terça-feira, 16 de outubro de 2012

FREWI ANTONIO DE CHAGAS

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Leia agora Frei António das ChagasOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Frei António das Chagas, de seu nome António da Fonseca Soares, também conhecido por Padre António da Fonseca, (Vidigueira, 25 de Junho de 1631 – Varatojo - Torres Vedras, 20 de Outubro de 1682) foi um frade franciscano e poeta português, destacando-se na história portuguesa mais pela sua faceta literária que propriamente eclesiástica.



Índice [esconder]

1 A vida

1.1 O homem do mundo

1.2 O homem de Deus

2 O poeta e o pregador

3 Referências e Fontes





[editar] A vida[editar] O homem do mundoFrei António das Chagas, de seu nome António da Fonseca Soares, também conhecido por Padre António da Fonseca, nasceu na Vidigueira (Portugal) a 25 de Junho de 1631, filho de pai português, fidalgo e juiz de profissão, e mãe irlandesa.



Passou a sua infância e juventude no Alentejo e estudou no Colégio dos Jesuítas em Évora, não tendo concluído os estudos devido à morte do pai, tinha então António 18 anos, forçando-o a regressar à Vidigueira. É então que se alista no exército, em plena Guerra da Restauração, iniciando uma carreira militar promissora.



António da Fonseca Soares participa na Guerra da Restauração, mas a sua fama vem-lhe da veia poética, ficando conhecido pela associação das armas e das letras como o “Capitão das Boninas”.



Despertos os sentidos para as questões amorosas e para a poesia, envolveu-se nas mais diversas aventuras, cometendo todo o tipo de excessos, fruto do seu temperamento impetuoso.



Em 1653, com 22 anos de idade, um desses episódios obrigou-o a fugir para o Brasil, perseguido pela justiça por ter causado a morte de um rival, em duelo. Passou três anos na Baía, sem alterar o seu modo de vida irreverente. Um texto de Frei Luís de Granada sensibilizou-o para a fé e para Deus.



De regresso a Portugal, em 1656, voltou a participar activamente na guerra, foi promovido a capitão em Setúbal, como reconhecimento pelo seu valor. Em Maio de 1662, com 31 anos de idade, renunciou à vida militar e abraçou os votos monásticos na Ordem de São Francisco em Évora.



[editar] O homem de DeusDesde então, António da Fonseca Soares passou a ser Frei António das Chagas.



Dedicou o resto da sua vida ao evangelho e a pregar a fé, com o ardor e a paixão que o caracterizavam. Tornou-se pregador vigoroso e algo exagerado. Correu as terras do Alentejo e Algarve em andanças missionárias. Estendeu as suas viagens de pregação ao centro e norte do país, incluindo a Corte.



A personalidade de Frei António das Chagas exerceu sobre os seus contemporâneos um fascínio perturbador, resultante, sem dúvida, do seu estatuto de homem mundano convertido à causa de Deus. O empenho combativo e radical de Frei António das Chagas contrastava grandemente com a ligeireza e o relaxamento de costumes que, com alardeamento público, vivera na juventude. A sua atitude penitente sob o hábito de S. Francisco bastava para atrair multidões aos lugares por onde passasse. A busca de efeitos teatrais, a ênfase e a demagogia do discurso de Frei António das Chagas foram alvo de inúmeras críticas, inclusive, do Padre António Vieira e de D. Francisco Manuel de Melo, seus contemporâneos.



Em 1680, Frei António das Chagas desvincula-se da Província Franciscana dos Algarves, no cumprimento das determinações do Breve Apostólico de Inocêncio XI, de 23 de Novembro de 1679. Passa a viver no Varatojo, convento que doravante e até 1833 passou a Seminário Apostólico das Missões (da Ordem dos Franciscanos), com estudos e disciplina apropriados, cuja iniciativa se deve a Frei António das Chagas, o antigo capitão António da Fonseca Soares.



Na sequência do prestígio apostólico do Varatojo, fundou em 1682 o Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Brancanes, em Setúbal, para nele se formarem também missionários.



Faleceu a 20 de Outubro de 1682, no Varatojo. Os seus restos mortais repousam em campa rasa no centro da Sala do Capítulo do Convento.



[editar] O poeta e o pregadorAntónio da Fonseca Soares ou Padre António da Fonseca ou Frei António das Chagas foi um homem ousado e de génio arrebatado que deixou lendárias muitas das suas proezas. A vida como a obra de Frei António das Chagas ilustram bem a mentalidade barroca da época, ambas cheias de contrastes e peripécias.



Poeta e prosador, deixou em quase todos os cancioneiros manuscritos da época, nomeadamente nos dois mais importantes, a Fénix Renascida e o Postilhão de Apolo, obras suas.



Escreveu nos mais diversos géneros poéticos: sonetos, madrigais, romances, décimas, glosas e dois poemas heróicos — Mourão Restaurado e Canto Panegírico à Vitória de Elvas. A perfeição das formas e a temática dos seus poemas centra-se sobretudo na efemeridade da vida, nos desenganos a que estamos sujeitos, mas também em assuntos de circunstância, o que denotam o gosto pela imitação de Gôngora. (Veja-se "Alguns Poemas" em "Referências e Fontes").



Bastante apreciado como poeta, atingiu também grande fama como pregador, devido ao modo pouco convencional de pregar. Na pregação, havia quem lhe estranhasse a forma como organizava as procissões de penitência e como se esbofeteava no púlpito, chegando a atirar com o crucifixo para cima do auditório, desde que isso fizesse passar a sua mensagem de uma forma mais clara.



Os seus sermões, sem as agudezas do cultismo e conceptismo, estão reunidos nos Sermões Genuínos, embora as Cartas Espirituais, sejam consideradas a sua obra-prima. Composta por 268 cartas escritas num estilo pitoresco, a obra dá a conhecer melhor o homem que em Lisboa era tratado pelo singelo nome de «o fradinho», e coloca-o entre os grandes cultores da prosa barroca.



Bibliografia da fase de religioso: Faíscas de Amor Divino, 1683; Espelho do Espírito, 1683; Obras Espirituais, 1684; Cartas Espirituais, 1.a parte 1684, 2.a parte 1687; Escola de Penitência, 1687; Sermões Genuínos, 1690; Semana Santa Espiritual, Ramalhete Espiritual, 1722.

[editar] Referências e FontesA Vidigueira terra natal [1] visto em 18/04/2009

Sobre o Varatojo [2] e a data da morte e a sepultura [3] vistos em 18/04/2009

A mulher nos romances do Padre António da Fonseca [4] visto em 18/04/2009

Controvérsia: Fonseca, Chagas ou Ribeiro da Costa? [5] visto em 18/04/2009

Alguns Poemas [6] visto em 18/04/2009

Fénix Renascida & Postilhão de Apolo [7] visto em 18/04/2009

Bibliografia na Biblioteca Nacional de Portugal [8] visto em 18/04/2009

Biobibliografia na Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas [9]

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