quinta-feira, 8 de novembro de 2012

RESGATE DO "LA CAPITANIA"

Home Naufrágios no Brasil Naufrágios no Mundo Arqueologia Subaquática Resgate de Tesouros Mergulho em Naufrágios Vídeos Loja “LA CAPITANA”




--------------------------------------------------------------------------------





Jesus María de la Limpia Concepción de Nuestra Señora era seu nome.



Construída em Guayaquil (Equador) entre 1641 e 1644, deslocava cerca de 1.150 toneladas e era armada com 44 canhões de bronze.



Era a maior embarcação e chefe da frota que levava as riquezas do Perú para o Panamá, que de lá seriam transportadas no lombo de burros até Portobello, de onde seguiriam para Cartagena, Havana e daí para a Espanha.



Comandada pelo Capitan-General Francisco de Sosa, partiu de Callao (Perú) no dia 18 de Outubro de 1654, transportando entre 2,5 e 4 milhões de pesos (sempre existiram discrepâncias devido ao contrabando de riquezas), em sua maior parte em prata (lingotes de 80 libras cada e moedas cunhadas em Potosi).



Segundo documentos “naufragou na segunda-feira, 26 de Outubro de 1654, numa noite iluminada pela luz da Lua ...”



Foram realizadas, pelos próprios espanhóis, operações de resgate. Dada a pequena profundidade do naufrágio (apenas 11 metros), especialmente em 1655 e 1661, quando foi recuperada parte da carga.



Muitas das moedas e lingotes de prata recuperados entre 1972 e 1973 e entre 1986 e 1992 no naufrágio da Nuestra Señora de las Maravillas (nas Bahamas) haviam sido inicialmente recuperadas na Capitana, por mergulhadores espanhóis.



Da prata existente a bordo estima-se que ainda existam pelo menos 600 lingotes de prata, fora parte das jóias e do ouro.



Em Abril de 1997 dois grupos de "caçadores de tesouro", quase que simultaneamente, pediram os direitos de recuperação ao governo do Equador afirmando que haviam encontrado os restos da Capitana próximo do recife de Chanduy, a uma profundidade de 11 metros. Um dos grupos acusava o outro de ter "plantado" artefatos para conseguir a autorização.



O governo equatoriano para resolver o impasse pediu uma opinião ao arqueólogo John De Bry que, depois de 5 dias no sítio, mergulhando com a Marinha e com arqueólogos equatorianos, chegou à conclusão de que o sítio em questão apresenta os restos do grande galeão espanhol, do qual apenas aproximadamente 15 % está à mostra. Esta afirmação foi baseada também pela determinação das datas de aproximadamente 3.000 moedas de prata e de uma moeda de ouro também lá encontrada.



Nenhuma destas moedas apresentava data anterior a 1648 e posterior a 1654. Muitas das moedas tinham suas datas cunhadas (1649-1651); um bom número delas eram raras moedas trasicionais de 1652; todas as moedas de prata foram cunhadas em Potosi; a única moeda de ouro foi cunhada em Sevilla em 1652. Dois grandes lingotes de prata possuíam a marca de seus proprietários e o número de referência no manifesto de carga, que coincide com o existente no Archivo General de las Indias. O desenho das ânforas de azeite encontradas no fundo e das que foram recuperadas indicam pertencer ao tipo A , típico do século XVII.



O governo equatoriano, que ficará com 50% do que for resgatado, em vista das descobertas, relatórios e conclusões, exigiu do outro grupo reclamante que apresentasse evidências da embarcação que diz ter encontrado ou para substancializar suas declarações de que houve fraude por parte do outro grupo.



Como não o fizeram, sua permissão de resgate foi suspensa.



A SubAmerica Discoveries, Inc.,de Reston, Virginia, grupo que recebeu a permissão para o resgate já está comercializando parte das moedas de prata que foram resgatadas e estima que o valor total do tesouro chegue a US$ 400 milhões.



Marcello De Ferrari.





Copyright 1997-2009 Marcello De Ferrari All Rights Reserved Todos os direitos reservados



COPYRIGHT MARCELO DE FERRARI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas