,

E o sangue seja o perene.



Mais vivei vós muitos anos,

Pois é bem que eu considere,

O que fareis de futuro,

Se isto fazeis de presente.





Frei António das Chagas











ELEGIA II



Nesta escondida e muda soledade,

De cujas sombras a melhor pintura

Só consiste em uns longes da vaidade:



Aqui onde a celeste arquitectura

Mais quadros pôs da suma Omnipotência,

Mais cópias fez da imensa formosura:



Quero (meu Deus) levado da influência,

Com que essa luz o resplendor me crece,

Chorar a que amei sombra em vossa ausência.



Agora pois, que na alma me amanhece

Rompendo o Sol da Graça a noite escura,

Com que a morte da culpa me adormece:



Nesta de meus delitos espessura,

De quem espelho é vivo, e morto espanto

Essa água, e lume, que em meus olhos dura:



Saiam a ser do coração quebranto

Cada lágrima feita um mar de penas,

Desfeito cada um ai num mar de pranto.



Ponham-se a um canto as loucas cantilenas,

Com que escolhendo sempre a pior parte

Tantas fiz ao delito Madalenas.



Também deponha os timbres vãos de Marte,

E as insígnias de amor; que tem mais glória

Seguir eu vosso amor, vosso estandarte.



Seja vosso troféu minha vitória;

Pois só de Vós, meu Deus, hoje tomara

Trazer o amor, e as armas na memória.



Oh se eu, para que em tudo vos amara,

Mais que estrelas do Céu almas tivera,

Mais que areias o mar vidas lograra!



Se eu das ervinhas corações fizera,

Olhos das luzes, e das flores braços,

E se asas fora, como folhas era!



Se foram para dar-vos sempre abraços

Destes bosques, meu Deus; onde me elevo,

Os ramos corpos, e as folhinhas laços!



Todos e muitos mais, que na alma escrevo,

Fora pouco, medindo o que me inflamo,

Nada fora, contando o que vos devo.



Se anos foram as horas, que vos amo,

Sc séculos os dias, que vos quero,

Se eternidade o tempo, que vos clamo:



Se um Céu fora: de amor meu peito fero,

Se mil mundos de fé meu gosto errante,

Se mil mares de dor meu pranto austero;



Inda assim, meu Senhor, meu doce amante,

Julgara o ser eterno um só minuto,

Os anos ponto, os séculos instante.



Sinta pois, de meus olhos nunca enxuto

O mar, ter-vos negado a Majestade,

Feudos a vista, as lágrimas tributo.



Sinta ver que foi tal minha maldade,

Que inda vos faz mais fino acatamento

O ar, o monte, o rio, a soledade:



As mais pobres ervinhas cento a cento,

Louvando-vos, meu Deus; no altar do prado,

De esmeraldas vos põem rico ornamento:



Mostra-se o ar em coros desatado,

Logo que o Sol madruga, agradecendo

Dares-lhe luz para o louvor sagrado:



Vem pelas serras o cristal descendo,

Como saltando de prazer, porque olha,

Que vos vai tudo festas mil fazendo:



E sem que à planta, ou pedra a voz se tolha,

OS tons do ar repete cada penha,

Ao som do vento baila cada folha.



Tudo parece que em louvar se empenha

Esse divino amor, que nos deu tudo,

Bem que este bem por várias mãos nos venha.



Eu só com peito, mais que os montes rudo,

Eu só com alma, mais que as feras, fera,

Estou dormindo no mortal descudo.



Ergue-se o Sol, acorda a Primavera

E elevando-se em vós cada qual deles,

Flor a flor, raio a raio, vos venera.



De cores mil pintando estes, e aqueles

Quadros, se o Sol das nuvens é Timantes,

Abril dos campos se perfume Apeles.



Eu só enfim com passos sempre errantes,

Mude, ou faça de cores o delito,

Lhas dou muito pior do que era dantes;



Pois sendo aos olhos cada vista um grito,

Neles tudo é fugir da vossa glória,

Tudo morrer pelo manjar do Egipto.



Ó liberdade cega! ó vil memória,

Que encarceradas nestas vãs paredes

Fugis de dar aos Céus uma vitória!



Ó míseros mortais, como não vedes,

Que pretendem colher vossas empresas

Numa só concha o mar, o vento em redes!



Se amais do mundo as loucas gentilezas,

Como andais na razão tanto às escuras,

Que a Deus não dais a origem das belezas?



Reflexos são de suas luzes puras

As Estrelas do Céu, do campo as flores,

A luz do Sol, do mundo as formosuras.



Não tremula no ar com várias cores

Tanto penacho esse esquadrão volante,

Só para que enfeiteis vossos furores.



Vales não gosta a diferença errante

De tanto bruto, só para este empenho

De servir vosso escândalo arrogante.



Não pisa as ondas tanto armado lenho

Só para o fim de passear, da Aurora

Até o ocaso, o vosso vão desenho.



Mas sim para obrigar-nos, (quem o ignora?)

Mandou Deus, que nos ama imensamente.

Lavrar a Ceres, produzir a Flora.



Obedecendo ao braço omnipotente,

Prata, e ouro nos deu Monomotapa,

Rubins Ceilão, diamantes o Oriente.



Para este fim rasgando a negra capa

Do caos escuro, do embrião primeiro,

Saiu à luz de todo o mundo o mapa.



E só para isto em fontes o ribeiro,

Que em prata leva ao mar vários tributos,

De entre os penhascos se soltou ligeiro;



E observando os eternos estatutos,

Para este fim nos deu o ar alentos,

Prata o mar, ouro o fogo, a terra frutos.



Fez para nos servir os elementos,

Para via, de um mundo o largo espaço,

Para Pátria os lucíferos assentos.



E o nosso error ingratamente escasso,

Até do recebido não se atreve,

Satisfazer ao menos cum só passo.



Nasce nos montes o regato breve,

E apesar da aspereza em que se cria

Tributa ao Deus do mar a undosa neve.



Nasce feroz na tosca penedia

A Imperatriz das Aves soberana

E adora ao Sol, porque lhe trouxe o dia.



Nasce nas serras da espessura Hircana

O Tigre cruel, e a quantos o alimentam

Agradecido mostra que se humana.



Nestas finezas só, quando as ostentam,

Vemos que a Águia, Tigre e ribeirinho

O leve, atroz e despenhado aumentam.



Mostra aos filhos do Sol a Águia o caminho,

E àquele, que não fita nele os olhos,

Converte em tumba amarga o doce ninho.



Se de seu rude albergue entre os pimpolhos

Ofende o Tigre as mãos da Providência,

Sobre pisar espinhos, pasce abrolhos.



Vejo também na líquida afluência,

Com que chora essa fonte o ver-se ingrata

A quem lhe deu a cristalina essência.



Parece que no pranto se dilata

Por rasgar as entranhas de um penedo,

De quem nascera víbora de prata.



Eu só, meu Deus, nos cegos laços quedo,

Eu só meu Deus, nos torpes vícios mudo,

Quando inda preso estou, vivo tão ledo.



Rasgue-se pois, Senhor, de um peito rudo

b pedernal em lágrimas ferido,

Aceso em chamas de um tormento agudo.



Solte-se dos nós cegos de Cupido

Com mil nós na garganta este amor cego,

Para vós tão vendado, e tão vendido.



E sendo Vós, meu Deus, meu doce emprego,

Mostre eu já nos banquetes dessa Graça,

Que os pés também com lágrimas vos rego.



Será tamanha a dor, que na alma nasça,

Que em mim se veja, que em cada suspiro

Quando vossa não é, se despedaça.



Veja-se em cada um ai, com que voa tiro,

Que pois tirando estou morto na mágoa,

Que às covas de meus olhos me retiro.



Onde, conhecendo deste amor a frágua;

Conheçam todos deste ardente impulso,

Que estou desfeito em fogo, aceso em água,

Sem vida o alento, o coração sem pulso.







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